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Magalista: 8 motivos para fazer um cruzeiro!

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Música para entrar no clima de mar!

Sempre me perguntam o que eu acho de viagens de cruzeiro. O engraçado é que normalmente essas pessoas já vem com um monte de opiniões e conceitos já definidos sobre o assunto, o que me leva a crer que elas não se importam de verdade com o que eu penso ou recomendo, o que elas querem, de coração, é discordar de mim e discutir sobre o assunto #barraco

Já fiz duas viagens de cruzeiro e pretendo fazer outras. Pode ser que eu tenha memórias tão doces destas viagens que me fazem pensar que são sempre maravilhosas… A verdade é que existem pessoas que não curtem, nunca vão gostar e vão morrer de tédio em um navio… mas muitas vezes nem tentaram a viagem para dizer com conhecimento de causa (é igual quem não gosta de berinjela, mas nunca comeu – aí a avó serve e não diz o que é e a criatura acha uma delícia) Ohmmmmmm!

Por isso, para você que já fez e não gostou, já fez e amou, não fez e só de pensar na possibilidade já cogita pular lá do último andar do navio, ou pra você que está planejando o seu próximo, a Magali selecionou 8 motivos pelos quais todo mundo deveria fazer um cruzeiro:

1. É uma das maneiras mais baratas de testar diversos destinos. E conhecer lugares paradisíacos.

Cruzeiro Magali Viajante Lugar Paradisíaco

Nos cruzeiros mais curtos, de 3 dias, provavelmente você só irá a um porto. Mas existem cruzeiros de 7, 14, 21 dias e até de meses (sonho!) que te levam a muitos lugares diferentes.

Sim, é verdade que você não vai “conhecer” a fundo nenhuma destas cidades, afinal, na maioria dos casos, o navio fica atracado por uma tarde. Mas sabe o conceito de test drive? – aqui funciona super bem. Você vai até o destino, fica um pouquinho, dá uma olhadela na paisagem, toma um sol, almoça em um super restaurante, vê alguns pontos turísticos e já decide se é um lugar que merece uma viagem dedicada, mais longa, ou se já pode ser riscado do seu roteiro de prioridades…

Afinal, quando você conseguiria, de uma única vez, arranjar tempo e dinheiro para ir para Jamaica, Cozumel e Ilhas Cayman; ou então, em uma tacada só, conhecer Porto Rico, St. Thomas e St. Marteen? Você vai se surpreender como existe lugar lindo neste mundão de meu Deus!
Se você fizer as contas do quanto gastaria só em passagens, provavelmente já pagaria o seu cruzeiro, gorjetas, pacotes de bebidas alcoólicas e gastos em cada porto… eu disse, só em passagens!

E engana-se quem pensa que todas as praias e passeios estarão lotadas de turistas de cruzeiros. Nada a ver. É só fugir dos tours que eles oferecem dentro do navio e partir para um outro destino que você já tenha pesquisado antes.

Isso é uma das boas coisas, entre muitas outras, que o cruzeiro te dá: visão geral de destinos. Voltando, é só colocar na sua wishlist qual porto vale a pena voltar, e qual é melhor esquecer…

2. É uma viagem para toda a família.

Cruzeiro-Magali Viajante -Viagem para toda a família

E se você não quiser fazer em família, rola também. Hoje, com a diversidade de cruzeiros (incluindo os temáticos), dá para achar a tampa de qualquer panela. Tem cruzeiro da Disney, navio que não aceita crianças, barco para a terceira idade, Carnafacu em alto mar. Ou seja, dá para você curtir all by yourself (seu forever alone!); dá para ter a trip romântica dos sonhos (com direito a por-do-sol e tudo); dá pra incluir as crianças, que vão se divertir à beça; dá para levar a vovó e o vovô e dá até para levar quem tem dificuldades de mobilidade. Todo mundo vai curtir. Cada um à sua maneira.

3. Você vai descansar. E ponto.

Cruzeiro-Magali Viajante - Descansar

Com a vida corrida que levamos todos os dias, é difícil achar um tempo para parar e simplesmente relaxar. E não é que não haja tempo disponível nunca, mas na maioria das vezes, querendo ser produtivos, Mulher Maravilha  temos atividades excessivas e achamos que se ficarmos um dia deitado no sofá assistindo TV ou lendo um livro é porque somos vagabundos ou preguiçosos. A sociedade e a nossa auto-exigência não nos permite parar, respirar e olhar para nós mesmos, nem que seja por cinco minutos.

No navio, você não vai ter a escolha de ser super eficiente e produtivo. Aqui, ser eficiente e produtivo significa aproveitar o seu dia: tomar um café preguiçoso, ler um livro, escutar música, tomar sol, ficar olhando a banda passar tocando coisas de amor, meditar, nadar, dormir até tarde, enfim, o que você quiser… desde que seja sem stress!

Sabe quando a gente viaja tanto que volta mais cansado do que saiu? Se você é daqueles que sempre falam que vão tirar férias para descansar, vá para o navio!

4. A comida é boa e farta.

Cruzeiro-Magali Viajante-Comida farta no navio

Claro que existem categorias e categorias de navios. Os que tem comida boa, e os que todo mundo fica doente no final e não pode nem sair do quarto.

Vem na minha, quando for escolher um, pegue um que a comida seja um dos pontos altos.
Considerando que normalmente você tem incluso café da manhã, lanchinho, almoço, lanchinho, jantar, ceia e larica da madrugada, a comida tem que ser animal.

E se for, você vai sentir que valeu cada centavo que pagou. Em um dos que eu fiz, eles serviam um hambúrguer animal, todas as tardes, na piscina. Nem preciso dizer que comi hambúrguer todas as tardes, durante os sete dias.

Duvido que você consiga comer toda a comida disponível. E tenho certeza que vai voltar vários quilos mais gordo. Mas o que vale mais, ser gordo ou ser feliz??

5. Bebida – idem ao item 4.

Cruzeiro-Magali Viajante-Bebida farta

E nem vou comentar este item. Simplesmente por que não lembro do que aconteceu em relação à este assunto.

6. Você pode se entregar à jogatina sem culpa. Afinal, são só alguns dias.

Cruzeiro-Magali Viajante - cassino

Ok, é meio triste ver as vovós que passam o dia e a noite inteiros no cassino jogando toda a fortuna fora. Mas é muito divertido ir jogar um dinheirinho pequeno por lá.

Alguns vão dizer, “mas você também pode ir em um cassino em Punta del Este, que é bem mais sofisticado e completo, e mimimi”. Mas qual é o outro cassino do mundo que balança e faz as moedas caírem mais rápido?

Dica que vale ouro: é fácil perder o controle aqui. Para não se arrepender depois, separe um dinheiro por dia que pode gastar com aquilo. No meu caso, eram sempre 10 ou 20 dólares.

Acabou, vai embora! Lots of fun, sem pesar no bolso, e você ainda faz uma coisa que não faria em condições normais de temperatura e pressão.

7. Você pode fazer bons amigos. Ou até conhecer alguém interessante.

Cruzeiro-Magali Viajante-amigos

Cruzeiro-Magali Viajante-meninos

Se você deixar seu preconceito de lado e abrir-se para o mundo, você pode conhecer gente bem legal no navio. No nosso caso, estávamos de lua de mel e conhecemos mais dois casais de brasileiros na mesma situação.

Curtimos tanto e nos demos tão bem, que teve até direito à banheira do Gugu e cantarolar músicas do Milionário e José Rico juntos. E os gringos achavam lindo a nossa forma de compartilhar a felicidade.

Se você estiver sozinho, e a fim de uma coisa mais, digamos, interessante caliente, dá para conhecer gente bacana sim. Filhos viajando com os seus pais, amigos em viagens de despedida de solteiros, tripulantes, velhos cheios da grana (opa, essa última é brincadeira!). Dá pra sair de lá com o burro amarrado. E feliz.

No final da viagem, você decide se amor de verão sobe a serra ou não.

8. Você vai se sentir leve. E se permitir fazer coisas bobas. E rir disso.

Nossa, tem uma cadeira gigante ali? Vamos tirar uma foto, é claro!

Nossa, tem uma cadeira gigante ali? Vamos tirar uma foto, é claro!

E esse é o meu motivo preferido. Sabe aquela propaganda que diz que o importante é rir da vida? É isso mesmo! Se você não pode, ou não se permite, fazer isso durante a sua realidade, a sua rotina, aproveite para soltar suas feras aqui.

Tem concurso de karaokê. Tem gincana de casais. Tem campeonato de barrigada. Tem por-do-sol no final da tarde. Tem aula de zumba na piscina. Tem gente acima do peso de biquininho. Tem balada brega à noite. Tem festa do branco na piscina. Tem show de cover da Celine Dion. Tem foto ridícula.

Sabe quando você faria isso on daily basis? Nunca!
Tá com vergonha, se acha muito cool para isso? Ah, sai dessa!
O importante de uma viagem é sempre voltar com a sensação de ser uma pessoa um pouco diferente. Mais leve. Mais feliz. E ficar morrendo de saudades de você mesmo (o seu verdadeiro eu) daqueles dias.

E aí, todos a bordo?

Dica que vale ouro: quando estiver planejando o seu cruzeiro, dê uma olhada no Cruise Critic.
O site é feio, mas reúne as informações mais completas sobre todas as companhias de cruzeiro, tipos na navio e categorias de quarto. É tiro certo no comendador!

P.S: De quebra, você ainda pode ter a chance de encontrar o Anthony Bourdain deitadão na praia, curtindo um sol!
Cruzeiro-Magali Viajante-Anthony Bourdain


Arquivado em:Cruzeiros, Magalista, Viagens

13 coisas que todo cozinheiro deve ter em sua despensa

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Virou moda cozinhar!

A cada dia que passa, mais e mais pessoas estão se interessando mais por cozinhar: mais gente fazendo cursos, o aumento de apartamentos com “varanda gourmet”, novos produtos surgindo no mercado, perfis de Instagram somente dedicados a isso, blogs de gastronomia (como esse que vos fala) bombando, novos programas de TV somente dedicados ao tema. Agora é cool cozinhar.

Isso não é novo. Me lembro que há 10 anos, quando entrei na faculdade de Gastronomia, já havia um par de pessoas que não tinha nenhum interesse em seguir carreira na área, estavam lá só porque gostavam de cozinhar, levavam isso como um hobby, queriam aprender novas técnicas e pratos para mostrar para a família e amigos e sonhavam em um dia abrir o próprio restaurante.

E isso é muito bom!

As pessoas começam a se interessar mais por comida e por comer melhor e descobrem que isso, invariavelmente, passa por aprender a cozinhar melhor.

Eu particularmente acho que todas as escolas primárias deveriam ter uma disciplina básica de culinária, afinal é uma coisa que algum dia você vai precisar. Talvez até mais do que logaritmo ou fórmula de Bhaskara.
E também acho uma babaquice quem fica falando que mulher bem sucedida não sabe nem fazer um arroz (e olha que fazer um bom arroz não é facinho não), que “esquentar a barriga no fogão” é coisa do passado e que mulher hoje em dia tem que trabalhar e ser uma executiva de sucesso. Essas generalizações são tão pobres! E essa luta de classes, neste sentido, já está tão over para mim!

Conheço sim, um monte de mulher interessante (tipo eu) que ganham a vida na cozinha, da mesma forma que conheço mais um bando de mulheres maravilhosas que não colocam o pé neste cômodo da casa.
Tem um monte de homem incrível (e um monte de mulheres babando por eles) que manda na cozinha e faz coisas espetaculares e mais um tantão de homem maravilhoso que não sabe o que é um banho-maria.

Cozinha, minha gente, é um interesse e uma escolha. Assim como futebol, leitura, arte e cinema. Por que deveria ser menos interessante a mulher que gosta de arte? Então deixa quem gosta de cozinhar em paz!

Mas a verdade é que para o cozinheiro aprendiz, aquele que está dando os primeiros passos na arte do forno e fogão, como o casal recém casado que nunca fez uma compra inteira no mercado, o super executivo que descobriu nas panelas um prazer, e a mulher sarada que viu que a única forma de cuidar mesmo da alimentação é cozinhando sua própria comida; é difícil começar assim, sem nenhuma orientação.

O que comprar? Como cozinha beterraba? Lavo os cogumelos ou não? Faz mal comer com casca?

Como a Internet é o eterno oráculo das dúvidas, e para ajudar você, que está começando a se aventurar por esse campo, elaborei uma lista com 13 itens que todo cozinheiro (sim, se você faz jantar em casa, por que não pode ser cozinheiro?) deve ter em sua despensa para facilitar a sua vida.

São itens fáceis de encontrar, que não estragam facilmente, e que são uma mão na roda na hora do aperto. Tipo quando vem uma visita sem avisar e você cansou de pedir pizza. Ou quando você quer fazer um jantar especial para impressionar a pessoa amada. Ou ainda quando você chega podre do trabalho e sem nenhuma inspiração para ir ao mercado e abre a geladeira e tem que cozinhar o próprio jantar.

Com esses itens, que eu mantenho SEMPRE na minha cozinha, e sugiro que você tenha na sua também, você vai ver como é mais fácil transformar qualquer arroz simples, em algo especial.

Aos itens (vou colocar em ordem alfabética para não acharem que estou privilegiando algum ingrediente):

*Todas as fotos deste post foram tiradas em um Pão de Açúcar aqui perto de casa. Mas a maioria dos itens você encontra em qualquer grande supermercado da sua cidade.

1) Açúcar mascavo

Esta é a marca mais comum no mercado, mas recomendo que você compre açúcar mascavo na Zona Cerealista, a granel.

Esta é a marca mais comum no mercado, mas recomendo que você compre açúcar mascavo na Zona Cerealista, a granel.

Um coringa tanto em produções doces quanto salgadas: não pode faltar na receita dos american cookies; na marinada de carne de porco, com suco de laranja, dá cor e sabor pra sua carne. Além disso, é mais saudável que o refinado e pode ser usado como tal, para adoçar sucos, café e chá.

2) Alho

O alho tem o poder de levantar quase qualquer comida. Qualquer legume que recebe um refogado de alho no começo, fica bem mais gostoso. Iogurte, pepino, sal e alho cru e você já tem uma entrada refrescante e deliciosa. Assado junto com batatas exala um perfume imperdível.
Se você não gosta ou não costuma usar alho, reveja seus conceitos. Comece com parcimônia e depois você verá como ele faz toda a diferença na sua comida.

3) Arrozes variados

Olha só a quantidade de arroz diferente que tem no Pão de Açúcar! Quantos você já usou?

Olha só a quantidade de arroz diferente que tem no Pão de Açúcar! Quantos você já usou?

Um dos ingredientes mais versáteis da cozinha e que mais passeia por diferentes culturas, é o arroz.
Você pode comprar o japonês para fazer sushi, o italiano e fazer um risotto, o integral se estiver de dieta, o basmati para um curry, o de jasmim para uma comida thai, selvagem, cateto ou vermelho se quiser inovar; ou o clássico agulhinha para um bom arroz com feijão.

Vialone Nano - um dos meus preferidos para risoto.

Vialone Nano – um dos meus preferidos para risoto.

O ponto é que quando você tem arroz em casa, pode fazer desde pratos elaborados, até um simples mixidão (inspirados pelos últimos posts de BH) e tá tudo certo. Muito mais gostoso e com a sua cara do que simplesmente pedir uma pizza.

4) Azeite de oliva

Achei muito interessante este azeite, que vem infusionado com folha de louro e flor de sal

Achei muito interessante este azeite, que vem infusionado com folha de louro e flor de sal

Esse é um ingrediente que graças a Deus caiu no gosto dos brasileiros. Perfeito para saladas e pratos crus, dá um sabor e aroma inigualável.
Mas por favor, gente, deixem de comprar azeite barato e ruim. Azeite é uma coisa que dura algumas semanas e faz muito bem para a saúde, então vale a pena investir um pouquinho mais e comprar um de qualidade. No mínimo extra virgem.

5) Cebola roxa

Assim como o alho, a cebola roxa consegue levantar qualquer refeição. E o que eu gosto mais dela do que da cebola normal, é que ela serve para tudo.
Dá para refogar no arroz, dá para lavar bem lavadinha e comer crua, colocar em um sanduíche, ou misturar com limão, sal e coentro e ter uma bela de uma salsa criolla.
Mais saborosa do que a cebola comum, por causa da cor, ela dá uma cara bem mais bonita para os seus pratos.

6) Ervas frescas

Dá para comprar em mudinhas assim e...

Dá para comprar em mudinhas assim e…

Fazer uma linda horta, como a que eu tenho em casa!

Fazer uma linda horta, como a que eu tenho em casa!

Manjericão, salsinha, coentro, tomilho, alecrim, cebolinha…
Nem preciso dizer como as ervas frescas podem mudar completamente um prato, né?
São tantas as opções, os sabores e aromas que é quase uma regra para quem gosta de cozinhar ter essas belezuras em casa.

Tem gente que prefere comprar assim, já cortada. Eu não recomendo muito, pois elas oxidam muito rápidas depois de cortadas. Prefiro eu mesma cortar...

Tem gente que prefere comprar assim, já cortada. Eu não recomendo muito, pois elas oxidam muito rápidas depois de cortadas. Prefiro eu mesma cortar…

Importante também para quem está de deita, pode abusar das ervas e comer algo mais gostoso do que apenas frango com batata doce. Além disso, algumas delas, como o alecrim, enganam o nosso cérebro, dando a impressão de sabor mais salgado à comida, sem precisar adicionar sal… Bye bye retenção de líquidos!

E o mais legal de tudo, é que além de cheirosas e saborosas, elas são super lindas, e você pode cultivá-las em um pequeno jardim em qualquer espacinho livre que tiver na sua casa. Um presente para os olhos!

Uma boa dica para que as suas ervas durem mais é lavar e secar bem e depois acondicionar em um pote bem fechadinho com um papel toalha levemente umedecido. Tiro e queda!

7) Especiarias

Duvido que você conheça - ou já tenha usado - todas essas...

Duvido que você conheça – ou já tenha usado – todas essas…

Assim como as ervas, elas são tão abundantes e de tantos tipos, que me sinto como se de tempos em tempos eu descobrisse uma especiaria nova, o que é mágico.

Cominho, açafrão, anis estrelado, pimenta do reino, baunilha, canela, cardamomo, cravo… Com certeza, dá para ir de A a Z com essas belezuras.

O segredo aqui é testar e ir descobrindo do que você gosta mais… mas cuidado, o segredo da maior parte das especiarias é usar com parcimônia, senão, você pode arruinar todo o jantar.

Outra coisa importante: especiarias também tem data de validade. Então nada de ficar usando aquela noz moscada que você herdou da bisavó, ok?

8) Flor de Sal

Opções encontradas no mercado, mas eu investiria em uma flor de sal melhorzinha!

Opções encontradas no mercado, mas eu investiria em uma flor de sal melhorzinha!

Tem uma frase da Tati Bernardi que diz: “Que Deus me proteja de gente má, cruel, invejosa. Mas principalmente, de gente sem graça, sem sal, sem veneno, sem beleza e sem loucura.”

E é isso aí mesmo… que Deus nos proteja da comida sem sal. O tal do sal, quando bem utilizado, realça o sabor da comida.

Mas aqui não estamos falando do sal comum, do refinado, aquele que corre solto no saleiro, e sim da flor de sal, que não passa pelo processo de refino.

Assim como o azeite, recomendo que você invista um pouquinho mais em uma boa flor de sal. Garanto, você nunca mais vai deixar de tê-lo na sua cozinha.

9) Limões

Como estão caros, né?

Como estão caros, né?

Galego, tahiti, siciliano, cravo…
Limões são super versáteis, servem para doces, salgados, drinks e até para receitas de beleza.
Muitas vezes, algumas gotinhas do danado darão o toque especial que faltava à sua criação.

Eu sei que estão caros (pelo menos em SP), mas nunca deixe de tê-los na sua despensa.

10) Manteiga

Eu amo essa manteiga! Mas atenção, ela não é para cozinhar, e sim para usar assim, crua. Em cima de um bom pão fica fenomenal!

Eu amo essa manteiga! Mas atenção, ela não é para cozinhar, e sim para usar assim, crua. Em cima de um bom pão fica fenomenal!

“Quanto à manteiga ou margarina, confio mais nas vacas do que nos químicos.” Joan Gussow

Sábios os franceses, que colocam a tal da manteiga em quase tudo o que fazem.
Nada melhor do que um bom pão, uma boa manteiga e uma taça de vinho!

11) Mostarda

A Maille tem muitas opções de sabor.

A Maille tem muitas opções de sabor.

Este é um dos meus ingredientes favoritos e que ainda acho que é sub-utilizado por aqui.
Mostarda amarela só para colocar na batata frita? ã-ãn… Para fazer molho “honey mustard”- menos ainda.

Existem tantos tipos de mostarda, desde a amarela (nossa famosa conhecida), a Dijon, ancienne, mostarda doce alemã, mostarda de frutas italiana. E dá para fazer tanta coisa com elas… molho de salada, crosta para carne, marinadas, comer simplesmente pura com carne, parte de um  molho mais complexo….

Tem até um museu dedicado à mostarda nos EUA.
Sério, a partir de agora, em suas andanças pelo mundo, tente comprar uma mostarda de cada local que visitar. Você verá como é uma bela experiência e uma bela aula da cultura gastronômica de cada país.

12) Shoyu

No Pão de Açúcar não tem nenhum shoyu que eu goste, então tirei uma foto do que eu uso em casa: Maruiti "Shio no Kaori"- "aroma de sal"

No Pão de Açúcar não tem nenhum shoyu que eu goste, então tirei uma foto do que eu uso em casa: Maruiti “Shio no Kaori”- “aroma de sal”

Se você acha que shoyu é somente para jogar em cima do temaki ou para chuchar o sashimi, está muito enganado.

E mais, se acha que a única marca de shoyu que existe no mercado é Sakura, aí sim, você está redondamente enganado.

Um dos ingredientes mais versáteis na cozinha, serve para compor molhos, dar sabor à saladas, cor às carnes, mais gosto à vegetais grelhados. Uma delícia!

E faça a si mesmo um favor… dê um pulo até a Liberdade e compre um shoyu que preste. Você vai sentir a diferença.

Recomendo o Kikkoman.

13) Vinagre

Não gosto de todos os produtos Casino, mas acho o vinagre muito bom.

Não gosto de todos os produtos Casino, mas acho o vinagre muito bom.

Mais uma vez, a diferença entre um bom produto e um ruim. De nada adianta comprar um vinagre de 2,50 e achar que vai arrasar no almoço. Pesquise, vá atrás, teste produtos, compre um vinagre de qualidade.

Nós, brasileiros, temos o costume de achar que vinagre só serve para lavar salada, ou para temperá-la. Se quiser mais referências fáceis de como usar o vinagre que está encalhado na sua geladeira, dê uma olhada nos livros do Jamie Oliver. Ele sempre usa o vinagre de formas que não estamos acostumados.

E aí? Já para as compras?


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Ranking das 7 cervejas mineiras que você não pode deixar de conhecer

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Quem acompanha o blog sabe que fui para BH no final de 2014. Tem até dois posts bem legais para quem quiser saber mais sobre os botecos e a cena gastronômica da cidade. Finalmente, este é o último post sobre esta incursão (mas talvez não o último do ano, visto que estou considerando fortemente voltar para lá para cobrir o Festival Comida di Buteco) patrocínio, alguém?

Além da boa comida e da excelente cachaça, mais uma coisa me encantou em Minas: as cervejas!

Vocês sabem que eu não entendo patavinas do assunto, e se tiver algum especialista no pedaço, me avise se eu falar abobrinha, mas sei – e com muita convicção – do que eu gosto!
Portanto, aí vai para vocês um ranking das 7 cervejas que eu mais gostei do estado.

1) Backer Weiss

Meu conceito de felicidade definido!

Meu conceito de felicidade definido!

Sim, a preferida é também a mais comum e corrente de todas. Você encontra em todos os botecos, no Carrefour, praticamente em qualquer lugar. O pessoal todo tá mais acostumado a tomar a Pilsen, mas foi a Weiss que me surpreendeu.
Cerveja espetacular para o verão brasileiro e o calor do Zimbábue que está fazendo, por ser super fresca. O interessante é que apesar de ter um corpo bom, ela não perde frescor. É diferente das outras Weiss que já tomei e super equilibrada.
Essa, definitivamente, é a minha escolha para o verão. E para as mulheres que não costumam beber cerveja, que aposto que gostarão desta que é levinha e fresca. Um achado!

2) Ouro Pretana de trigo

Se não fosse o restaurante ruim...

Se não fosse o restaurante ruim…

Sabe aquele momento que você pensa quão sortudo é de algo ter dado errado e por causa disso você ter passado por uma situação bacana?
Fomos para Ouro Preto em uma segunda feira, dia em que quase tudo fecha (inclusive o restaurante que queríamos almoçar), almoçamos em um restaurante horroroso, o que nos obrigou a parar no meio da tarde em uma padaria-lanchonete-boteco para um pão de queijo. E lá, tivemos a sorte de conhecer a Ouro Pretana. (Digo sorte porque depois procurei em BH e não achei em lugar nenhum! Mas acabei de ser alertada pela cervejaria pelo Facebook que é muito fácil encontrar a Ouro Pretana em BH, em casas especializadas e na rede de supermercados Verdemar. E em breve, eles terão distribuição em SP também!)
Meu erro, gente, desculpem! Valeu pela correção, Ouro Pretana!

Estava um calor arretado, daqueles que qualquer sombra é bem vinda e eu já estava mais do que cansada – e me sentindo a Maria do Socorro – de subir e descer as ladeiras de Ouro Preto. Ou seja: precisava de um refresco.

E aí, a Ouro Pretana surgiu como um oásis no deserto: levinha, fresca, gostosa, aroma de banana. É a minha segunda opção para o verão. Só perde para a Backer pois tem menos corpo e é bem menos complexa.

Ok, assumo que tenho uma quedinha por cervejas de trigo.

3) Jambreiro Lebenskraft Kolsch

Jambreiro Lebenskraft - Magali Viajante
Essa eu trouxe para casa e provei ontem, então as memórias ainda estão bem fresquinhas.
Quando senti o aroma, achei que não fosse gostar, pois me lembrou muito uma IPA e normalmente, não aguento o amargor característico desta categoria.

Mas dei uma chance e me surpreendi. O amargor é bem controlado, saborosa, equilibrada e com bom corpo.

Provei com queijo parmesão e achei uma ótima harmonização. Parece-me que abrandou o amargor da cerveja e o sal do queijo. Não fiz o teste, mas acho que deve ficar excelente também com embutidos. Provem e me digam!

Além de tudo, essa cerveja tem uma história bem bonitinha de criação – que foi feita em homenagem à esposa do cervejeiro. Uhn, que fofo!

4) Wals Witte
Wals Witte - Magali Viajante

Eu amo Wittebier, em especial a Vedett e a Hitachino.
Gostei muito desta. Achei uma das melhores Witte brasileiras que já provei, mas infelizmente, ainda abaixo das estrangeiras.

Na minha opinião, uma excelente opção para acompanhar sushi!

5) Vinil Tropicália – de trigo 

Vinil Tropicália - Magali Viajante
Essa eu tenho que confessar que bebi há um tempo já e não me lembro claramente de todas as características. Mas lembro bem que gostei bastante.
Cerveja fresca, com uma cor mais escura e viva (vi nas fotos) e aroma potente de cravo.
Vou ter que provar de novo para confirmar todas as minhas impressões.

6) Tianastácia Golden Ale

Tianastácia Golden Ale - Magali Viajante
Essa foi uma das surpresas para o Thiago (que entende mais de cerveja que eu) e adorou essa cerveja.
Feita pela Cervejaria Krug para a banda Tianastácia, ela tem uma cor linda, âmbar escuro.
Tem um tostado agradabilíssimo no paladar e não é quase nada amarga. Aprovamos!

7) Kud Tangerine Witbier

Kud Tangerine - Magali Viajante
Estranhamente, a que menos gostei foi uma Witbier – e a que mais tinham me recomendado.
Além dos ingredientes normais de uma cerveja, ela leva cascas de laranja, sementes de coentro e óleo essencial destes dois ingredientes.
Achei boa, fresquinha, mas nada demais, sabe? Senti que falta personalidade.

Se você não é de Minas, e está em SP por exemplo, dá para comprar todas essas cervejas via e-commerce especializado. Mas sempre vale dar uma passadinha no EAP para ver o que eles tem lá – e provar uma novidade!
Se for de BH, dá pra achar facin, facin. Eu comprei a maioria delas no Super Nosso da Afonso Pena.


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10 utensílios que todo cozinheiro precisa ter em sua cozinha

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Voltando à série “10 coisas que todo cozinheiro deve ter em sua cozinha”, fiquei pensando que de nada adianta ter todos os ingredientes bacanas na despensa se você não tem as ferramentas necessárias para cozinhar, não é mesmo?

Então decidi fazer este post contando quais são os 10 utensílios que todo e qualquer cozinheiro que se preze precisa ter. Não significa que se você não tiver, não vai cozinhar bem. Afinal, quando queremos uma coisa, fazemos até de ponta cabeça. Mas com certeza, essas coisinhas irão facilitar a sua vida – e muito – na hora de fazer aquele jantar especial, e você não vai se sentir o MacGyver (gente, que velho) tendo que transformar uma caneta em um liquidificador para bater uma vitamina, hahaha… mas é assim que eu me sinto quando preciso cozinhar em certas cozinhas que não são a minha…

Alguns são bem básicos e você pode me dizer: “Deeerrr”. But trust me, tem gente que nem isso tem na própria cozinha.

Também quis criar uma lista bem realista e não com todos aqueles trambolhos escalafobéticos que só o Ferran Adrià sabe usar, e que a gente compra achando que vai mudar a vida e, no final das contas, fica encostado no armário. #Polishop

Então vamos lá, à lista dos itens que são importantes em uma cozinha:

1) Facas – afiadas – de diversos tipos e tamanhos

Esta é só uma parte do arsenal...

Esta é só uma parte do arsenal…

Pra mim, já é comum ir cozinhar ou mesmo fazer um suco na casa de alguém e descobrir que a pessoa não tem facas. Ou que ela só tem uma faca, e que a mesma, ainda por cima, está cega.
O mundo das facas é tão interminável e maravilhoso para os cozinheiros quanto os sapatos são para uma blogueira de moda.
Existem muitos tipos de facas no mundo, mas é óbvio que você não precisa ter todos eles. O que você precisa, na minha opinião:

Facas diversas - Magali Viajante

– Uma faca básica, do tipo Chef, com lâmina de aproximadamente 8 polegadas: essa faca vai ser o seu curinga na cozinha, serve para cortar quase tudo e será usada toda vez que você cozinhar, então vale a pena investir em uma de boa qualidade.
Sugestão: A Spicy está com uma boa promoção de facas. A do Jamie Oliver, que é ótima, está R$ 169. Vale a pena!

– Faca de serra: mas não aquelas pequenas, de serrinha, de cortar pão francês. Uma faca grande de serra vai ajudar você a cortar todos os tipos de pães sem amassar e esfarelar tudo, além de ser uma aliada para quem gosta de confeitaria. Seus bolos nunca mais serão cortados de qualquer forma.
E estranhamente, um segredinho: a faca de serra também é ótima para cortar tomates…

Faca de serra - Magali Viajante

– Cutelo chinês: essa aqui, a grande paixão do meu marido, acho mais indicada para quem já leva jeito na cozinha. Iniciantes podem ter acidentes sérios com essa faca, por ser muito grande e pesada. Mas para quem tem certa habilidade, é indispensável, serve para cortar juntas, cartilagens e ingredientes mais resistentes, que precisam de tração.
Na Liberdade você encontra uns ótimos!

ai, que meda...

ai, que meda…

– Faca de legumes: é uma faquinha pequena e afiada, que ajuda você a cortar coisas menores, e também faz às vezes de descascador, na falta de um.

Faca de legumes - Magali Viajante

– Faca de ostras: se você gosta de frutos do mar, como eu, não deixe de ter uma faquinha de ostras simples em casa. Ela é super baratinha e a única solução para abrir estes moluscos. Martelo não, né gente?

Faca de Ostra - Magali Viajante

*Faca é um tema tão complexo, que prometo um post para a próxima semana sobre como escolher a faca ideal para você!

 

2) Tábua de corte

Tábuas - Magali Viajante

Já que falamos de facas, precisamos desesperadamente falar sobre tábua.
Quer coisa mais irritante para cozinheiro do que ter que cortar coisas em uma tábua de vidro? Não gente, ela não é boa não, além de acabar com o fio da sua faca e correr o risco de quebrar.
Tábua boa mesmo, eram aquelas antigonas de madeira, mas concordo que não eram as mais higiênicas.

Se você puder, invista em uma tábua de bambu. Elas são lindas, super higiênicas e um pouco mais caras, mas duram que é uma beleza.

As de plástico com tratamento antibacteriano também são ótimas! E pelo amor de Deus, gente, comprem tábuas grandes. Ninguém merece ter que cortar um belo pedaço de carne, ou uma melancia numa mini tábua…

Outra dica bacana, se você tiver um dinheirinho disponível e realmente gostar da coisa, é comprar tábuas de cores diferentes para diferentes tipos de alimentos. Tipo: azul para peixes, vermelho para carnes, branca para legumes e verduras e rosa para frutas.
Aí sim a coisa se torna realmente higiênica e corta qualquer possibilidade de contaminação.

Dica que vale ouro: Na Tok & Stok agora eles vendem umas tábuas de polietileno super coloridas, que além de lindas, são ótimas para fazer esta divisão dos alimentos a serem cortados. Além disso, são levinhas e super fáceis de carregar caso você vá cozinhar na casa do boy magia.

 

3) Chaira

Item ainda pouco encontrado nas casas brasileiras, a chaira é indispensável para a manutenção das suas facas.
As pessoas pensam que precisam afiar as facas em pedra constantemente, mas este é um erro que vai diminuir a vida útil de suas facas.
O que elas precisam mesmo, é de vez em sempre, serem passadas na chaira, somente para “pentear” o fio da faca. Se você tiver uma faca nova ou que foi recentemente afiada, e achar que ela está ficando cega, passa na chaira e você vai ver como ela melhora.
Menos agressivo, mais eficiente.

 

4) Pilão

Pilão - Magali Viajante

Na última lista que fiz, falando dos ingredientes essenciais para a sua despensa, citei a importância de um pilão.
Com ele, você faz molhos, pastas e até cria a sua própria mistura de temperos, macerando tudo na hora.
Eu acho genial porque você pode colocar a força que quiser e obter um molho com mais ou menos pedaços (coisa que às vezes se perde um pouco o controle em um processador), e fazer a coisa realmente do seu jeito. É especialmente legal para quem mora sozinho ou em casal e vai fazer quantidades pequenas, pois não tem que sujar um trambolhão todas as vezes que quiser fazer um pesto, por exemplo.

 

5) Liquidificador

Esse eu não recomendo. É o que eu tenho, mas não é muito bom!

Esse eu não recomendo. É o que eu tenho, mas não é muito bom!

Eu assumo que uso pouco o liquidificador nas minhas incursões culinárias. Mas acho ele indispensável para fazer sucos, vitaminas e smoothies. Me fala, tem coisa mais gostosa que tomar um suco natural batido na hora em um dia de verão?
Ou acordar e tomar aquele vitamina mista igualzinha a que a sua mãe fazia? Mas, sem o pozinho do mágico, é claro.
Coisas que só um liquidificador faz por você.
Ah! Também é ótimo para fazer sopas e cremes… reconheço!

 

6) Descascador de legumes

Descascador - Magali Viajante

Engraçado como este é um item tão simples e barato, e como muitas casas não tem. O descascador, além de, adivinhem, te ajudar a descascar legumes como cenouras e batatas, também ajudam a tirar fatias fininhas de abobrinha e pepino, por exemplo, que vão deixar sua salada bem mais bonita e crocante.

 

7) Fouet

Olha só este do Mickey, que mimo!

Olha só este do Mickey, que mimo!

O famoso batedor de ovos é muito mais útil do que só para bater claras em neve. Ele serve para emulsionar molhos, tirar grumos de preparações, além de, algumas vezes, dispensar a batedeira. Invista em um bom e não muito pesado, porque os pesadões cansam rapidamente até os braços mais fortes.

 

8) Microplan

Microplan - Magali Viajante

O Microplan nada mais é do que a marca de um ralador bom pra caramba. Nem pense nesses raladores simples que tem por aí.
Invista em um ou dois, para diferentes espessuras de ingredientes: para queijo parmesão e zestes de limão, por exemplo.
Outra coisa legal dele, é que normalmente vem com um recipiente que guarda o produto enquanto é ralado, assim não sai voando zestes de limão para todos os lados.

 

9) Frigideira boa

Na dúvida, eu tenho as duas!

Na dúvida, eu tenho as duas!

Uma só é suficiente! Escolha a que mais se adequa a seu estilo. Pode ser uma de ferro, pau pra toda obra, ou uma antiaderente muito boa, para que suas carnes e peixes nunca mais grudem. Você vai ver, a frigideira é uma das panelas mais usadas na cozinha, vale a pena investir em uma boa.

 

10) Balança

Eu tenho essa há uns 10 anos, é minha fiel escudeira!

Eu tenho essa há uns 10 anos, é minha fiel escudeira!

Quando vejo algumas pessoas reclamando que as receitas que fizeram não deu certo, sei que muitas delas erraram em uma coisa básica: nas quantidades. Uma xícara refere-se à xícara cheia, transbordando ou faltando um dedo?? Para evitar esta confusão, um item que ajuda não só os confeiteiros, mas todos os cozinheiros, é uma balança de precisão. Aí, rapaz, não tem erro. 250g são 250g em qualquer lugar, sem confusão!
Pelo menos a desculpa da quantidade de cada ingrediente, você não pode mais usar….

E aí, quantos destes itens você tem na sua cozinha?


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5 livros deliciosos para quem ama comer, beber e ler!

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Tô “envolvidona” neste post!

Uma das minhas paixões, depois do marido, de viajar, cozinhar e comer, certamente é a leitura. Aprendi a ler muito cedo e desde sempre, lia qualquer coisa que me caísse à mão.
Qualquer coisa mesmo, desde gibis da Turma da Mônica e os seus saudosos almanacões de férias, até rótulo de xampu quando estava no banho (na época em que a crise hídrica não existia) e de vez em quando, até as revistas Quatro Rodas do meu irmão.
Sempre tive interesse em múltiplos assuntos, mas a verdade é que com o tempo fui aprendendo a ficar mais seletiva por causa da enorme variedade de assuntos que temos acesso todos os dias.
Mas mesmo estando mais seletiva, e não tendo mais interesse na Quatro Rodas e nem nos rótulos, continuo lendo muita coisa diferente.
Meus últimos livros incluem: Amor em minúscula (lendo atualmente e não estou gostando muito, mas não consigo parar na metade), Corações Sujos (para entender um pouco a imigração japonesa – família do marido), O Sári Vermelho (ganhei há uns dois anos, li faz pouco tempo e fiquei enlouquecida pela história recente da Índia) e essa semana comprei O Lobo de Wall Street. Assisti o filme, e sempre gosto de ler o livro para decidir qual é melhor.

Mas os livros que tem a ver com cultura gastronômica, comida, bebida e afins me interessam demais. Não os de receita ou os de técnica, que também me interessam, é claro; mas hoje quero falar daqueles que você se perde na história, consegue imaginar o gosto dos ingredientes, a cor das frutas, consegue se inserir naquele contexto.

O que eu acho legal deste gênero é que pode ser legal para qualquer pessoa. Digo isso porque tenho várias amigas que amam comer, mas não tem nenhum interesse em cozinhar. Por que elas deveriam comprar um livro de receitas, afinal?
Confesso que eu fico meio irritada quando chego na livraria e só tem livros de receitas… I want more!
Mas se perder na história, se deixar levar por um bom livro, a maioria das minhas amigas gosta. E acredito que cada vez uma parcela maior da população brasileira.

Então, depois dessa minha introdução longa – peço desculpas, mas adoro me perder, e me achar nas palavras – sugiro cinco livros deliciosos para você que tem um pouco de Magali na sua essência:

Livros - Magali Viajante

1) 1001 comidas para provar antes de morrer

Ok, este não é bem um livro de histórias… Mas o que eu adoro neste livro – e em alguns outros da série, como o 1001 lugares para conhecer antes de morrer – é passar algumas horinhas do meu dia procurando os ingredientes que já provei, e marcando com um coração nas páginas nesses itens, e já pensando em como viabilizar a possibilidade de descobrir mais alguns nas próximas viagens, nas próximas empreitadas.
Além disso, sempre fico surpresa em ver como existem tantos ingredientes diferentes no mundo. A gente que está sempre acostumado ao arroz-feijão-bife-batata-banana-couve, fica maravilhado ao ver que existe mazhanje-fiddlehead-labneh-kazunoko-biltong de zebra-berbere-junça-bammy-amardine.
Não faz ideia do que significam essas palavras? E eu não vou te contar, mas o livro vai!

Frase preferida: “Enquanto leio, me pego a imaginar a possibilidade de partir em uma divina jornada de exploração pelo mundo, uma tarefa hercúlea e deliciosa, experimentando cada um dos 1001 ingredientes pelo caminho. Certamente se trata de um devaneio, mas nem por isso menos agradável.”
Editora Geral: Frances Case
Editora: Sextante
Preço: R$ 59,90 na Saraiva.

2) Aprendiz de Cozinheiro

Agora sim, uma história bonitinha.
O livro, meio que uma versão masculina do Comer, Rezar e Amar, conta a história real e autobiográfica de um jornalista que fica meio sem rumo depois de terminar um casamento de 14 anos.
Ele decide, então, seguir por uma aventura pelas cozinhas da Itália e França, para aprender a cozinhar de verdade e se “reencontrar” na vida.
Gostei muito deste livro pois ele reúne alguns temas que eu amo: comida, viagem e busca espiritual.

É um livro fácil e gostoso de ler e mostra de forma real, a cozinha de grandes cidades da Europa, bem como de pequenos vilarejos italianos e franceses. Pra quem gosta de cultura gastronômica, é um prato cheio (nossa, que clichê!). É legal ver ele evoluindo na cozinha e cometendo erros que todo cozinheiro principiante comete. Super me identifiquei!

Ah, no meio da história ele também traz algumas receitinhas, para quem se interessa…

Frase preferida: “Para escapar daquela perturbação constante, me refugiei na cozinha. Lá, no meio de facas e picadores de gelo, me sentia de certo modo mais seguro. Reanimado pelo barulho dos mercados, tentava resolver minhas frustrações retalhando, fatiando, cortando em cubinhos e ralando com o mesmo tipo de vigor que se emprega, digamos, no jihad internacional. E ficava murmurando coisas enquanto trabalhava, num diabólico complemento às investidas físicas. A lâmina da faca de chef, ao bater na madeira, dava o ritmo de fundo, acompanhado por ladainhas interiores – ela podia ter sorrido, uma vez ou outra… ter me dado um abraço… isso não iria matá-la – que reforçavam a minha fossa. Se é verdade que a arte imita a vida, então o que eu fazia com os lombos de porco e os escalopes de vitela era o mesmo que o destino estava fazendo comigo.”
(Tão eu essa parte!)
Autor: Bob Spitz
Editora: Zahar
Preço: R$ 49,90 na Livraria Cultura

3) República Gastronômica da China

Esta lista definitivamente não está em ordem de preferência! Certamente, gostei mais deste livro do que o acima.
Acho que o que me encantou demais neste livro é poder ter acesso à cultura e costumes chineses. Ok, a gente pode até comer bastante comida chinesa por aqui, mas saber o que realmente acontece nas cozinhas lá da China é outra história (e às vezes é melhor não saber mesmo!).

O livro conta a história de uma jornalista americana de origem chinesa que decide largar tudo e ir para a China para entender um pouco melhor as suas raízes a partir do ponto de vista da comida (nossa, como eu adoraria fazer isso e ir passar uns bons tempos lá no Nordeste só entendendo o meu passado. Pode parecer meio absurdo, mas até fiz mentalmente uma conexão entre China e Nordeste – talvez pela dificuldade financeira e restrição de comida).

Lá, a tal da Lin-Liu (a jornalista), vive desde momentos muito bons, interessantes e gostosos, até passagens que ainda pontuam o autoritarismo e a dificuldade em alimentar uma população gigante como a chinesa.

(Lembrei da história de um amigo meu que morou na China e que certa vez teve que comer um frango inteiro – inteiro mesmo, com tudo o que tem dentro).

Difícil ou não, sempre é importante sabermos de onde viemos. Isso ajuda a entender a pessoa que nos tornamos hoje. Acho que essa foi a reflexão mais bacana que fiz deste livro.
Faz bastante tempo que li, e estou considerando seriamente ler novamente.

Se você se interessa pela China, ou por culturas bem diferentes da nossa, vai amar este livro. Eu amei!
Mas para os que tem estômago fraco, preparem-se: a China é para iniciados, não iniciantes!

Frase preferida: “Então me lembrei de algo que a diretora Wang me dissera certa vez: “Suan, tian, ku, la. Azedo, doce, amargo, picante. Em minha vida, experimentei todos eles.” Sua vida fora mais amarga que doce, mais azeda que picante, mas as coisas estavam hai xing, nada mal. E isso me dava esperança com relação aos outros.”
Autora: Jen Lin-Liu
Editora: Zahar
Preço: R$ 54,25 no Buscapé.

4) Champanhe

Este e o próximo livro falam sobre bebidas e tenho certeza que vão agradar muito o público masculino. Não por falar sobre bebida, mas por ser um relato histórico. Fazer uma ligação entre o mundo do vinho e as grandes guerras. Uma belíssima aula de história.

Este livro, indispensável para quem se interessa pelo mundo do vinho conta como o Champanhe sobreviveu aos tempos difíceis na França e no mundo.
Descreve bem a saga de personagens famosos deste mundo, como Dom Pérignon e Madame Clicquot, por exemplo.
Para quem já visitou a região, ou pretende conhecer em breve, é leitura obrigatória para entender tudo o que essa bebidinha maravilhosa que todo mundo ryco adora beber em celebrações passou para se perpetuar, e como muito mais que uma bebida, o champanhe é parte da cultura e do orgulho francês.

Frase preferida: “Essas ironias são parcialmente responsáveis pela aura de mistério e romance que envolve o champanhe. O que o champanhe tem? O som da palavra já é como o toque de uma varinha mágica: as pessoas começam a sorrir, relaxar e até fantasiar. Com certeza, nenhum outro vinho prestou-se tanto à poesia, à arte e ao exagero. Casanova o considerava um “equipamento essencial à sedução”. Coco Chanel disse que o bebia somente em duas ocasiões: quando estava apaixonada e quando não estava apaixonada. Lily Bollinger, uma das grandes damas da Champagne, foi além. “Bebo champanhe quando estou alegre e quando estou triste. Algumas vezes, bebo quando estou sozinha. Se estou acompanhada, considero-o obrigatório. Bebo uns golinhos quando estou com fome. Fora isso, não toco nele – a não ser, é claro, que esteja com sede.””
Autores: Don & Petie Kladstrup
Editora: Jorge Zahar Editor
Preço: R$ 49,90 na Livraria Cultura

5) Vinho & Guerra

Esse, apesar de último da lista, é o meu livro preferido dos últimos tempos.
Ele é dos mesmos autores do Champanhe e sempre penso: eita caras que escrevem bem e que sabem cativar a sua atenção.
Digo que para me fazer ler um livro de história, ainda mais sobre a guerra, tem que ser algo over the top, porque é um assunto que normalmente não chama minha atenção.
Mas este livro é tão incrível que eu tive vontade de lê-lo inteirinho em um dia. E quando parava por algum motivo, ficava pensando nele o tempo todo.

Um dia quem sabe eu escrevo igual esses caras.

O livro conta como os franceses se desdobraram, se reinventaram e arriscaram tudo o que tinham para manter vivo o seu maior tesouro: o vinho. Para eles, perder seus vinhedos e seus vinhos era o mesmo que perder a própria identidade.

Durante a segunda guerra, além de todos os vinhedos perdidos pela devastação do conflito, os alemães perceberam que tomar o vinho e a cultura do vinho dos franceses era a maior humilhação que podiam causar neste povo. Mas os franceses não estavam dispostos a serem humilhados desta maneira. E não foram.

Desde passagens muito tristes como a falta extrema de comida na França, as doenças e milhares de mortes a histórias de superação, inteligência e estratégia, como os produtores de vinhos que envelheciam paredes com teias de aranha para esconder suas melhores safras, e judeus escondidos transportados dentro de barris, o livro traça um panorama histórico completo – e muito interessante – sobre a segunda guerra e a resistência francesa.
Um livro que todos deveriam ler.

Frase preferida: “Ser um francês significa lutar por seu país e pelo vinho do seu país”
Autores: Don e Petie Kladstrup
Editora: Zahar
Preço: R$ 49,90 na Livraria Cultura

E vocês, quais livros relacionados a comida me indicam?


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Com que roupa eu vou no restaurante que você me convidou?

11 coisas que você não deve fazer no Japão

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Que os japoneses são educadíssimos, todo mundo sabe.
Mas a educação deles vai além da simples gentileza e da discrição. A educação do japonês, que a gente tanto inveja e admira, está ligada à tradições rígidas e à convenções sociais que devem ser seguidas à risca. Para o japonês, incomodar o outro é uma falha grave e eles se comportam para serem imperceptíveis (às vezes até invisíveis) e agradáveis aos olhos do outro.

Para os brasileiros, ser educado não está diretamente ligado ao silêncio ou à invisibilidade. Assim como na cultura nipônica, a nossa cultura é muito forte e exerce grande influência no nosso comportamento: gostamos de beijar, abraçar, damos risada alto e não temos problema nenhum em expressar nossa indignação.

Aí você vai para o Japão. Um país super aberto e receptivo aos turistas, porém ritualístico ao extremo. E aí o que você faz? Como se comporta?
Sabe aquele ditado “Quando em Roma, faça como os romanos”? A Magali te mostra 10 coisas que você não deve fazer no Japão. É claro, ninguém vai reclamar de você ou te colocar pra fora se você não seguir essas regras, mas quando viajamos para um país que não é o nosso, parte da graça é absorver e aprender um pouco da cultura, não é?

Claro que existem muitas outras coisas que você deve evitar, mas só com essa listinha básica e fácil de seguir, você não cometerá nenhuma gafe durante sua estada na Terra do Sol Nascente.

1) Falar ao celular ou falar alto no transporte público

- Shinkansen fantasma -

– Shinkansen fantasma –

Você acha que metrô, trem e ônibus são lugares adequados para discutir aquela atração turística maravilhosa que você acabou de ir? Ou ligar para a sua família para contar que acabou de comer o melhor sushi da vida?
Então, está na hora de você rever seus conceitos.

Quando os japoneses entram no metrô ou mesmo no ônibus, eles praticamente morrem dormem. Ou eles dormem mesmo, ou leem um livro, ou jogam algum game no celular (sem som, pelamordideus), ou apenas baixam a cabeça durante a viagem. Não importa quão cheio esteja o trem, o silêncio domina. O máximo que você vai ouvir são alguns cochichos, quando alguém realmente precisa se comunicar.

Os celulares são proibidos próximos aos assentos para idosos, eles devem ficar desligados pois podem dar interferência em marcapassos, por exemplo.
Nas outras áreas, mesmo não havendo nenhuma restrição ao uso, ninguém fala ao celular. Ou mesmo permite que ele toque. Os japoneses mantêm seus celulares o tempo todo no silencioso, em qualquer lugar, pois o toque do celular pode incomodar o amiguinho do lado.
Em 20 dias de Japão, andando de trem, metrô e ônibus pra cima e pra baixo, vi poucas pessoas saindo do vagão para atenderem aos seus celulares na plataforma (deveria ser algo muito urgente mesmo), um executivo atendendo o celular dentro do vagão, mas quase deitado no chão e falando em uma voz quase inaudível e apenas um celular tocou, de uma mulher dentro do ônibus, que pediu desculpas a cada passageiro e até ao Papa por ter cometido este erro.

Mesmo no shinkansen, o trem bala, onde a maioria dos passageiros é turista, o silêncio impera. O máximo que se ouve são ruídos de latas, garrafas de bebidas e bentôs sendo abertos, já que são permitidos e muito consumidos dentro deste trem.
De vez em quando, você vai ouvir um grupo rindo um pouco mais alto, ou conversando mais animadamente. Mas aí você já sabe que eles não são japoneses e que não estão tão bem informados assim, pois não leram este post ;)

2) Encarar as pessoas ou tirar fotos delas na rua 

- Evite tirar fotos de pessoas -

– Evite tirar fotos de desconhecidos –

Sim, eu sei que a menina vai estar usando uma bolsa incrível ou que o cara vai ter um estilo que você quer copiar, mas lembra da história da invisibilidade?
Os japoneses simplesmente não gostam de ser encarados. Como eles tratam tudo com muita discrição, aquela boa olhada ou aquele olho no olho desconhecido (mesmo que você ache que encontrou o amor da sua vida) simplesmente não vão rolar aqui. A menos que você queira deixá-los totalmente constrangidos e desconfortáveis ou ser visto como um freak.
Então, se a vontade de olhar for irresistível, disfarce, dê somente aquela olhadela e continue a sua vida.

Outra coisa que não pega muito bem por lá é tirar foto das pessoas na rua. Mesmo quando você ver um cara vestido de Hello Kitty no meio de Shibuya, resista ao desejo incontrolável de clicar, ou faça isso discretamente. Pedir pra tirar foto, então, nem pensar!
Eles são bem encanados, principalmente as meninas, porque há realmente uns freaks soltos por lá que gostam de tirar fotos sem ser autorizados. Você pode até se meter em uma bela de uma encrenca por isso.

Uma noite, estávamos em Nikko na famosa ponte Kinu tateiwa Otsuribashi (falo mais sobre a cidade neste vídeo aqui), quando um policial nos abordou para perguntar se tínhamos visto um homem que estava tirando fotos de meninas… Ui, que medo!

3) Cumprimentar as pessoas com o calor brasileiro

- Nada de calor humano. Só o do cobertor -

– Nada de calor humano. Só o do cobertor –

Se você conhecer alguém no Japão e mesmo se essa pessoa ficar mais próxima de você, segure seus instintos ao cumprimentar essa pessoa. Por mais cotidiano e normal que seja para nós, brasileiros, cumprimentar os outros com um beijinho no ombro rosto e um abraço, para eles deve ser algo de Marte.

Eles evitam o contato físico com a outra pessoa, mesmo que essa pessoa seja sua amiga. Um ‘oi’ de longe já resolve a situação, mas imitar o outro sempre funciona em culturas que não nos são comuns. Se a pessoa estender a mão para você, estenda a sua de volta; se ela se curvar, em sinal de respeito, faça o mesmo; e se for um japonês que gosta de uns beijinhos e tomar a iniciativa, com cautela, vá em frente.
Lembre-se que você está no território deles e por mais que queira passar uma mensagem de afetividade, carinho, você pode ser inadequado.

Um outro desdobramento deste item são as demonstrações de afeto em público. Ok, você é brasileiro, está lá com a sua namorada brasileira também e quem tem alguma coisa a ver com isso? Ninguém. Mas nem por isso você vai dar aquele amasso no meio do shopping, né?
Não é como alguns países muçulmanos em que você não pode andar de mãos dadas ou mesmo perto. O Japão é um país livre e você pode fazer o que bem entender. Mas para não ser visto com maus olhos, use sempre este pensamento para te guiar: “Eu faria isso na frente da minha mãe, avó?” (pode substituir por qualquer pessoa que você tenha grande respeito), e demonstre o seu carinho em público apenas da mesma forma que você demonstraria na frente desta pessoa.
Mãos dadas e selinhos estão de bom tamanho. Deixe a sua paixão para depois. Get a room!

4) Entrar na casa de alguém de sapatos

- Dentro de casa, de meia ou de chinelinho -

– Dentro de casa, de meia ou de chinelinho –

Esse é um costume que deveria entrar pela porta da frente na casa de todo mundo. Eu juro que tento seguir, mas aí quando já estou no hall do elevador, de sapato, atrasada, lembro que esqueci a chave do carro e aí saio correndo com sapato e tudo na pontinha do pé pra dentro de casa para pegar a bendita chave (como se adiantasse alguma coisa devo achar que a ponta do sapato não tem sujeira).

Os japoneses não entram de jeito nenhum de sapato em casa, e isso é higiênico demais. Por que alguém em sã consciência gostaria de levar toda a sujeira da rua para dentro da própria casa?
Em geral, as casas japonesas já tem um lugarzinho ali perto da porta para deixar os sapatos, e os calçados de lá também costumam ser mais fáceis de por e tirar (ou eles que são muito habilidosos) e já ficam alguns chinelinhos logo na entrada para você usar exclusivamente dentro de casa (tem até um especial só para ir ao banheiro). Essa regra também vale para os ryokans (pousadas típicas japonesas), quartos de hotéis e alguns restaurantes.

Ou seja, se você conhecer algum japonês tão bem a ponto de ser convidado até a casa dele, mesmo que seja uma visitinha rápida e que ele diga para você manter os sapatos, faça questão de tirar. Minha casa, minhas regras. Sacou?

5) Dar o lugar para alguém no transporte público

- Nós dois, apreciando a vista do trem, bem sentadinhos -

– Nós dois, apreciando a vista do trem, bem sentadinhos –

A menos que a pessoa use bengalas, tenha alguma dificuldade de locomoção ou esteja grávida.
Os idosos tem assentos exclusivos no trem e metrô (veja bem, exclusivo e não preferencial, não pode sentar neles mesmo), mas para todos os outros, a regra é chegou, sentou.
Isso pode parecer paradoxal em uma sociedade tão bem educada, mas a verdade é que além de muitos, os idosos no Japão são muito independentes, funcionais e tem uma boa saúde. Dar o lugar para eles pode ser visto como uma ofensa, como que subestimando a energia e saúde da pessoa, mesmo que a sua intenção seja das melhores.

Aqui no Brasil, já vi algumas pessoas cedendo gentilmente seu lugar para uma mulher, o que é inclusive um sinal de cavalheirismo. Isso também não funciona no Japão. Mais uma vez, pode soar como uma ofensa. Então já sabe, no metrô, o lugar é seu, mas não vale sair correndo para pegar ele quando entrar no vagão, ok?

6) Entregar o dinheiro na mão do vendedor

O japonês tem um senso de higiene completo, que inclui notas de dinheiro e sapatos. Como sabemos, uma nota de dinheiro (de qualquer que seja, a única diferença é que uns valem mais e outros menos) pode ser mais suja que um pau de galinheiro, mas mesmo assim, a gente manuseia como se ignorasse isso.
Além disso, a preferência pela ausência do contato físico também é um dos motivos para explicar este tópico.

No Japão, você nunca entrega o dinheiro diretamente ao vendedor. Todas as lojas possuem uma bandejinha em frente ao caixa onde você coloca suas cédulas e moedas para efetivar a compra. De lá, o vendedor pega e dá o troco, ou faz o que tiver que ser feito.

Novamente, não vai te causar nenhum problema se você der o dinheiro direto na mão de alguém, mas saber da existência dessa bandeja vai evitar a sua confusão ao ficar insistindo para alguém pegar o dinheiro e a pessoa não aceitar…

7) Esperar a conta e a maquininha de cartão na mesa

- Balcão para pagar a conta no restaurante -

– Balcão para pagar a conta no restaurante –

A mesa do restaurante é lugar de comer. O dinheiro, aquela coisa meio suja que falamos no item anterior não combina com as iguarias que você coloca dentro do seu sistema, também conhecido como corpo.
Sendo assim, dinheiro nunca é manuseado para pagar a conta na mesa do jantar.

Em todos os restaurantes que fui e que vi, você come tranquilo, o garçom deixa um papel na sua mesa, então você vai ao caixa e efetua o pagamento.

Prático, mais higiênico, simples, e você não precisa ficar esperando horas pela sua conta.

8) Espetar o hashi na comida

- O lugar do hashi é apoiado no hashioki -

– O lugar do hashi é apoiado no hashioki –

Você não é obrigado a saber comer de hashi. Mas é bom saber que não se deve fazer algumas coisas com ele.

Alguns restaurantes que recebem turistas até disponibilizam talheres se você pedir. Se você for comer sushi, não se avexe, é normal pegar com as mãos mesmo. Não tem problema nenhum tentar usar o hashi, mesmo que você não tenha muita prática.

Mas não brinque com o hashi. Não enfie no cabelo como se fosse um bico de pato. Não gesticule no ar com ele. Não chupe ou lamba a pontinha do hashi. Não espete a comida com ele se você não conseguir pegar. E acima de tudo, não coloque ele espetado verticalmente dentro do bowl de arroz ou outra comida, pois isso remete à um ritual relacionado à morte e oferendas aos mortos. Entendido?

9) Não respeitar as regras do onsen

Onsen em Yufuin - *Foto tirada pela tia do Thiago

Onsen em Yufuin – *Foto tirada pela tia do Thiago

Uma das coisas mais gostosas e típicas de se fazer no Japão (além de provar a comida maravilhosa) é ir em um onsen, os banhos termais. (Já falei sobre isso em outro post, confira aqui)
Mas para ir em um onsen, você precisa seguir as regras do lugar, que incluem:

– Não ter tatuagem: a maioria dos onsen não aceitam pessoas que tenham tatuagens, mesmo que essas pessoas sejam estrangeiras. No Japão, pessoas tatuadas geralmente tem ligação com a máfia, por isso não são bem vistas em ambientes familiares. Eles sentem-se ofendidos com as tatuagens dos outros. Logo, se você tem tatuagem, vai ter que arrumar outro rolê, ou tentar ir em um onsen privado.

– Entrar na água com alguma peça de roupa: mesmo que você esteja morrendo de vergonha de se despir na frente de desconhecidos, saiba que eles não vão estar nem aí para o seu corpo escultural ou para as suas gordurinhas a mais. O hábito de ir em um onsen e tirar a roupa para isso é tão corriqueiro e comum para os japoneses como o nosso de ir a praia de biquini fio dental.

– Deixar o cabelo solto enquanto estiver na água: um dos motivos pelos quais roupa, cabelo ou qualquer outro objeto não  são permitidos no onsen é porque os mesmos podem sujar a água, que devem estar limpíssima o tempo todo.
Por isso, é aconselhável que você prenda o cabelo quando for entrar no onsen, para evitar o contato com a água.

– Tirar foto: o onsen é tão legal, tão diferente, que dá vontade de tirar mil fotos para mostrar para os seus amigos no Instagram, não é?
Só que você deve lembrar que as pessoas que estão ali estão em um momento de relaxamento privado (e além disso elas também estão peladas) e por isso, as fotos dentro do onsen são proibidas.
Melhor fica com a lembrança só na memória e no coração, e aproveitar os momentos mais que tirar fotos, right?

Agora você já é mestre na arte de entrar no onsen…

10) Dar gorjeta

- Mesmo que o garçom seja muito simpático, como esse tiozinho da foto, não dê gorjetas! -

– Mesmo que o garçom seja muito simpático, como esse tiozinho da foto, não dê gorjetas! –

Os japoneses são extremamente sérios em relação ao seu trabalho e dinheiro. Quando eu digo isso, quero dizer que além de serem muito comprometidos, eles também tem uma relação direta entre trabalho e honra.
Quando você dá gorjeta no Japão, é entendido como se estivesse desprestigiando ou subestimando o trabalho da pessoa, como se você fosse superior, tivesse mais dinheiro e por isso pode pagar a mais do que o produto ou o serviço realmente custa.
Pra mim faz todo o sentido. Então simplesmente não dê e nem faça menção de dar gorjeta a ninguém. Sério.

11) Atravessar no farol vermelho ou fora da faixa

- Respeite as leis de trânsito, mesmo que ele seja do lado contrário -

– Respeite as leis de trânsito, mesmo que ele seja do lado contrário –

Sabe aquele lugar em que as pessoas são tão by the book, seguem as regras tão seriamente que nem precisam perguntar o porquê da regra? O Japão é assim.
E isso fica claro quando você vê as pessoas esperando para atravessar em um farol vermelho em uma rua deserta, ou andando até a faixa mesmo que não tenha nenhum carro vindo.
Do lado dos carros, eles vão parar nas placas de Pare e não só reduzir a velocidade. Vão deixar o pedestre passar quando forem virar em uma rua e também vão esperar o farol vermelho, ou parar no amarelo ao invés de acelerar.
Simplesmente porque essas são as regras. E porque eles são educados dessa maneira.
E você não quer parecer mal educado, quer?

Eu sei que à primeira vista, visitar o Japão pode parecer complicado, um país cheio de regras e convenções sociais que você não pode quebrar de jeito nenhum. E que também parece ser fácil cometer uma gafe imperdoável por lá.
Mas, trust me, seguindo essas regrinhas acima você não deve ter nenhum problema por lá. E essas são regras bem simples de seguir, não é?

Tenho certeza que você vai lembrar da Magali quando sua mente transgressora estiver a ponto de atravessar um farol vermelho no Japão.


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16 coisas para comprar no supermercado no Japão

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Tem gente que viaja para comprar roupas, sapatos, objetos de decoração, móveis. Eu viajo para comprar… COMIDA!

Claro que eu também aproveito as escapadas para renovar o guarda-roupa, mas o que me deixa realmente feliz, muito mais feliz do que qualquer outlet, é ficar horas em um bom supermercado local descobrindo os produtos daquele lugar.

Quem gosta de comer e de cozinhar é assim mesmo. Todo lugar é uma chance de descobir algo para a despensa. E também acho que a partir da comida, você consegue entender muito da cultura de um povo, da organização da sociedade e seus hábitos. Mas normalmente, quando viajamos, encaramos a comida pelo lado dos restaurantes. E esse não é o real dia a dia de um lugar. Gosto de ir aos mercados porque vejo o que as pessoas comuns comprar, o que elas irão cozinhar à noite quando chegarem em casa, que comida levam para o trabalho. Aí sim, você entende uma parte importante da cultura diária.

Em todos, mas absolutamente todos os lugares que eu vou eu faço isso. E sempre tem coisa nova. Quando a gente está inserido na nossa própria rotina, nem percebe a quantidade de novos produtos que entram no mercado todos os meses e acaba passando batido por muita coisa legal. Mas quando a gente viaja e sai da nossa zona de conforto (viajar é sempre uma zona mais confortável ainda pra mim), ficamos mais atentos e com a mente afiada, e nada passa despercebido. Desde aquele sal com ervas incrível para carnes até os chocolatinhos mais fofos e diferentes.

Talvez eu possa dar mais vida à este tema, fazendo uma lista dessa para cada lugar que eu fui e cada mercado que visitei. Vou pensar nisso com carinho.

Mas como a minha última viagem foi para o Japão (e para o Havaí também e logo vocês serão inundados sobre este tema), quero mostrar quais são os 16 itens que não podem faltar no seu carrinho. Alguns deles, além de serem deliciosos, também servem como ótimos presentes para os queridos que ficaram aqui, e é claro, alguns não podem ser trazidos na mala, mas são ótimos para serem consumidos por lá.

Produtos japoneses - Magali Viajante

Muitas coisas dessa lista você pode encontrar na Liberdade, aqui em São Paulo, ou em lojas de produtos japoneses na sua cidade. Mas mesmo assim é diferente: além de mais barata, a comida tem outro gosto no seu local de origem. Gosto de viagem. Já sentiu isso?

1) Granola Calbee

Granola Calbee - Magali ViajanteEu não sou lá grande fã de granola e custo para achar uma decente por aqui. Ou é muito doce, ou tem gosto de massinha, ou parece que vai quebrar todas as obturações.
Foi na casa da tia do Thiago que comi a tal da granola da Calbee. A tia dele me disse: “Vocês tem que provar essa granola. É diferente, gostosa, tá fazendo o maior sucesso por aqui e até uma criança que nunca pôs granola na vida, gosta.
Dito e feito, provei e adorei. Essa granola da Calbee tem um monte de coisas dentro: morango, maçã, mamão e uvas secas; semente de abóbora, amêndoas, coco e vários cereais como trigo, milho e uns outros que eu não consegui identificar. Ela é pouco doce e bem saborosa, mas a parte mais gostosa é quando cai bastante morango seco (uma bolinha vermelha) no seu bowl, porque ele é azedinho, uma delícia.

Os japoneses comem granola de uma forma diferente da nossa: aqui, a gente enche um potão com granola ou outro cereal, coloca bastante leite e faz disso, muitas vezes, o único item do nosso café da manhã. O japonês não. O potinho que ele come granola é tão pequeno e cabe tão pouco que acaba em duas colheradas, sério. Mas é que para eles, a granola é apenas um item a compor o café da manhã (os que tomam café ocidentalizado, claro) e por isso tem que ser pouco, para comer todas as outras coisinhas que tem na mesa. Pensando bem agora, é  como quase qualquer refeição japonesa: um pouquinho de muitas coisas.

A Calbee é uma marca tão famosa e adorada no Japão que tem até lojas próprias que vendem os produtos e oferecem experiências com a marca. Ela é famosa por produzir batata chips e vários tipos de salgadinhos, além da granola. É como se a Elma Chips abrisse uma loja conceito por aqui e tivesse sucesso.

Eu trouxe um pacote da tal da granola e apesar de comer com miserê moderação, ele já está acabando. Não sei se tem na Liberdade, por isso já estou chorando por aqui e pensando em uma forma de conseguir mais um pacote. Ideas, anyone?

2) Matcha Milk

Matcha Milk - Magali ViajanteIsso eu já descobri que tem aqui. Tem até no Starbucks, mas não é tão bom.
Outra joia do café da manhã! É um pózinho de chá verde levemente adoçado, que você coloca na água ou no leite quente (eu prefiro no leite, fica cremosão) e toma como se fosse um chá cremoso.

É uma alternativa mais saudável para o famoso leite com nescau por ter menos açúcar e ainda ter as propriedades benéficas do chá verde, além de ser uma delícia.

Eu tenho tomado só uma vez por semana, no domingo geralmente, para não acabar muito rápido. Eu gosto de colocar o matcha milk com leite gelado e uma pedra de gelo na coqueteleira e bater até fazer bastante espuma. Se você não tiver coqueteleira, faz direto no liquidificador que dá certo. Uma das minhas bebidas preferidas para o café da manhã.
Uma das coisas que eu tenho pensado muito em fazer com o Matcha Milk mas ainda não tive tempo é fazer um milk shake com ele. Esse final de semana promete! Coloco a foto lá no Insta para vocês ficarem com vontade.

Eu recomendo a marca Tsujiri, mas tenho certeza que tem outros tão bons quanto no mercado de lá.

3) Pão de forma hiper mega maxi fofinho

P.S: Não tenho foto, perdoem!
Continuando no tema café da manhã, os japoneses são mesmo mestres de fazer coisas boas para a primeira refeição do dia. Concordo que em vários lugares o café da manhã é bem rico e interessante, como no Brasil e nos EUA, por exemplo, mas o que eu acho interessante é que os japoneses conseguem dominar tanto o desjejum oriental (ok, disso eles entendem), quanto o ocidental. Quer uma prova disso? É só provar o pão de forma que eles comem por lá.

A fatia de pão é super grossa e é tão macia que parece um cobertor e dá vontade de se cobrir e dormir com ele dá muita dó de colocar na torradeira ou passar alguma coisa por cima. Na minha opinião, tem que comer puro mesmo, igual Bisnaguinha, sentindo o sabor e a maciez única.

A Panco faz um pão parecido aqui no Brasil, super difícil de encontrar (mas sei que no Santa Luzia tem): o pão Nagoya Soft. Não é igual, mas já dá para matar a saudade daquele pão master fofinho do café da manhã nipônico.

4) Kit Kat de sabores variados

- Olha a quantidade de Kit Kat, e tudo de sabor diferente -

– Olha a quantidade de Kit Kat, e tudo de sabor diferente –

Que o Kit Kat é uma febre no mundo inteiro, todo mundo sabe. Mas no Japão, essa febre é ainda maior, porque eles tem uns sabores bem diferentes – e até bizarros – do chocolate, como chá verde, pêra, batata doce, wasabi e até de shoyu.
Eu não sou super fã de Kit Kat. Acho gostoso, mas prefiro um bom Bis. Mas lá no Japão, com tantos sabores assim, você tem que se render e provar vários.
O meu preferido é o de chá verde. Mas vocês vão perceber que eu sou meio viciada em coisas deste sabor.

5) Chocolates Meiji

- Viciada em chá verde -

– Viciada em chá verde –

Falando em chocolate, saia um pouco dos já conhecidos Lindt, Callebaut e Godiva e se jogue em uma marca japonesa da boa, a Meiji.
Eles produzem uns chocolates super gostosos, de boa cremosidade, sabor intenso, bem presenteáveis e encontrados em qualquer supermercado.

Quer saber o meu preferido? O de chá verde!

Esse dá pra achar aqui na Liberdade. Vai logo conhecer uma nova marca de chocolate e ver que os japoneses também podem ser bons nisso (no que eles não são, anyway?)

6) Sorvetes diferentões

- Sorvete de spaguetti, eca - *Créditos da foto: Katia Megumi

– Sorvete de spaguetti, eca –
*Créditos da foto: Katia Megumi

- *Créditos da foto - Katia Megumi -

– *Créditos da foto – Katia Megumi –

No setor das gordices, os sorvetes japoneses também impressionam. Não, eu não estou falando de Melona ou daquele sorvete em formato de peixe. Eles fazem sorvete de quase tudo e até a Haagen-Dazs produz sabores diferentes (como, adivinhem, chá verde) por lá (mas já aviso, não gostei muito dos da Haagen, preferi de umas marcas locais meio desconhecidas.

Tem desde os sorvetes mais bizarros, como de natto, de polvo e de tinta de lula, até sabores mais gostosos, como o de feijão azuki, sakura e chá verde. O meu preferido foi o de batata doce, uma coisa do além de bom!

7) Molho de salada da Saison Factory

- Jantar de hoje -

– Jantar de hoje –

Sim, é um simples molho de salada, mas é muito bom e dá pra trazer para o Brasil.

Essa marca produz vários tipos de produtos, mas é nos molhos de salada que você tem que ficar de olho. Apesar de ser um molho pronto, ele não é muito calórico e tem um teor de sódio reduzido, por isso que os japoneses amam.

Eu provei o de cenoura quando estava lá e foi o meu preferido, mas trouxe o de gergelim para casa, que também é uma delícia. Além destes dois sabores, eles também de molho de cebola, limão e alho. No Takashimaya, dá para encontrar inclusive alguns boxes para presente destes molhos.

Assim fica até fácil comer salada. Pena que o meu acabou.

8) Karê

- Já vi essa foto antes -

– Já vi essa foto antes –

Tipos diferentes de karê são vendidos aos montes na Liberdade. Mas lá no Japão, obviamente, a variedade é ainda maior. Isso porque eles amam karê e comem bastante este prato. Há redes de fast food especializadas apenas nisso.

Por lá, além de vários tipos diferentes, tem bastante marca e diferentes graus de picância. Vem escrito na embalagem: o 1 é mais fraquinho, adequado para crianças e para pessoas que não curtem coisas ardidas e o 5 é nível profissa.

Aqui no Brasil eu recomendo os da SB, que são facilmente encontrados na Liberdade, e lá no Japão me recomendaram desta marca também.
Mas se surgir a dúvida de qual comprar quando estiver por lá, pergunte para um japonês. Cada um tem sua preferência e bons motivos para isso. Na pior das hipóteses, você vai provar um monte de marcas e tipos de karê por lá, e aí pode escolher o seu preferido.

9) Saquês

- Tin tin pode? -

– Tin tin pode? –

Eu prefiro comprar saquês diretamente do produtor, ou em lojas especializadas na bebida. Mas mesmo nos supermercados, principalmente nos grandes, eles têm uma boa variedade de saquês de qualidade.
Você pode escolher um saquê de várias formas: por marca, por ser seco ou menos seco, pelo tipo.
Na dúvida, traga vários diferentes. Além de super presenteáveis, você pode beber melhor por aqui, já que saquê bom no Brasil é caríssimo.

Mesmo que não tenha o costume, ou ache que não gosta de saquê, prove alguns. Quem sabe, provando um saquê de verdade, você não descobre uma nova paixão?

10) Amazakê

Amazakê - Magali ViajanteO amazakê é um saquê doce não alcoolico que eu nunca vi para vender por aqui. Ele é bem diferente e vem com os grãos de arroz na garrafa.

No Japão, eles tomam gelado, como uma bebida normal, ou quente, no inverno. Tomei ele quente lá e achei bem parecido com o nosso arroz doce, uma delícia.

Essa é uma verdadeira joia japonesa ainda pouco conhecida por aqui. Recomendo o da Kikusakari, feitos na mesma fábrica da Hitachino Nest Beer.

Eu tenho uma garrafa na geladeira e estou esperando uma ocasião especial para abrir.

11) Hitachino Nest Beer

- Esta é a Weizen -

– Esta é a Weizen –

Provei a Hitachino pela primeira vez em 2014 (até fiz um post sobre ela) e me apaixonei pela cerveja. Até hoje, é uma das minhas preferidas.
Eis que quando estive no Japão, tive a oportunidade de conhecer a fábrica da Hitachino (vocês podem assistir o vídeo que eu fiz na fábrica aqui) e me apaixonei ainda mais.

A Hitachino é relativamente fácil de se encontrar no Japão e eles tem alguns tipos que não chegam aqui. Todas são boas, feitas com qualidade e eu ainda tenho que provar a Saison du Japon e a Witbier que estão aqui na minha geladeira esperando impacientemente pelo final de semana. Trouxe também a Weizen e a Commemorative Ale 2015, todas excelentes.

12) Chá verde de qualidade

Chá verde - Magali ViajanteVocê já ouviu dizer que o banchá que toma na verdade é um chá de baixa qualidade? Pois é, eu também. Não sei se é verdade, mas sei que alguns chás verde que comprei por lá tem o gosto totalmente diferente desses servidos em rodízio japonês.

Seja por que gosta ou por dieta, você deveria incluir o chá verde na sua alimentação. Ele é super saudável, tem benefícios reais para a saúde e pode ser tomado quente ou frio. Eu adoro e aproveitei para trazer vários saquinhos.
Como o chá verde é um item de consumo diário do japonês, você encontra boas marcas e chás excelentes em qualquer mercado.

Eu comprei de dois tipos: o de folhas, normal, que você coloca na água e depois coa e um que é só um pó, que você coloca na água quente, mexe e bebe. Este tem um sabor super pronunciado (algumas pessoas podem achar muito amargo), mas é uma delícia para comer com um biscoitinho em um dia frio como hoje.

13) Chá emagrecedor

- Só chá e reza brava salva -

– Só chá e reza brava salva –

Quando estava lá, comentei com uma amiga nutricionista que estava comendo muito, que tinha engordado uns quilinhos e que por isso, precisava pegar firme na dieta quando chegasse no Brasil.

Então, ele me deu dois chás que ajudam a emagrecer. Ainda não tomei esses que ela me deu, mas ela me garantiu que são tiro e queda e que não fazem mal para saúde. Muitos japoneses bebem isso o dia inteiro.
Não posso comprovar a eficácia, mas visto a experiência que já tive com alguns chás poderosos japoneses, posso dizer que o treco deve funcionar.

Se você sempre se preocupa com o corpitchos, não custa nada trazer uns saquinhos para testar. Mal não vai fazer.

(Depois eu conto aqui se tive algum resultado…)

14) Bebidas diferentes

- Eu com um chá gelado que tinha acabado de comprar em um mercadinho -

– Eu com um chá gelado que tinha acabado de comprar em um mercadinho –

Além dos jidou hanbaikis, que são aquelas maquininhas ninjas que vendem todo o tipo de bebida quente e fria em toda esquina no Japão, os supermercados também tem uma boa variedade delas. Duvido você conseguir tomar todas. Mesmo que prove uma diferente por dia, ainda faltarão dias na sua viagem pelo Japão.

Prove todos os tipos de Calpis e também não deixe de testar as minhas preferidas: água com sabor de pêssego, refrigerante de umê e CC Lemon.

15) Comida pronta

- Tipo essa delícia de oniguiri com kani -

– Tipo essa delícia de oniguiri com kani –

Diferente daqui, em que comida pronta de supermercado geralmente é sinônimo de roubada; os supermercados de lá servem uma variedade grande de comidinhas gostosas para levar pra casa.
Todos os mercados, desde os pequenos até as grandes redes tem a sua seleção. Eu provei de diversos mercados diferentes e gostei muito.

Tem desde oniguiris variados até todos os tipos de fritura (bem sequinhas), como Korokke e Chicken Katsu, até espetinho de kamaboko com bacon. Juro, dá pra pessoa viver só das comidas de mercado de lá.

Como eu queria que isso acontecesse aqui também. Ia ser uma mão na roda poder comprar uma coisa prontinha e gostosa no Pão de Açúcar aqui do lado de casa nos dias que eu tenho pressa…

16) Frutos do mar

- Saca só esse polvo vendido no mercado - *Créditos da foto: Kátia Megumi

– Saca só esse polvo vendido no mercado –
*Créditos da foto: Kátia Megumi

Se você chegou até o final deste post, parabéns!

Brincadeira, o que eu queria dizer é que se você chegou até o final deste post, deve ter percebido que as coisas no Japão geralmente tem uma excelente qualidade. O padrão de qualidade lá é alto e em qualquer portinha você vai achar comida boa e em quase qualquer mercado, mesmo os mais simples, terão produtos legais.

Dito isso, dá para entender porque é de boa comprar frutos do mar nos supermercados lá.
Lula, polvo, ostras, vieiras são itens comuns que você encontra em um supermecado normal de lá, sempre fresquinhos.
Tem até coisa que já vem pronta, cortada, já para comer.

Ah! Você não tem cozinha por lá para preparar essas delícias? Tranquilo, é só jogar um shoyu que tudo vira um bom sashimi!

Sei que tem muita coisa ainda a entrar nessa lista. Se eu esqueci de algo que é essencial pra você, comenta aqui no blog ou nas mídias sociais do Magali. É sempre bom ter colaboração de todos os lados. S2


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15 contas gringas de Instagram para seguir – e se deliciar com as fotos

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Fotos de comida, bichinhos (ou bebês) fofos e fitness parecem ser os top 3 de sucesso no Instagram. Não tem jeito, parece que ninguém resiste a essas coisas. E eu consigo entender: todo mundo gosta de comer, quer ter um corpo maravilhoso e se dobra facilmente com uma carinha inocente olhando pra você.

Eu fico só na comida, porque apesar de gostar de bichinhos, me canso de ver fotos deles aos montes (tirando quando é algum vídeo engraçado, aí eu gosto) e a minha falta de tempo que tem deixado o meu corpo com formato de pêra só me deixa com raiva quando vejo os corpos maravilhosos por aí.

E como de comida eu entendo um pouco, quis trazer para vocês, que também amam o tema como eu, algumas contas do Insta que valem a pena seguir pela deliciosidade postada.
Não tirei essa lista de outras listas publicadas na Internet – ela é resultado de uma olhada no meu instagram pessoal mesmo. Claro que tem alguns perfis muito bombados que eu sigo e que vocês já devem conhecer, mas tenho certeza de que você vai descobrir umas joias por aqui.
Ah! Prometo que semana que vem replicarei essa lista, mas com perfis de Insta brazucas, que tem bastante coisa legal tb!

Duvido você conseguir continuar tão fitness assim com essas tentações aparecendo na telinha do seu celular o tempo todo.

1) Spoon Fork Bacon
@spoonforkbacon

*Foto: Instagram @spoonforkbacon

*Foto: Instagram @spoonforkbacon

Essas duas amigas americanas, Teri Lyn Fisher e Jenny Park, tinham profissões anteriores que as levariam para o Spoon Fork Bacon, um blog ótimo de comida, mas que tem um Insta que eu adoro: Teri é fotógrafa e Jenny é food stylist.
O resultado disso não poderia ser mais incrível e elas compartilham diariamente as fotos de receitas que elas prepararam ou de lugares que elas comeram.
As fotos são bem produzidas mas não passam aquela sensação de falsidade, I mean, receitas que você nunca vai reproduzir em casa ou coisas tão posadas que você custa a acreditar que são reais. Tudo muito bonito e possível de fazer.

Por que seguir: Fotos reais, vontade real de comer. Agora.
2) Food 52
@food52

*Foto: Instagram @food52

*Foto: Instagram @food52

O Food 52 – dica do maridão – começou como uma comunidade para chefs cozinharem e compartilharem suas dicas. Hoje, além do site e do Insta cheio de receitas lindas, eles publicam livros, participam de projetos sobre o tema, tem um FAQ ao vivo para ajudar quem tem dúvidas sobre comida e alimentação e apóiam produtores locais.

Por que seguir: Além das fotos lindíssimas de comida, eles dão boas dicas de cozinha e algumas de decoração.

3) Bon Appetit Mag
@bonappetitmag

*Foto: Instagram @bonappetitmag

*Foto: Instagram @bonappetitmag

O Insta da revista americana Bon Appetit se dedica a postar fotos clicadas pelo seu staff e por isso que também é tão legal.
São pessoas de todas as áreas da revista que clicam o seu almoço, um prato que fizeram, ingredientes que compraram, e com isso eles tem um perfil de ficar babando.

Por que seguir: É legal ter a visão de diferentes pessoas sobre a comida em uma mesma conta.

4) Chefs Talk
@chefstalk

*Foto: Instagram @chefstalk

*Foto: Instagram @chefstalk

O Chefs Talk é um app bem novo, que tem como objetivo reunir fotos de aventuras gastronômicas de chefs e amantes de comida ao redor do mundo. Você pode baixar o app e começar a fazer parte da rede deles. O que eles querem é ter visões diferentes da comida, trazendo desde chefs renomados a pessoas comuns que gostam de cozinhar.

As fotos postadas no Insta são de pratos de alta gastronomia, com pegada contemporânea. A única coisa chata é que eles postam muito. E muito seguido. Mas se você não se importa em ficar vendo um monte de foto do mesmo perfil no seu feed do Insta, vai lá. Dá vontade de fazer umas coisas diferentes.

Por que seguir: Para ver o que anda rolando de mudérnu no mundo da alta gastronomia.

5) Molly Yeh
@mollyyeh

*Foto: Instagram @mollyyeh

*Foto: Instagram @mollyyeh

Essa blogueira com cara de menininha tem um approach diferente lá no Insta. Ela mora em uma fazenda e por isso, posta muita foto de galinha e de legumes tirados de lá.
Eu adoro essa pegada natural-bonita-simples-hipster dela. As fotos são bem minimalistas e eu quase consigo sentir o estilo de vida da Molly. (já me sinto amiga dela!).

Por que seguir: Pra ver que dá pra simplificar e continuar tendo uma vida linda. E talvez quem sabe um dia sonhar com uma vida rural.

6) Food & Wine
@foodandwine

*Foto: Instagram @foodandwine

*Foto: Instagram @foodandwine

O perfil da famosa revista Food & Wine posta diariamente as melhores fotos tiradas para a revista, além de fotos de leitores que usam as suas hashtags.
Eu amo as fotos e uso elas como inspiração para quando vou cozinhar. Um sucesso!

Por que seguir: Fotos profissionais, de uma das revistas mais importantes do ramo.

7) Food Network
@foodnetwork

*Foto: Instagram @foodnetwork

*Foto: Instagram @foodnetwork

O Food Network é o canal que tem o maior número de programas relacionados à comida, principalmente aqueles tipo reality show. É deles o Chopped, o Iron Chef, Jamie’s Kitchen e todos os da Nigella.
Nem preciso falar que não falta material para o Insta deles, né?
Você também aproveita e fica sabendo de todas as novidades dos programas de culinária da TV gringa…

Por que seguir: Para ter assunto com aquele amigo que sabe tudo de reality shows

8) A Couple Cooks
@acouplecooks

*Foto: Instagram @acouplecooks

*Foto: Instagram @acouplecooks

Ai, me identifico tanto com este perfil!
A Sonja e o Alex são um casal super fofo que dão dicas de pratos e são inspiração para uma vida mais simples e saudável.
Cada coisa de dar água na boca.
Ah! Que saber por que eu me identifico? Porque aqui em casa também cozinhamos juntos, o Thiago e eu. Nós dois somos formados em gastronomia e nos apaixonamos em meio aos fogões, panelas…

Por que seguir: Porque amor e comida são como feijão com arroz…

9) Food Beast
@foodbeast

*Foto: Instagram @foodbeast

*Foto: Instagram @foodbeast

Instagram de comida ogra. Hamburguer, burritos, hot dog e todo tipo de fast food estão por lá. Mas só os que dão muita vontade de se jogar, é claro.
É aquele perfil que você só pode ver aos finais de semana, para não jacar…

Por que seguir: Todo mundo tem aquele dia de cravings for trash.

10) Love and Lemons
@loveandlemons

*Foto: Instagram @loveandlemons

*Foto: Instagram @loveandlemons

Este é mais um dos blogs que eu leio quase que diariamente. A maioria das receitas do blog (e que ela também posta no Insta) são vegetarianas e simples de preparar. Ela levanta a bandeira da vida simples e saudável que eu adoro.
Enquanto o #9 era para seguir aos fins de semana, veja este perfil no Insta durante a semana, quem sabe você não se sente mais estimulado para comer melhor?

Por que seguir: Para colocar um pouco de inspiração verde na sua vida.

11) I am a food blog
@iamafoodblog

*Foto: Instagram @iamfoodblog

*Foto: Instagram @iamfoodblog

Meu blog favorito do mundo. Gosto muito das opiniões dela sobre viagens e comida e a sua conta do Insta não fica pra trás.
Vale a pena seguir para ver os pratos e as receitas com sotaque asiático postados. Um parece mais delicioso que o outro.

Por que seguir: Ele ganhou diversas vezes como melhor blog de comida. Quem sabe um dia o Magali não está lá?

12) Mantry
@mantry

*Foto: Instagram @mantry

*Foto: Instagram @mantry

Vocês conhecem o Mantry? Eles são um site de assinatura, que entrega produtos e comidas diferentes, inovadores e artesanais, lá nos EUA. Eles já existem há bastante tempo, bem antes de toda essa coisa de comida ser modinha.
O nome deles remete a Man and Pantry e é como a despensa do homem moderno.
Vale seguir eles no Insta para ver cada coisa linda que tem no mercado de lá. Pena que eles não entregam aqui!
Os homens que gostam de comida vão curtir muito este Insta, pois se identificarão mais, já que a maioria das contas do Insta que trazem fotos de comida são muito girlies.

Por que seguir? Vai que eles te ajudam a ter uma ideia inovadora de produto para lançar no mercado brasileiro? Inovação é a palavra nestes momentos de crise.

13) BuzzFeed Food
@buzzfeedfood

*Foto: Instagram @buzzfeedfood

*Foto: Instagram @buzzfeedfood

Dispensa apresentações, né? Parece que o BuzzFeed é bom em tudo o que faz: já era bom como plataforma original, adicionou a parte de comida e continuou legal, veio pro Brasil e segue sendo bom.

Por que seguir? Especialistas em comida pop, fatos inusitados e engraçados, eles trazem uma abordagem bem jovem e fácil para a comida.

14) Jamie Oliver
@jamieoliver

*Foto: Instagram @jamieoliver

*Foto: Instagram @jamieoliver

O chef celebridade mais conhecido do mundo tem um perfil muito legal no Instagram, onde levanta várias bandeiras, como a Segunda sem carne e melhorar a qualidade da comida servida para crianças.

Por que seguir: sempre tem receitinha fácil e que dá certo! É ótimo para quem está começando a cozinhar.

15) Odale
@odalekea

*Foto: Instagram @odalekea

*Foto: Instagram @odalekea

Este perfil é na verdade de uma confeitaria de um amigo meu lá na Grécia. Ele posta as fotos dos pratos que faz por lá e eu adoro ver o sucesso dele, além de entender como uma cultura tão distante da nossa lida com a gastronomia. As fotos dos bolos e sobremesas são de matar.

Por que seguir: Além dos bolos matadores, eles fazem umas decorações lindas para festas e dá para tirar um monte de dicas para o seu próximo cook-off, com amigos!

E já que estamos falando de contas do Instagram maravilhosas para seguir, não esquece também de seguir o @magaliviajante. Além de chamadas para os posts daqui, sempre tem fotos de coisas que comi ou que preparei que vão deixar vocês morrendo de vontade.
E o mais legal é que eu tento deixar as minhas fotos as mais reais possíveis, com pouca produção. Gente real, de verdade, é assim né?


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Mochilão em Londres: 13 Dicas pra Quem Quer Viajar Barato

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A minha amiga Priscilla, do blog Voltei de Viagem, está indo fazer um mochilão incrível por Londres, Paris e Amsterdã e me pediu algumas dicas. Eu já tinha dado outras dicas para a Pri e fiquei muito feliz que ela voltou (significa que gostou, né, amiga?)

+ Confira as dicas que dei para a Pri sobre a cidade de Lima, no Peru +

Pra quem não sabe, eu morei em Lyon em 2009 e fiz um mochilão de um mês inteirinho pela Europa. Foi a viagem mais incrível da minha vida e tenho certeza de que eu preciso refazer este roteiro em breve.

+ Dicas de Lyon, uma das cidades mais legais da França +

- 16 kg nas costas e uma vontade no coração -

– 16 kg nas costas e a vontade de conhecer o mundo no coração –

Para preparar este post para vocês, eu comecei a ler algumas coisas que fiz na época, ver se todos os lugares que fui ainda existiam (afinal, era 2009), vasculhar meus HDs externos para achar fotos, vídeos, referências, ou seja, qualquer coisa bacana que eu pudesse usar aqui. E aí, além de risadas, lágrimas e muito saudosismo, eu descobri (descobri, porque nem eu nem o Thiago lembrávamos da existência disso) que tenho vários vídeos dessa viagem. Na época, a gente tinha comprado uma filmadora (yes, people, era 2009, filmadoras ainda eram legais) e saiu filmando tudo o que via pela frente. Na época, eu nem imaginava ter um blog, mas para a minha surpresa (olá, destino, olá, mundo dando voltas), o material tem um mega potencial para o blog, porque eu vou apresentando e falando um pouquinhos dos lugares. Até parece que eu já sabia.
Na verdade, acho que fiz isso pra mostrar pra minha família todos os cantos que passei. Mas no final,  não mostrei pra família, deixei esquecido em um HD, não sei onde enfiei a filmadora.

Mas como esse material é muito bom para ficar assim guardado, comecei a publicá-los no meu canal do YouTube com o nome “Arquivos da Magali”. Não tem edição, não tem cortes, não tem filtro, a imagem não é lá grandes coisas. Mas tá super bacaninha.
Até semana que vem, vou postar um vídeo deste arquivo por dia. Para começar essa semana temática de Londres, todos os vídeos serão sobre a cidade, e semana que vem, na quarta tem post aqui sobre Paris e vídeo no canal sobre a cidade. E assim vai!
O primeiro mostra a Magali (que na época era só Milena) chegando em Londres de trem. Dá o play!

+ Assista todos os vídeos do Japão que a Magali fez + 

Mas vamos falar sobre Londres. 

Londres é uma cidade que vive no imaginário do brasileiro. Todo mundo uma vez na vida já pensou em morar lá (ou já morou).
A cidade é cara, barulhenta, cinza, frenética, mas tem sim seus encantos.

Se você, como eu e a Pri está indo para Londres de mochila nas costas e sem muito dinheiro no bolso, confere essas 13 dicas para não gastar muito na cidade.

(Um breve adendo: não reparem nas fotos, na minha roupa, no meu cabelo, na minha cara. Afinal, era 2009, eu estava viajando uns 10 países por 30 dias com uma mala de 16 quilos nas costas. Dá um desconto, vai!)

1. Fique em um hotel/hostel/casa bem localizados e minimamente limpos e confortáveis

- Eu fiquei aqui, perto de St. Pancras: localização excelente, mas hotel medonho -

– Eu fiquei aqui, perto de St. Pancras: localização excelente, mas hotel medonho –

Londres tem a mania de ter hotéis caros e ruins. E quando eu digo ruins, são ruins mesmo, sujos, esquisitos, muquifão (mas boa parte da Europa sofre com isso).
Mas tendo muito dinheiro ou não, essa é a regra número 1 de um mochilão: você precisa dormir bem!
De nada adianta você economizar na dormida para gastar na balada, se você vai estar morto e não vai conseguir nem levantar a mochila. Viajar de mochila, é por si só, bem cansativo, então você precisa ter um lugar bom para voltar todas as noites para poder seguir viagem.

Na época, eu tinha pouquíssimo dinheiro para viajar e igualmente pouca experiência de viagem. E aí acabei caindo em uma enrascada no hotel que eu reservei. Ele tinha nota 6,9 na época no Booking e apesar de um pouco caro, era o melhor que eu podia pagar.
Chegando lá, o quarto estava tomado de moscas em um ponto específico do teto do banheiro, como se houvesse um presunto alguma coisa morta por lá. O hotel estava cheio e o único quarto disponível para mudarmos era no subsolo, ao lado da entrada de funcionários, que ficavam fumando lá a noite toda e era sujo, apertado, desagradável. Como eu já tinha pago, não podia procurar outro. Mas tenho certeza que a minha experiência em Londres não foi mais legal por causa do hotel. Não ter onde dormir bem me deixou cansada e azedou o pé do frango alterou o meu humor na viagem.

Ah! Este hotel é o Wardonia, perto de St. Pancras e hoje ele tem nota 7,7 no Booking. Não recomendo nem pra minha pior inimiga só pra aquele piriguete que dá em cima do meu marido.

Sério, economize em outras coisas, mas não na dormida.

2. Visite e coma nos inúmeros mercados de Londres: Borough Market, Inverness Street Market, Camden Lock Village, The Stables, Covent Garden…

- Essa foto um dia vira livro -

– Essa foto um dia vira livro –

Londres tem muitos mercados de comida. Além de serem um excelente passeio e não custarem nada, eles sempre tem opções baratinhas de comida boa.

- O melhor mercado de Londres -

– O melhor mercado de Londres –

No Borough Market, por exemplo, eu comi a melhor salada italiana da minha vida (sério gente, uma salada que eu lembro até hoje) e provei a tal da Shepherd’s Pie.

- Salada italiana deusa do Borough Market -

– Salada italiana deusa do Borough Market –

Este também é o meu mercado preferido de Londres: tem coisa pra caramba, frutas lindas, sucos naturais e uma parte de comida linda.

- Tradicionalíssima Shepherd's Pie -

– Tradicionalíssima Shepherd’s Pie –

Já no Inverness Street Market ou no The Stables, lá em Camden Town, tem uma infinidade de barraquinhas e lojinhas de comida de todos os tipos: thai, vegetariana, oriental, indiana.

- Comida para todos os gostos e bolsos pequenos -

– Comida para todos os gostos e bolsos pequenos –

Umas coisas que eu nunca tinha visto na vida e um cheiro de abrir qualquer apetite. Tudo isso por um precinho camarada (camarada para os padrões de Londres né, não para o nosso famigerado real).
Londres - The Stables - Magali ViajanteUma vez em Londres, você precisa provar os clássicos. E tira essa ideia da cabeça de que lá não tem comida boa. Tem comida boa e ruim, como em qualquer lugar, é só garimpar. Pra comer o clássico Fish&Chips, o lugar é o Camden Lock Village. Tem uma barraquinha ótima que serve o prato lá, bem em frente as motos.

- Camden Lock Village: demais! -

– Camden Lock Village: demais! –

Compre o peixe, sente na moto e decida se o Fish&Chips é bom ou não, afinal. Eu adorei!

- Clássico e delicioso Fish & Chips -

– Clássico e delicioso Fish & Chips –

Lá tem até uma barraquinha com coisas brasileiras, pra quem estiver com saudade da comidinha de casa.

No Covent Garden, que é mais hipster, além de restaurantes, tem várias barraquinhas e uns lugares que vendem doces ótimos.

- Covent Garden -

– Covent Garden –

Eu realmente achei que não dava para entrar em NENHUM restaurante de Londres, ainda mais com o dinheiro que eu tinha. Para economizar então, essa é a dica: coma na rua, e ainda economize o tempo que você ia gastar sentando em algum lugar.

3. Falando em comida, coma no Prêt-à-Manger

- Um dos milhares de Pret que tem em Londres -

– Um dos milhares de Pret que tem em Londres –

Uma outra opção de comidinha relativamente barata e bem gostosa é o Pret, que tem várias unidades em Londres. É uma rede de fast food que faz coisinhas saudáveis, como sopas, sucos e sanduichinhos. Eles tem várias coisas orgânicas e tem uma pegada natural bem bacana, sem ser chato. Dá pra matar uma fominha rápida lá, ou dá pra viver de Pret enquanto em Londres (que foi o que eu fiz).
Eu lembro de uma sopa de cenoura com cominho que era incrível. É bem mais gostoso e saudável do que se jogar todos os dias no McDonald’s, Burger King ou KFC.
São 17 lojas só em Central London, então com certeza você vai acabar esbarrando em uma.

4. Turiste mesmo.

Londres, assim como Paris, assim como Nova York, são lugares onde você tem que turistar e ver ou fazer o que todo mundo está fazendo.
Deu vontade de tirar foto na cabine telefônica? Tira. Deu vontade de subir no ônibus vermelho? Sobe.

- Viajante no nome, turista no coração -

– Viajante no nome, turista no coração –

Hoje em dia tem rolado uma chatice de viajante X turista. Parece que todo mundo de repente virou entendido de viagem e não quer mais ir onde todo mundo vai, ou que é menos cool você ser turista. Quanta babaquice!
Concordo que tem lugares que são pega-turistas e que você deve evitá-los, mas no final, se você está a passeio em uma cidade que não é a sua, você é um turista sim senhor.
Afinal, que graça tem ir até Londres e não visitar o Palácio de Buckingham, ou dar uma olhadela na London Eye? Que sentido tem ir em Paris pela primeira vez e não ir na Torre Eiffel?

Quando você vai pela segunda ou décima vez em um lugar, aí sim, pode escolher outros pontos menos turísticos para visitar. Mas quando você vai pela primeira vez, tem que ver os ícones. Afinal, ícone é ícone né?

Por mais aproveitar a viagem e menos chatice de entendidos.

5. Vá em pontos turísticos não pagos

- Tower Bridge fechada -

– Tower Bridge fechada –

A coisa de viajar com pouco dinheiro é que você pode aproveitar muito, sem tirar um tostão do bolso.
Vá ver os pontos turísticos que não custam nada. Vai lá ver o Big Ben, a Tower Bridge, a London Bridge, o Buckingham Palace. Sim, eu sei que em muitos desses lugares você pode entrar, mas às vezes a vista que se tem de fora é mais empolgante do que ficar enfurnado em um prédio. Pense nisso!

Dê uma boa volta em Chinatown, que é bem completa e diferente. Tem restaurantes que servem o pato laqueado de forma tradicional, e mesmo que você não entrar, dá pra ver o tal do bicho pendurado na vitrine.
Mais um passeio legal e de graça, check!

- Alguém ainda tem dúvida que os chineses vão dominar o mundo? -

– Alguém ainda tem dúvida que os chineses vão dominar o mundo? –

6. Assista a troca da guarda no Palácio de Buckingham.
Londres - Palácio de Buckingham - Magali Viajante
O palácio, além da sua importância histórica, é bem bonito. Chegando lá, eu me imaginei em uma daquelas transmissões importantes que a gente via pela TV.
Para quem gosta de arquitetura, vale a pena ver o prédio, que tem um estilo próprio, bem Londres eu diria (entendo zero do assunto).

- Horários de visitação do  Palácio de Buckingham -

– Horários de visitação do Palácio de Buckingham –

Eu sei que tem um dia certo para ver a troca oficial da guarda, e que deve ser bem legal. Mas se você passar uns minutos lá, com certeza vai ver a troca do dia-a-dia, quando acaba o turno de um guarda e entra o outro. É, no mínimo, hilário. Difícil assistir sem umas boas risadas e tentar entender os movimentos que eles fazem. Vale a visita!

7. Escolha sabiamente que pontos turísticos pagar.

As atrações de Londres são caras. Quando você viaja, tem que ter claro que vai gastar um pouquinho mais sim e que este gasto vale a pena para vivenciar o lugar. Mas às vezes, é melhor pular uma atração do que chegar com um rombo no cartão de crédito aqui. Ou ainda, é melhor pular um restaurante caro do que não viajar.

Quando eu viajo, eu mudo a minha cabeça para a moeda local. Não converto. Não vale a pena, dá tristeza. Mas em tempos de real desvalorizado, dá para entender a conversão, e quando estive em Londres e convertia rapidamente o valor da libra para os meus mirrados reais, desistia de algumas coisas na hora. E não me arrependo.

Mas também acho que não dá para não fazer nada quando você viaja. Você precisa sim, ir a atrações pagas. Mas por isso, escolha com sabedoria as que fazem mais sentido para você.

Pra mim, por exemplo, não fazia nenhum sentido ir na London Eye. Hoje, uma volta de 30 minutos na famosa roda gigante custa 19,75 libras, que na cotação oficial de hoje, dá R$ 102,69. Eu odeio roda gigante com todas as minhas forças. Acho lindo, mas tenho medo, acho sem graça e ia ficar mega desconfortável lá em cima. Então pra quê eu ia pagar 100 dilmas em um treco que não ia curtir? Só pra postar no Insta? Não. Eu preferi gastar dinheiro em outra coisa. Pense nisso 2!

- Nem me pagando eu ia nessa belezura aí -

– Nem me pagando eu ia nessa belezura aí –

8. Vá no Madame Tussauds.

- RIP -

– RIP –

Isso se você nunca tiver ido em um Museu de Cera, e gostar do treco (ou se quiser ir conhecer o original).
Esse passeio fez sentido pra mim. Eu nunca tinha visitado um museu de cera na vida e sempre ouvia falar do famoso Madame Tussauds de Londres, logo, tinha uma mega curiosidade para ver como era.

Comprando online, o ingresso sai por 19,80 libras, o mesmo preço da London Eye.

- Tive uma reunião com o Obama sobre a próxima viagem do Magali para os EUA -

– Tive uma reunião com o Obama sobre a próxima viagem do Magali para os EUA –

Eu achei o passeio divertidíssimo. As estátuas de cera são assustadoramente iguaizinhas. Eu virei criança olhando os detalhes da feição dos artistas, tirando foto com os meus artistas preferidos (JT, seu lindo) e turistei mesmo fazendo poses ridículas para as fotos. Quer saber? Me diverti à beça.

- Thiago também se divertiu -

– Thiago também se divertiu –

Vocês acreditam que eu até saí da frente e pedi desculpas para uma mulher que estava tentando tirar fotos? Só depois eu descobri que ela também era uma estátua de cera. Que mico!

- Qual é real e qual é de cera? -

– Qual é real e qual é de cera? –

9. Explore Camden Town

- Tks, Justin -

– Tks, Justin –

Quando eu estive em Londres, tinha uma amiga queridíssima que morava lá. Como nem ela nem eu tínhamos muito tempo, pedi para ela me levar em um lugar incrível, que ela adorasse. Ela me levou em Camden Town.

Lá, tem várias bugigangas e tranqueiras para comprar, mas também uma seleção incrível de novos estilistas, objetos descolados e itens de moda e decoração que você não vai encontrar em nenhum lugar. Legal também para ver gente de todos os estilos, de todas as tribos. É bem underground.
É democrático, é diferente e vai te render alguma lembrancinha que não vai pesar no bolso, e nem na mala.

10. Passeie pelos lindos parques.

Londres tem muitos parques. Todos são muito bonitos, tranquilos, perfeitos para um passeio meio sem compromisso, ou para dar aquela descansada contemplando a natureza.

Eu recomendo uma passada no St. James, que fica no caminho para Buckingham. É um parque muito bonito, com vários animais e onde você pode ver e alimentar esquilos. Eles são super amigáveis e adoram ir comer suas nozes direto da mão dos turistas. Uma fofura!

- Parque de São Thiago. Opa, St. James -

– Parque de São Thiago. Opa, St. James –

Outro parque que você não pode perder é o Regent’s Park, que tem a maior coleção de rosas de Londres. Se você estiver por lá na primavera, vai ter uma vista maravilhosa de rosas de todos os tipos e cores. Um convite à contemplação.

- Rosas no Regent´s Park -

– Rosas no Regent´s Park –

Outro passeio legal e barato, Aliás, barato não, de grátis!

11. Entre na Hamleys

- Quero todos -

– Quero todos –

A Hamleys é a loja de brinquedos mais legal do mundo. Ela tem mais de 250 anos e lá você vai encontrar todos os brinquedos que imaginar.
Por ser tão antiga, a Hamleys já virou um ícone de Londres e é muito visitada pelos turistas e também por quem mora lá.
Mesmo que você não for comprar nada, dê um volta por lá. Dá para brincar lá mesmo com uma parte dos brinquedos e você vai ficar embasbacado como uma loja de brinquedos pode criar uma experiência tão legal.

RIP, FAO Schwarz.

12. Assista um show de rua.

- Não sei se a aflição maior era de ver o cara de cueca no frio de Londres, ou fazendo malabarismos com a serra elétrica -

– Não sei se a aflição maior era de ver o cara de cueca no frio de Londres, ou fazendo malabarismos com a serra elétrica –

Londres, assim como todas as grandes cidades europeias, tem muitos artistas de rua. Mas lá tem muito artista de rua que faz apresentações bizarras. Música é muito mainstream pra eles.
Quando estive lá, eu assisti um em Covent Garden que o cara fazia malabarismo com uma serra elétrica ligada. Freak show total! (Coloco o vídeo essa semana no YouTube.
Mas apesar disso, foi bem legal e engraçado assistir o show engraçado porque ele não cortou nenhum membro, né?, e pude viver uma experiência do dia-a-dia de Londres sem pagar nada, again.
Se você estiver com tempo e ver uma aglomeração e alguém no meio, pare para assistir, você pode se surpreender com o que está sendo apresentado.

13. Pra fazer tudo isso, compre um Oyster.

- You, Tube -

– You, Tube –

Você vai andar muito, a pé, de metrô, de ônibus. E para não gastar os tubos nas andanças, compre um Oyster, o Bilhete Único de lá.
Ele é um cartão que te dá direito a usar quantos transportes por dia você quiser, a um preço único. Para pagar cada tarifa individualmente, você vai pagar quase o dobro.

É só chegar em uma estação de metrô e comprar o cartão na bilheteria. Ele tem o custo de 3 libras (R$ 15) e você pode carregar com o valor que quiser. Não é barato, mas é a forma mais barata de se locomover em Londres (tirando a sola do seu tênis, of course). Se sobrar dinheiro no seu Oyster, não se preocupe. É só ir em um Visitor Center, que eles te reembolsam, ou guardar o cartão para a próxima viagem a Londres, os créditos não expiram nunca.

Ah! Mais uma diquinha do metrô de lá para vocês não pagarem o mico que eu paguei: no mesmo trilho passam várias linhas. Então mesmo se você estiver no lugar certo, não entre no primeiro trem que passar. Confira se o trem realmente está indo para o lugar que quer ir, senão, espere o próximo. Demorou para eu entender isso!
E também lembre-se de que lá é mão inglesa, então você deve andar do lado esquerdo e não do direito. Só eu não entendia porque as pessoas no metrô olhavam feio pra mim.

E aí, viu como dá para sobreviver à libra esterlina?

Semana que vem tem Paris aqui, galera!

+ Vai viajar para vários lugares? Então veja o que considerar nesta sua super viagem +

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Mochilão em Paris: 17 Dicas Para Comer Sem Ir à Falência – Parte 2

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Semana passada, eu dei dicas aqui de coisas para fazer em Paris sem gastar (muito) dinheiro. Para quem não está acompanhando essa série de posts que vai ao ar toda quarta-feira, explico: a Priscilla, do blog Voltei de Viagem, vai fazer um mega mochilão por Londres, Paris e Amsterdã e me pediu dicas de como não se esfolar de gastar na viagem.

Tinha tanta dica legal para o post da semana passada que eu resolvi dividi-lo em dois, até porque eu não sou boba e sei que vocês não tem muita paciência de ficar lendo post quilométrico (ou tem?).
Então nessa segunda parte, vou trazer dicas do assunto que eu mais gosto de falar: comida!

+ Confira o post da semana passada: O que fazer em Paris + 

Sim, dá para comer muito bem em Paris sem deixar as calças. E como tudo tá pela hora da morte, segue essas dicas da Magali para a sua próxima viagem à cidade-luz.

1. Gaste (o tempo) nos cafés.

- Um dos muitos cafés de Paris -

– Um dos muitos cafés de Paris –

Desacelerar. Apesar de Paris ser a maior cidade da França e os parisienses viverem correndo, a cidade é um convite para desacelerar e desconectar. Sentar em um café (do lado de fora, na calçada, é claro) e ficar vendo a vida passar é uma das tarefas preferidas do francês. E deveria ser a sua também. Tanto se vê nesses momentos, tanto se ouve no seu próprio silêncio e tanto se descobre fora das mídias sociais que você deveria tentar. Mesmo.
E tudo isso ao custo de um café ou de uma taça de champagne.

2. Perca-se pelos mercados.

- Marché Aux Enfants Rouges -

– Marché Aux Enfants Rouges –

Paris tem um monte de mercados e de feiras livres. Lá, você vai poder ver o dia-a-dia dos parisienses, comprando frutas, pães, frango assado.
O legal é que você também pode se sentir um pouco como eles e comprar alguma coisa. Muitos deles vendem coxa de frango assada na hora (que é uma delícia), frutas que são caríssimas no Brasil e que lá têm um preço bem justo (como as cerejas) e pães e queijos inacreditáveis de bons e baratos.
Você também tem uma grande chance de encontrar comidas prontas de outros lugares da Europa e do Magreb. Prove, pois eles costumam ser maravilhosos!

Não recomendo nenhum específico, mas com certeza, nas suas andanças pela cidade você vai topar com algum deles.

3. Entre nas incríveis Boulangeries e Pâtisseries francesas.

Paris tem tanta boulangerie e pâtisserie que tenho certeza de que se você perguntar para mil parisienses qual é a preferida deles, cada um vai dar uma resposta diferente. Tem uma em cada esquina, literalmente.

- Melhor sanduíche que eu comi em Paris, pena que essa Boulangerie fechou -

– Melhor sanduíche que eu comi em Paris, pena que essa Boulangerie fechou –

Nelas, você vai provar os melhores pães e doces da sua vida. Croissant, baguettes, pain au chocolat, pain de Campagne. A variedade é imensa e incentivo você a provar uma coisa diferente em cada dia da sua viagem.
Nesses lugares, eles costumam fazer uns formules (explico no próximo item) que são bem baratos e completos para quem está a fim de um lanchinho.
Paris - Patisserie - Magali Viajante

Na dúvida de qual entrar, procure os que tem a inscrição MOF – Meuiller Ouvrier de France na fachada. Esse foi um prêmio criado pelo governo francês após as grandes guerras para incentivar as profissões comuns, como padeiro, cozinheiro, sapateiro, confeiteiro. O MOF é levado super a sério na França e até hoje premia os melhores profissionais de cada ofício.
Só quem ganhou o prêmio tem o direito de usar as cores da bandeira da França no uniforme e também de colocar a inscrição na porta de seu estabelecimento.
É certeza de que você vai comer excelentes pães e doces nesses lugares. Pode confiar!

- É só procurar pelo Meuilleur Ouvrier de France -

– É só procurar pelo Meuilleur Ouvrier de France –

4. Almoce e jante “formule”.

Formules são menus fechados que os restaurantes servem no almoço e no jantar (tipo o nosso executivo).
Neles, você pode escolher entre entrada + prato ou prato + sobremesa, ou mesmo entrada + prato + sobremesa. Alguns incluem até uma taça de vinho.
Eles geralmente têm um bom preço e saem mais baratos do que comer um só prato do menu normal.

- Steak Tartar: um prato típico dos formules -

– Steak Tartar: um prato típico dos formules –

Uma coisa bem legal dos restaurantes da França (e isso acontece em quase toda a Europa) é que eles sempre colocam o menu com preços do lado de fora. Assim você pode entrar sabendo se aquela refeição cabe no seu bolso, sem cair em roubadas.

+ Prove os formules de Lyon, a cidade mais gastronômica da França + 

5. Prove os restaurantes da Rue Cler.

- Bienvenue -

– Bienvenue –

A Rue Cler é uma rua pequenininha, somente para pedestres e muito charmosa. Ela fica bem perto da Torre Eiffel e do metrô École Militaire.
Apesar de já ser bem conhecida pelos turistas, é uma rua que continua sendo muito frequentada pelos parisienses. Lá tem loja de queijos, boulangerie, sorveteria, mercado de frutas e vários restaurantes. Muitos deles com preço bem acessível, principalmente se você pedir o formule, explicado no #4.

Da última vez que estive em Paris, na nossa última noite na cidade, meus amigos e eu ficamos horas tomando vinho, comendo foie gras (é melhor comer por lá, já que em SP tá difícil) e provando diferentes queijos até altas horas da madrugada em um restaurante da Rue Cler. É uma das melhores lembranças que eu tenho de Paris!

- Ai, meu Foie Gras! -

– Ai, meu Foie Gras! –

6. Coma os sanduíches das redes Paul, Pomme de Pain e Brioche Dorée

Essas redes de fast food estão em todas as esquinas na França. Elas servem sanduíches muito bons e com preços honestos.
Na minha opinião, o Paul é o melhor. Lá, não deixe de provar o Sandwich Parisien, de presunto e manteiga, extremamente simples e delicioso, e o Savoreux, de salame, manteiga e picles de pepino. São os meus preferidos.

Hoje, o Paul está em mais de 30 países e além dos sanduíches, eles também fazem bons pães, sobremesas, saladas e quiches.
Nas minhas idas a Paris, eu sempre almoço em uma dessas redes, para economizar (mas como super bem) e deixo para gastar um pouquinho mais no jantar.
Hoje, o formule sanduíche + bebida + sobremesa do Paul custa em média 9 euros. Vale a pena!

- Carrinho do Paul perto do Louvre -

– Carrinho do Paul perto do Louvre –

Mas não é só porque o Paul é o melhor que você não deve provar as outras.
Eu já comi um sanduíche de lagosta divino no Pomme de Pain.

7. Compre comida nos supermercados.

Uma das coisas que eu mais gosto de fazer quando viajo é ir nos supermercados, porque consigo ver o que as pessoas realmente comem no dia-a-dia, posso provar alguns destes itens e também compro um monte de comida diferente para trazer pra casa.

Se você estiver hospedado em um hostel ou hotel que tenha uma cozinha, mesmo que pequena ou compartilhada, vale a pena comprar alguma coisa para cozinhar uma coisa diferente por lá. Mesmo que você compre comida congelada, a experiência pode ser legal: a comida é sagrada para os franceses e eles não admitem comer mal, mesmo itens congelados.

Eu recomendo que você vá no Monoprix, uma rede grande de supermercados que tem produtos ótimos. Lá, passe bastante tempo olhando as gôndolas e prove tudo o que conseguir.

Em uma dessas minhas expedições pelo Monoprix, eu descobri a marca de chocolate Côte d’Or, que é o melhor que eu já provei na vida. Deixe os Lindt pra lá e abasteça a sua mochila de Côte d’Or. Garanto que eles te darão muito mais prazer durante a caminhada.

- Essa lindeza aqui você só vai achar se entrar nos mercados -

– Essa lindeza aqui você só vai achar se entrar nos mercados –

8. Compre vinho no mercado para tomar no hostel.

Na França, é possível comprar vinhos simples muito bons a um preço camarada em qualquer mercado. Até no Carrefour.

E aí se você quer provar vinhos franceses, mas tá com o orçamento limitado, nem pense em pedir a bebida nos restaurantes. Por mais que o vinho nos restaurantes de lá costume ser mais barato do que aqui, ainda assim vai adicionar alguns euros na sua conta final.

Minha sugestão, compre o vinho no supermercado mesmo, junto com uns pães e uns bons queijos e divirta-se com o seu companheiro de viagem, ou com seus novos amigos do hostel sem ter que se preocupar em como vai voltar para casa depois, ou em quantos euros vai gastar.

- 6 garrafas para 5 pessoas. Tá bom? -

– 6 garrafas para 5 pessoas. Tá bom? –

Você com certeza provará coisas muito boas e se divertirá muito com as línguas e dentes roxos.

9. Nos restaurantes, peça “Carafe D’Eau”

Na França, a água da torneira é limpa e segura para ser bebida, os franceses tem o hábito de tomar água da torneira e todos os restaurantes servem a água de graça. TODOS! Desde os mais simples até os super sofisticados.

Perca a vergonha e peça a “Carafe D’Eau” mesmo (diga carrafe dô). Ninguém vai achar nada de você. É normal. E você também não vai morrer de dor de barriga.
E ainda vai fazer um bem para o planeta. Essa coisa de água engarrafada é tão “ontem”…

- É essa garrafinha aí em cima da mesa -

– É essa garrafinha aí em cima da mesa –

Se perguntarem se você quer uma bouteille d’eau (butéi dô), diga não… aceite a água torneiral, de graça!

10. Para vinhos caros sem se esfolar, vá no Lavinia.

Tomar vinho barato no hostel tem o seu charme, mas já que você estará na França, pode ser que queira provar algo melhor, um clássico francês. Mas como fazer isso sem deixar as calças?

Lá no Madeleine tem uma loja incrível de vinhos que se chama Lavinia. Mas você não precisa ir lá e comprar uma garrafa de um vinhão. Você pode provar os vinhos dispostos na Enomatic, uma máquina que permite que os vinhos fiquem abertos sem oxidarem. Aí você compra um cartão com um valor específico e pode tomar doses dos vinhos que estão ali.

A Enomatic já está no Brasil há um tempão e tem várias casas que servem vinho dessa forma. A diferença é que lá na Lavinia, os vinhos que eles colocam são excepcionais. Daqueles que nós, pobre mortais, não teríamos a chance de tomar em condições normais.

- Saca só o que dá para provar no Lavinia -

– Saca só o que dá para provar no Lavinia –

Aí, você não precisa comprar a garrafa. Prova o vinho que quiser, sai de lá feliz e com novos conhecimentos sobre a bebida sem comprometer o jantar da noite.

11. Cansou de comida francesa? Vá ao Kunitoraya.

- Kunitoraya: é só procurar a fila -

– Kunitoraya: é só procurar a fila –

Acho difícil você se cansar da comida francesa. Não só porque ela é muito boa, mas principalmente porque ela é muito variada.
Mas ela também pode ser bem pesada, com muita manteiga e creme. E se você estiver buscando um sabor diferente ou algo mais leve, pode se aventurar em um restaurante japonês em Paris.

Eu sei que parece estranho e não muito promissor comer comida japonesa por lá, mas o Udon e os Donburis do Kunitoraya valem a pena.

- Donburi de pato do Kunitoraya: por quê não fazem isso por aqui? -

– Donburi de pato do Kunitoraya: por quê não fazem isso por aqui? –

Eu fui neste restaurante a fim de comer algo mais leve e que lembrasse um pouco a comida de casa, depois de um tempo morando na França e adorei. Eles são famosos pelo Udon, que custam a partir de 10 euros, mas o que realmente me encantou foi um donburi de pato. Os caras conseguiram juntar em um prato só (ou seria melhor dizer chawan?) duas coisas que eu adoro: arroz japonês e pato. Comidinha deliciosa e preço amigo. Se você gosta de comida japonesa, não tem porque não ir no Kunitoraya.

12. Cojean e a moda francesa dos fast goods.

Os franceses há muito tempo adoram a expressão “fast good”. São lugares que servem comida rápida, como saladas, sanduíches, sucos, mas são bem saudáveis, inclusive com a preocupação de ter itens sem lactose, glúten, soja transgênica…
E se a gente está agora nesta febre, eles estão nisso há anos. Em 2009 só se falava disso por lá.

E uma dessas redes é a Cojean, que serve umas coisinhas bem gostosas, em um ambiente cool, em vários pontos de Paris.

- Suco de romã do Cojean -

– Suco de romã do Cojean –

É uma ótima opção para quem quer pegar mais leve em algum ponto da viagem (afinal ficar carregando um mochilão se sentindo pesado não é muito legal) e também para os vegetarianos.

+ Londres também tem “Fast Goods”. Confira no primeiro post dessa série + 

13. Quer uma pizza no estilo bem francês? Pizza Pino.

Eu sou partidária de que pizza gostosa mesmo se come aqui em SP. Já comi pizza no mundo todo e a daqui continua sendo a melhor.

Mas, se você quiser comer um pizza em um estilo bem francês, vá na Pizza Pino que tem ali na Champs Elysées. Sim, é turístico pra caramba, mas comer um pizza lá ou pegar para levar para o hotel não vai te matar.

Nem perca tempo com as massas e os outros itens do cardápio, vá direto na pizza. E tem dias de mochilão que a gente está tão cansado que só quer comer uma coisa fácil mesmo.

Para saber bem como é a pizza ao estilo dos franceses, peça alguma que vem com ovo. Eles quebram um ovo em cima da pizza e levam ao forno para assar. É meio bizarro, mas é gostoso.

14. Tome sorvete.

- Esse é o de Nutella da Berthillon -

– Esse é o de Nutella da Berthillon –

Tem coisa que combina mais com viagem do que sorvete? É fun, é barato e tem tudo a ver com o clima de viagem.
A boa notícia é que você não precisa ir até Roma para tomar um bom sorvete. Paris tem uns sorvetes muuuuuito bons.

O meu preferido é o de Nutella da Amorino. Ainda mais quando eles fazem uma flor com o sorvete e dá até dó de tomar.

- Mas o da Amorino é o meu preferido -

– Mas o da Amorino é o meu preferido –

Mas se estiver perto da Ile St. Louis, prove o Berthillon. É dos deuses também!

15. Se joga no Crepe de Nutella.

O crepe é quase uma instituição em Paris. Tem barraquinhas em todo lugar.
Também é uma coisa bem turística, mas é uma delícia.

Nada como comprar um crepe – de Nutella, por favor – e ficar sentado na beira do Sena vendo a vida passar. Precisa de mais?

16. Quer mais doce? Lá tem um Bar de Mousse de Chocolate.

- Oh my Dayum -

– Oh my Dayum –

Sim, esse lugar existe.
No Chapon Chocolatier, que é uma loja de chocolates super famosa em Paris, eles tem um bar de mousse de chocolate.
Eles tem umas oito opções de mousse de chocolate: amargo, ao leite, meio amargo, da África. Mas é mousse de chocolate de verdade, aerado, gostoso, não aquele treco que fica no potinho de plástico do restaurante por quilo do almoço.
Você escolhe os seus preferidos, coloca no cone e tem uma dose de felicidade instantânea.
Tipo uma sorveteria, mas é mousse. Genial, não?

17. E para o melhor doce da sua vida, gaste uma graninha no Pierre Hermé.
Paris - Pierre Hermé - Magali Viajante

Até aqui eu dei dicas de coisas boas e baratinhas, então acho que você pode abrir um pouquinho a mão agora.

Os franceses são realmente muito bons em quase tudo o que envolve comida, mas em confeitaria os caras são realmente um arraso.

E aí que o Pierre Hermé, chef confeiteiro super famoso e respeitadíssimo, tem uma confeitaria em Paris que é maravilhosa. Os doces são deliciosos e verdadeiras obras de arte.
Também não são baratos, é claro, mas vale a pena abrir um pouquinho a mão para provar suas criações, ou mesmo um macaron gostoso de verdade, muito melhor do que o da Ladurée.

Se for lá, não deixe de provar o Infiniment Vanille, um dos clássicos do chef. É uma ótima forma de se despedir de Paris!

- Infiniment Vanille: o clássico do Pierre Hermé -

– Infiniment Vanille: o clássico do Pierre Hermé –

Dica é o que não falta, né?
E ainda tem gente que fala que em Paris se come pouco…

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7 Dicas Para Aproveitar Amsterdam Fora do Fuzuê

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Amsterdam é uma cidade que vive no imaginário coletivo. Para alguns pelos coffee shops, Red Light District, liberdade. Para outros pelas flores, canais, casas-barco.
Pra mim, a vontade de conhecer a cidade começou a bater mais forte depois de assistir a novela Páginas da Vida, hahahaha.
(Ok, eu sei que a referência é ruim pra caramba, mas era 2006, eu era uma adolescente com tempo livre. A novela não era grande coisa, mas mostrava umas cenas de Amsterdam de tirar o fôlego – e uns depoimentos de pessoas comuns no final de cada capítulo da novela que também tiraram o fôlego e o sossego de muita gente…)

Amsterdam não passa despercebida por ninguém. Seja amando ou odiando, você terá opiniões fortes sobre a cidade.
No meu caso, saí de lá com vontade de me mudar, morar nas casas maravilhosas, passear pelos canais e ter uma vida lá. A vontade não se concretizou e já baixou um pouco também, mas confesso que suspirei ao ver as fotos novamente.

+ Veja como viajar barato na terra da rainha +

Mas a minha pequena recomendação de Amsterdam (muitas memórias se foram, junto com as fotos) está distante do Red Light District, dos coffee shops, das bikes e do fuzuê que é Amsterdam. E é por isso que eu acho que vocês vão gostar.

Permita-se ver a cidade de um outro ponto de vista.

Permita-se ver a cidade de um outro ponto de vista.

1. Coma muito – tipo todos os dias – no Febo

Viajar sem grana pode ser uma oportunidade. Se eu estivesse viajando com um bom dinheiro disponível para comer, provavelmente não pararia pra provar o Febo, um bolinho de carne delícia e baratex que tem lá em Amsterdam.

Foi passeando pelo centro da cidade, com fome e pouco dinheiro que vi esse fast food vendendo croquetes. O conceito do Febo já é bem interessante. A loja (que mal é uma loja), não tem funcionários, não tem cardápio, lugar pra sentar, nada. É uma imensa vending machine de croquetes.
Você chega lá, olha o que tem nas portinhas, coloca as moedas (se só tiver notas, não se preocupe, tem uma máquina que troca notas por moedas), abre a portinha, pega a sua comida e sai feliz. É tipo um sonho se realizando, a comida saindo da parede.

Só por ser inovador e barato já seria bom, mas a questão é que os bolinhos do Febo são bons pra caramba.
Eles tem hambúrguers e batata frita também, mas nem perca seu tempo, vá direto nos croquetes.
Tem de carne, de curry, vegetariano, várias opções. O meu preferido é o Saté, que tem gosto de curry. Fritura sequinha, quente, crocante, cremoso por dentro. Por 1,60 euro. Dá pra comer uns 3 e matar a fome já.
Mas também dá pra comer uns 20 e ainda não matar toda a vontade.

+ Coma bem em Paris sem deixar as calças +

É de deixar muito croquete e bolinho de carne daqui com vergonha. Sem dúvidas é o melhor croquete que já comi na vida.

Sério, coma muitos, por mim e por você, porque esse treco dá saudades.

(Vasculhei em tudo por aqui, mas não consegui achar uma foto sequer do Febo. Sorry, guys!)

2. Saia do centro

A Amsterdam longe do centro é bem mais calma e reveladora.

A Amsterdam longe do centro é bem mais calma e reveladora.

A Amsterdam que todo mundo conhece acontece no centro. Os museus, bikes, tramways e bagunça estão por lá. É vivaz, é barulhento, é turística, é muito.
Mas pra mim, a verdadeira Amsterdam (e a que mais gostei), está fora do centro da cidade.
Ande um pouco mais, se perca, saia dos pontos turísticos, esqueça o mapa.
E aí você vai conhecer outra Amsterdam. Uma cidade calma, tranquila, com muita criança, quase poética.
Um refúgio se você precisa de um tempo seu (Já tinha pensado em Amsterdam assim? Que loucura, né?)

3. Aprecie a bela arquitetura das casas.

Thiago já fazendo as contas e planejando onde colocará os móveis.

Thiago já fazendo as contas e planejando onde colocará os móveis.

Eu não sei nada de arquitetura e nem me interesso muito pelo tema. Mas em Amsterdão (adoro essa forma de falar o nome da cidade), fiquei encantada pela beleza arquitetônica das casas e gastei até bastante tempo olhando os detalhes das construções.
A cidade inteira é linda, mas se você seguir o #2 e sair do centro, vai ver umas casas de tirar o fôlego.
Outra coisa que me chamou muito a atenção foi como o holandês se sente à vontade com os olhares e a intromissão dos outros e não se importa em “mostrar-se para o mundo”.
Muitas casas de Amsterdã tem grandes janelas que não são cobertas com cortinas. Com isso, você consegue ver os cômodos que ficam no térreo inteirinhos. Vi cada cozinha linda, sala de brincar de criança, escritório, sala de TV, assim, aberto para o mundo. E os moradores totalmente à vontade com isso. (Será que tem alguma correlação cultural com as mulheres nas vitrines do Red Light District?)

As casas de lá me deram muita, mas muita vontade mesmo de morar lá. De viver naqueles cômodos e compartilhar com desconhecidos a minha realidade (tipo o que a gente faz no Snapchat, mas da vida real).

Então se você gosta de observar a vida alheia sob a ótica do comportamento humano, como eu, vai se encantar pelas casinhas de lá.

4. Flores e mais flores.

O brilho dos 22 anos.

O brilho dos 22 anos.

Aproveite para ver todos os tipos de flores do mundo. Todas as cores e tipos de tulipa que você pode imaginar. Mesmo que Amsterdã não seja A cidade holandesa para ver flores, dá pra se encantar com o que rola por lá.

Também não sou entendida de flores e tudo quanto é planta que cai na minha mão, morre. Mas sei lá, Amsterdã me deixou sensível. Vai entender…

5. Jogue xadrez gigante no meio da rua.
Amsterdam - Xadrez Gigante - Magali Viajante
“Vagabunda, aqui não é Amsterdam”. Foi essa frase que um motorista disse para uma ciclista na Faria Lima essa semana e que rodou a internet.
Realmente, SP não é Amsterdam. Mas pode se tornar bem parecida um dia. Afinal, quem imaginou há dez anos atrás pessoas indo trabalhar de bicicleta aqui e fechando avenidas aos finais de semana para ocupar o espaço público?
Quem imaginou há sete anos atrás todas as opções de lazer gratuitas e no meio da rua que existem em SP hoje?
(Desculpem, foi só um desabafo).

Escrevi tudo isso porque quando eu estava em Amsterdam, me chamou muita atenção um enorme tabuleiro de xadrez que fica no meio da rua, assim solto, para quem quiser chegar e jogar.

E vi desconhecidos jogando, gente que nunca tinha jogado xadrez na vida se aventurando, uns caras que sabiam muito do jogo e ficavam bolando estratégias, crianças, enfim, tudo quanto é tipo de gente.
Eu particularmente, não joguei, porque não manjo dos paranauê. Mas adorei ficar lá vendo as pessoas se divertirem.

Jogando ou não, você vai curtir o xadrez gigante. E vai entender porque Amsterdam é tão legal.

6. Tire fotos nos canais.

Tem coisa mais Amsterdam que isso?

Tem coisa mais Amsterdam que isso?


Em todos os posts desta série eu falei sobre turistar.
Tirar fotos nos pontos turísticos, fazer poses ridículas, beijar nas pontes…
E uma das coisas mais fotogênicas de Amsterdam (além de você, é claro) são os canais e as casas-barco.

+ Turiste muito em Paris e tenha uma viagem inesquecível +

Acredite, você vai sentir muita falta da cidade quando voltar. Por isso, tire milhares de fotos nos canais. Elas ficam ótimas e vão ajudar você a se animar nos seus blue mondays.

7. Vondelpark.
Amsterdam - Vondelpark - Magali Viajante
O Vondelpark é um dos parques mais importantes de Amsterdam, e um dos mais visitados também.
Ele é super plural, assim como a cidade. Tem gente pescando, famílias passeando com crianças, encontros de cães que se jogam no lago, gente tocando didgeridoo (ou fumando um beck gigante), casais namorando, turistas tirando fotos ou gente que está lá simplesmente fazendo nada.

Ir em parques sempre é um jeito legal de ver como as pessoas interagem com a cidade e vivem o seu dia-a-dia. Vá em um final de semana e sinta-se como um morador da cidade.

Curtiu as dicas da minha Amsterdam mais poética e tranquila?
Tenho que fazer diferente né, afinal, dicas sobre Amsterdam por Amsterdam vocês encontram em qualquer blog por aí… <3

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8 Pontos Turísticos de Buenos Aires que Você não Pode Deixar de Conhecer

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Apesar de Buenos Aires estar muito cara (e que lugar do mundo que não está, não é mesmo?), a cidade continua sendo uma das queridinhas dos brasileiros.
Isso deve se intensificar com a alta do dólar, afinal, tá difícil de viajar pra Miami, né, benhê?

Mural de Tango em Buenos Aires - Pontos turísticos
+ Se você ainda tem coragem financeira de ir pra Miami, veja umas dicas do que fazer em 48 horas por lá +

Mas além da comida boa e do vinho que ainda vale a pena comprar, Buenos Aires tem muita coisa legal pra se fazer.
Conteúdo sobre a cidade tem aos montes na internet e com certeza será fácil você montar um roteirinho de coisas a se fazer. Mas se você tiver poucos dias e não quiser desperdiçar o tempo, inclui esses oito pontos turísticos na sua viagem e você verá bastante coisa legal de Buenos Aires.

Vocês verão que esse post tem nove tópicos, apesar do título falar apenas de oito lugares. É que o último não é o ponto turístico mais legal da cidade, mas eu não podia deixar de incluir na lista.

1. Floralis Generica

Floralis Generica - Ponto turístico em Buenos Aires

A Floralis aberta

A imensa flor metálica que é um dos símbolos de Buenos Aires finalmente voltou a funcionar. Como monumento, ela é linda mesmo inerte, mas parte da graça da Floralis é que ela “imita” uma flor de verdade, abrindo pela manhã e fechando à noite.
Ela ficou um bom tempo quebrada, sem funcionar, mas finalmente este ano voltou a abrir e fechar.

Mesmo que você não consiga ir pela manhã, quando ela abre, ou na hora que fecha, à noite, é bem legal ir visitar a Floralis. É um monumento muito bonito, que dá excelentes fotos e fica em um parque muito agradável para apenas ficar apreciando a paisagem, ou ficar namorandinho no frio…

Avenida Presidente Figueiroa Alcorta, 2263 – Recoleta – +54 11 4312-2232 – Metrô mais próximo: Agüero (1,8km)

2. Puerto Madero

Puente de la Mujer - Ponto Turístico em Buenos Aires

Puente de la Mujer


Uma das áreas de Buenos Aires preferidas pelos brazucas é sem dúvida, Puerto Madero. Dito isso, tire todos os seus preconceitos de que a área é cafona, só pra turista ver e sem atrativos.
Apesar da quantidade de turistas e de alguns restaurantes bem ruins, o passeio pelo Puerto é muito gostoso.
A área era completamente degradada e recebeu um projeto massivo de revitalização que deu certo. Hoje, a região de Puerto Madero é um dos bairros mais nobres de Buenos Aires, com muitas empresas internacionais e hotéis de Luxo.

Eu acho uma delícia caminhar à noite de uma ponta a outra do Puerto, atravessando a Puente de las Mujeres e terminar com um jantar delicioso no Estilo Campo.

+ 4 parrilas para comer bem em Buenos Aires + 

Vá sem pressa, sem compromisso e sem esperar fazer muita coisa. É mais pra flanar pela cidade mesmo. E tem coisa melhor quando a gente viaja?

O Puerto Madero fica na Rosario Vera Peñaloza com a Avenida Alicia Moreau de Justo.
Metrô mais próximo: Independencia (1,7km).

3. Livraria El Ateneo Gran Esplendid

Livraria El Ateneo - Ponto Turístico em Buenos Aires

Sim, isso é uma livraria!


Eu amo visitar livrarias. Sejam as mais comuns, as históricas, é um passeio que eu sempre gosto de fazer. E a gente tem uma sorte imensa que a América Latina tem uma riquíssima tradicão em literatura e que muitas livrarias que fazem parte da história são mantidas até hoje.

+ Conheça a Más Puro Verso, livraria incrível de Montevidéu + 

E em Buenos Aires tem uma que faz os amantes da leitura e de história suspirarem fundo, a El Ateneo.

A livraria, que antes era um teatro, existe desde 1912 e mesmo que você não vá comprar nenhum livro, vale a pena visitar. O prédio é belíssimo, pois toda a estrutura do antigo teatro foi mantida. Assim, ainda é possível ver onde ficavam os camarotes, os melhores assentos e até o palco. A cúpula da El Ateneo é uma verdadeira obra de arte, com pinturas lindíssimas.
Dá pra ir lá, tomar um café (que hoje fica onde era o antigo palco) e ficar apreciando a belíssima arquitetura.

Para os amantes da literatura, a seleção de títulos da livraria faz jus à imponência do prédio. Além de títulos contemporâneos e modernos, a El Ateneo abriga livros consagrados e famosos clássicos latino americanos. Um programão!

Avenida Sta Fé, 1860 – (+54) 4813-6052 – Metrô mais próximo: Callao (550m)
Funciona de segunda a quinta, das 9h às 22h; sexta e sábado, das 9h a 0h e domingo das 12h às 22h.

4. Mercado de San Telmo

Mercado de San Telmo - Ponto turístico em Buenos Aires

O tiozinho tá literalmente “enchendo linguiça”


Pra quem gosta de gastronomia, mas curte mais ver os mercados regionais, onde o povo compra mesmo, do que os “empórios gourmet”, vale a pena dar uma passada no mercado de San Telmo.
O bairro, por si só, já é uma delícia, com uns restaurantes bacanas e uma feirinha bem legal de domingo.

Mas o mercado, que é bem simples e nada tem de turístico, é um passeio interessante para entender os hábitos alimentares dos portenhos. Lá tem barraquinha de frutas e legumes, tem velhinho que faz linguiça na hora, tem carne fresca, tem restaurante, tem quiosque de café, dá pra comer empanada, tem loja de antiguidade, lugar que vende tralha… Tem de tudo! Você vai achar alguma coisa que te agrade!

+ Borough Market: um mercado maravilhoso em Londres +

Sempre que eu vou nesses mercados me dá uma vontade de morar na cidade, ou ao menos ter uma cozinha provisória, pra comprar um monte de coisas e cozinhar tudo!

O mercado fica na Rua Defensa, esquina com a Carlos Calvo, em San Telmo. Metrô mais próximo: Independencia (900m).

5. Casa Rosada e os prédios históricos do Centro

Casa Rosada - Ponto turístico em Buenos Aires

A Cara Rosada que nem é tão rosa assim!


Mesmo que a história recente do governo da Argentina seja meio torta, é bem interessante visitar o Centro e a Casa Rosada. Sempre acho que tentar entender um lugar politicamente é entender um pouco da realidade daquele povo.

O Centro está cheio de prédios históricos muito bonitos (quem curte arquitetura vai amar), mas eu gostei mesmo pois fiquei imaginando como foram os panelaços históricos que aconteceram ali, as comemorações de todas as vitórias de times de futebol e o sofrimento das mães que ficam até hoje na Plaza de Mayo, ali do ladinho, procurando seus filhos desaparecidos.

De lá, também tem uma boa vista do Obelisco e dá para visitar a Catedral Metropolitana, que vale entrar, pois é muito bonita.

Passeio histórico, check!

A Casa Rosada fica na Balcarce, 50 – Centro. Metrô mais próximo: Plaza de Mayo (80m).

6. Vá a um show de tango.

Show de tango Esquina Carlos Gardel - Roteiros de Buenos Aires

Show de Tango do Esquina Carlos Gardel


Tem certas experiências que apesar de extremamente turísticas, não podem deixar de ser vividas. Uma dessas é ir a um show de tango em Buenos Aires.

As ofertas são muitas: tem desde shows de tango menores, mais populares, sem muito alarde, a preços mais convidativos, até os que são mais “espetáculo” do que show de tango em si, caríssimos. Os turistas piram no Mister Tango, que é uma mega produção e que na verdade, tem pouca dança e muita encenação.

Eu fui no Esquina Carlos Gardel e achei maravilhoso.
Sim, ele não é nada barato (paguei uns 900 pesos por pessoa, ou R$ 236 no câmbio blue, a R$ 3,80, com bebidas à vontade e transporte incluso), mas vale o esforço financeiro.

No show, que tem cenários simples, pouca encenação, mas muita dança e músicas cantadas ao vivo, é impossível não se emocionar. O elenco é ótimo e você vai ficar babando em um casal de dançarinos que com certeza tem mais de 50 anos e mandam muito no tango.

O figurino é de cair o queixo e a beleza dos movimentos e das músicas são surpreendentes. Dá vontade de sair de lá e ficar ouvindo tango o resto da noite. Ou de ir correndo se matricular em uma aula de tango (sqn).

Normalmente, os shows de tango para turistas tem jantares incluídos (que eu não acho que vale a pena. São super caros e a comida não parece nada demais) e transporte de ida e volta, da porta do hotel até o show, mas você também pode optar só pelo show ou por um pacote de bebidas.

Alguns lugares como o famoso Café Tortoni, fazem shows de tango pequenos, para umas 50 pessoas, por preços bem acessíveis.
Esteja você esbanjando plata ou “on a budget”, não perca um show de tango. É uma verdadeira experiência!!!

7. Teatro Colón

Teatro Colón - Ponto turístico em Buenos Aires

Teatro Colón


Mais um passeio para os amantes de arquitetura.
O Colón é o principal teatro de Buenos Aires (tipo o nosso Municipal) e já foi considerado um dos melhores teatros do mundo.
Tem uma arquitetura imponente e recebe os melhores espetáculos da cidade.

+ Onde comer empanada em Buenos Aires? + 

É possível fazer uma visita guiada ao teatro, com guias explicando como o Colón fez parte da história argentina e apresentando as principais salas e características do teatro.
Apesar de parecer bem interessante e completo, eu não fiz o tour porque achei extremamente caro. O ingresso, que custa 180 pesos, fica quase R$ 50 para nós, brasileiros. Mas mesmo assim, vale a pena passar por lá para conhecer.
Preferi gastar a minha onça em comida!

O teatro fica na Cerrito, 628. Metrô mais próximo: Tribunales (240m).

8. Comprinhas (ou wifi) no Distrito Arcos

Se você quer fazer umas comprinhas em Buenos Aires (o que não tá valendo muito a pena, já que a cidade tá caríssima), mas não quer ficar enfurnado dentro de um shopping sem ver a luz do sol, você tem que ir ao Distrito Arcos.

O outlet foi construído em uma antiga estação de trem e além de manter parte da arquitetura original, ele é totalmente aberto e com um grande jardim com bancos no meio (parece um pouco o Catarina Outlet).

Lá tem algumas marcas internacionais, como Lacoste e Adidas, e muitas marcas argentinas, o que é legal pra quem quer sair da moda internacional pasteurizada.

Se você não estiver a fim de comprar, o Distrito Arcos pode ser uma parada estratégica para um café ou sorvete (tem Freddo e Starbucks na praça de alimentação estamos no shopping Morumbi?) ou para usar o wifi de lá, que é aberto e gratuito, para acessar as dicas do Magali e ver onde você vai comer por ali…

O Distrito Arcos fica na Paraguay, 4979, em Palermo. Metrô mais próximo: Palermo (500m).

9. Caminito, Caminito

Caminito, La Boca, ponto turístico em Buenos Aires

Caminito: ame ou odeie!


Sabe o que eu disse sobre o show de tango, que tem algumas experiências turísticas que você tem que viver? Então, tem outras que você não precisa viver.

Acho que o Caminito é um lugar meio ame ou odeie. Definitivamente não dá para passar por lá sem ter uma opinião.

Pra mim, é um lugar pra você visitar uma vez só, da primeira vez que for a Buenos Aires e depois nunca mais.
O entorno é meio barra pesada, o lugar é sujo, os restaurantes são ruins, os preços são inflacionados, tá cheio de pegadinha e as casas de zinco são meio sem graça. (Ok, confesso que eu não gostei de nada de lá!)

Se você nunca foi a Buenos Aires, ok, tem que ir, faz parte do roteiro turístico da cidade. Mas se você já foi, serião, gaste o seu precioso tempo em outros lugares. A menos que você curta tirar foto com o sósia do Maradona ou pagar pra tirar uma fotinho tosca com um pseudo dançarino de tango com uma rosa na boca.

Eu não volto. É muito “pega-turista-desavisado” para o meu gosto!

O Caminito fica na Av. Don Pedro de Mendoza com a Magallanes. Não tem metrô lá perto e não aconselho caminhar muito por lá.

E aí, curtiu as dicas de Buenos Aires? Tem alguma coisa pra acrescentar aqui? Deixe seus comentários aqui embaixo ou use a #MagaliViajante no Instagram pra marcar as suas fotos.

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6 Motivos para Comprar Vinhos pela Internet

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Música que o Manoel Beato cantou e harmonizou com um excelente vinho brasileiro em uma aula do 9° Paladar Cozinha do Brasil. É para inspirar!

Em tempos de dólar caro, os preços dos vinhos sobem muito e (o pior de tudo) é que a variedade de rótulos disponíveis cai muito.
Se você compra vinhos regularmente, é só dar uma volta nos mercados ou nas importadoras para ver que não tem tantas novidades e que a quantidade de opções também diminuiu, se comparado à mesma época do ano passado, por exemplo. E invariavelmente, vamos ver mais vinhos bem comerciais e mais simples nas prateleiras. É que não vale a pena para os importadores trazerem grandes vinhos e ficarem com o estoque parado. Por isso, a tônica do mercado atual deve ser priorizar vinhos mais simples, com melhor custo benefício e de venda mais “garantida”.

caixa de vinhos da evino live

Alguém duvida?

Eu gosto muito de vinho e tomo bastante. E bebo vinho de todos os tipos. É claro que eu gosto de escolher rótulos mais exclusivos, de valor elevado para ocasiões especiais. Mas também gosto de ter vinhos simples, fáceis de beber, com bom custo benefício para tomar no dia-a-dia. E é para este propósito que eu acho que vale a pena comprar pela internet.

+ Está procurando um vinho branco excelente para o calor? Achou! + 

Se você já compra vinhos pela internet, compartilhe suas experiências comigo aqui na caixa de comentários no blog. Se você nunca comprou, aqui vão seis razões para você começar a comprar ainda esta semana.

(Eu tive uma excelente experiência com a Evino, mas existem diversos e-commerces no mercado para testar. Vou testar outros e depois atualizo este post com as minhas considerações. Este NÃO é um post patrocinado!)

1. Você prova coisas diferentes do que está acostumado.

evino.com.br

Vinho italiano comprado pelo Evino: simples e bom!


Já percebeu como os rótulos disponíveis no mercado costumam ser sempre os mesmos? Ou como mesmo com novidades, acabamos indo naquela escolha segura, por medo de nos arriscar e ter um pequeno prejuízo?

Apesar de existirem sites que vendem vinhos bem conhecidos, muitos deles apostam em produtores menores, que ainda são desconhecidos por aqui, ou que não tem espaço em grandes importadoras.
Sendo assim, a sua chance de provar algo diferente é maior, já que os seus “escolhidos de sempre” não estarão disponíveis.
E é óbvio, pode ser que você não goste, ou que compre uma bela porcaria. Mas também pode ser que descubra um vinho que te agrade. E afinal, não é essa a graça de beber vinho? Tomar coisas novas, inusitadas, que não estamos acostumados e até umas coisas ruins de vez em quando, é bom para evoluir o paladar e ter maior repertório no mundo do vinho.

Se for para arriscar e comprar um vinho que nunca ouviu falar, pesquise. E além de pesquisar, pense no que quer encontrar. Não dá para esperar tomar o vinho da sua vida pagando R$ 40 na garrafa, não é mesmo?
Mas dá sim para tomar um vinho honesto e interessante. Ademais, vale bastante a pena arriscar R$ 40 para ter uma experiência!

Eu comprei alguns vinhos que nunca tinha ouvido falar no e-commerce Evino e gostei bastante do resultado. Teve um vinho que não gostei nada, alguns que achei simples, mas bons, e um ou outro que gostei muito. Não pesquisei nada sobre eles, pois gosto de viver perigosamente pois gosto de conhecer o máximo de sabores que eu puder e acho que no final da história, me dei muito bem!

+ Gosta mais de cerveja do que de vinho? Então você tem que provar essas cervejas mineiras + 

2. O frete geralmente vale a pena.

Eu sou meio mão de vaca para frete. Mas graças a Deus tenho o Thiago que sempre coloca os valores em perspectiva e me mostra que eles são adequados, quando comparados ao que eu iria gastar se tivesse que ir comprar em uma loja.

A maioria dos e-commerces não cobra frete para compras acima de um valor mais alto, por exemplo, R$ 250. Eu acho justo e digo mais, é super fácil você gastar esse valor ou mais em uma compra de vinhos. Se você não quer pagar o frete de jeito nenhum, mas também não quer gastar este valor todo, vale a pena unir-se com amigos, família e até vizinhos para efetuar a compra. Seja mais sociável! Juntos somos menos pobres.

Mas se você for mesmo pagar o frete, normalmente para o centro expandido de SP, ele custa entre R$ 15 e R$ 20. Faça as contas: se você for até uma loja comprar seus vinhos, vai gastar gasolina + estacionamento + o seu tempo, na maioria das vezes. E vamos combinar que sair de casa em SP e gastar menos de R$ 15 tá difícil…

3. Você recebe os vinhos na porta da sua casa.

evino shopping

Caixa de entregas da Evino – com uma mensagem ótima!


Comodidade demais não é bom não, deixa as pessoas preguiçosas… Mas de vez em quando, a comodidade ajuda ~ e muito ~ no dia-a-dia.
Eu adoro ficar passeando nas gôndolas, vendo todos os rótulos e gastando um tempão para escolher meus vinhos. Mas também adoro chegar em casa depois de um dia corrido e ver que tem uma garrafa de vinho ali, pronta para ser aberta para me ajudar a relaxar e lembrar que eu não tive que passar em lugar nenhum para isso.
Você sempre precisa de uma mãozinha na vida!

Eu tinha bastante receio de que as garrafas poderiam quebrar, que ia demorar para chegar, que a entrega não seria boa, mas na minha última experiência com a Evino, fiquei bastante satisfeita. A entrega foi feita bem antes do prazo previsto, por uma empresa especializada em entregas (e não pelos Correios ou por motoboys descuidados), em uma caixa bem resistente e ainda fui surpreendida com uma mensagem quando abri a caixa. Pode parecer besteira, mas me fez sorrir!

Sorri na hora que recebi e sorri ainda mais quando cheguei em casa cansada e lembrei que tinham umas seis garrafas ali, esperando por mim. Minha semana estava garantida!

+ 5 cervejas para matar a sede nesse calor +

4. Você participa de ofertas exclusivas.

Recomendo fortemente que você tenha um email só para se cadastrar em todas as newsletters e emails marketing de e-commerces em geral. Pouca gente dá valor e abre esses emails, mas sempre chegam ofertas boas de verdade.

Muitos desses e-commerces trabalham com flash sales, ou com ofertas que duram apenas um dia ou poucas horas. Pode ser uma compra de impulso, mas pode ser também a sua chance de experimentar aquele vinho desconhecido com 20% de desconto.

Além disso, sempre tem vantagens exclusivas para quem se cadastra, descontos na primeira compra, vinhos que são vendidos só para os assinantes. Enfim, tudo para vender mais. E você pode se aproveitar disso!

5. Sua adega fica sempre cheia.

vinhos evino shopping network

Alguns dos vinhos que comprei pela Evino. Gostei bastante do Orquestra, e não muito do Agnvs.


Não tem coisa mais decepcionante do que ter aquela vontade de tomar um vinho, abrir a adega e… não ter nada! Ou ter só aquele vinhaço que você prometeu que irá abrir no aniversário de 750 anos de casamento ou quando estiver ganhando 30 mil por mês…

Ou chegar alguém que você gosta na sua casa, rolar aquele papo gostoso e só ter água para beber. (O incrível é que essas coisas só acontecem lá pelas 2 da manhã, quando o papo engrena de vez e não tem mais nenhum lugar aberto pra comprar nada. Lembram daquela cena do filme Procura-se um amor que goste de Cachorros? Então…).

Não precisa manter a sua adega abarrotada, mas é sempre bom ter opções diversas. Sabe-se lá o que você vai ter vontade de beber amanhã…

6. É a sua chance de beber vinho todos os dias!

E esse é o melhor motivo do post inteiro!

Não faltam estudos comprovando os benefícios de se beber uma taça de vinho por dia. E tendo estudos ou não, a verdade é que qualquer coisa (feita de forma responsável) que te traga pequenos prazeres para a sua vida são benéficos para você.
Por que temos que ser felizes só no final de semana? Se você gosta de vinho, te garanto: tomar uma taça no jantar todas as noites tornará as suas noites muito mais agradáveis.

Porque o vinho não é bebida para se embriagar. Para beber sozinho. Pra chorar as mágoas. Vinho é bebida de celebração, de beber junto, de sociabilizar, de comemorar as alegrias…

“Com o passar dos vinhos, os anos ficam melhores” (autor desconhecido).

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10 Informações Práticas para a sua Viagem a Buenos Aires

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Quando voltei de Buenos Aires, em julho, escrevi uma série de posts contando sobre a capital argentina: onde comer, o que fazer, onde encontrar as melhores carnes.

E lá no primeiro post, sobre parrillas para conhecer na cidade, tinha feito uma breve introdução ao tema de hoje: informações práticas para a sua viagem a Buenos Aires. Resolvi escrever novamente sobre este assunto, com mais detalhes, pois muita gente tem buscado Buenos Aires como uma alternativa de viagem por causa da alta do dólar.

+ 4 parrillas para conhecer em Buenos Aires + 

Se você leu o primeiro post, leia este também. Enquanto aquele eram apenas tópicos introdutórios para o tema parrillas, aqui as informações serão o prato principal, com mais conteúdo e explicações detalhadas…

1. Buenos Aires não é uma cidade barata

Buenos Aires para chicas

Alguns preços de Buenos Aires


Sim, eu sei, ela já foi uma cidade muito barata para nós, brasileiros. Não é mais.
Mas a situação econômica da Argentina, a inflação e a escassez de produtos fizeram com que os preços de tudo aumentassem muito.

Um jantar para duas pessoas com vinho em um restaurante mediano, sai por volta de R$ 150. Um show de tango custa uns R$ 250 por pessoa. Um simples picolé em um kiosco pode custar R$ 12. Eu sei que mesmo assim, algumas coisas ainda são mais baratas que uma noitada em SP, mas a visão que a gente tinha de Buenos Aires como sendo um lugar super barato, para ir, gastar os tubos, esbanjar e quem sabe ir lá “apenas” para passar um final de semana, acabou.

Se nós estamos sentindo os efeitos da “crise econômica”, eles já estão vivendo isso há muito tempo.

E o que você pode tirar de prático nessa informação, para a sua viagem?
Não baseie o quanto levará de dinheiro ou o seu planejamento de gastos em posts e preços de um ano atrás, por exemplo. Sabe o que você tinha pensado em gastar? Pode colocar mais uma gordurinha aí, porque vai precisar…

2. Não confie somente no seu cartão de crédito.

Por dois simples motivos: em tempos de flutuação cambial, uma das piores estratégias de viagem é passar todas as compras no cartão de crédito. Vai lá saber qual vai ser a taxa no dia que fechar a sua fatura do cartão. Você pode se dar bem e fazer um ótimo negócio, como pode tomar um susto e gastar muito mais do que podia.
Dica: mesmo que você seja aventureiro, desses que gostam de tomar sustos, a volta de uma viagem, por menor que ela seja, sempre é uma época que você tem que apertar os cintos e lidar com todo aquele gasto que foi feito (menos se você for filho do Lehmann, aí tá tudo certo), então tente minimizar as “surpresas” pós viagem. Cartão de crédito costuma ser um motivo pelo qual as pessoas se arrependem de certos passeios.

O segundo motivo é muito mais prático: muitos lugares em Buenos Aires não aceitam cartão, inclusive restaurantes e pontos turísticos. É que pra eles é muito mais vantajoso ter o dinheiro na mão e como sabem que o turista está viajando com dinheiro, resolvem não aceitar.
Eu mesma fui em diversos restaurantes onde a única forma de pagamento era o dinheiro. Seja peso, dólar ou real. Falando nisso…

+ Onde comer boas empanadas na capital argentina + 

3. Prefira pagar na moeda local

Muitos estabelecimentos em Buenos Aires aceitam dólar ou real como forma de pagamento. Apesar de já ter ouvido alguns casos de pessoas que fizeram bons negócios, eu acho meio furada. Porque a cotação da moeda deles (como a nossa ultimamente) muda muito todos os dias. Então você tem que estar muito ligado em quanto o dólar está valendo naquele dia se quiser pagar em dólar.

Há de se pensar também que os estabelecimentos não são casas de câmbio, ou seja, eles não vivem disso, e por isso, querem ter alguma vantagem comercial sobre a transação. Não ache que todo restaurante é bonzinho e aceita dólar só para ajudar o turista. Besteira.

Outra coisa, e que pra mim é a mais importante, é a sua tranquilidade. Você tá lá, jantando com alguém especial e aí na hora de pagar tem que ficar fazendo conta, vendo se a cotação é aquela mesma, preocupando-se se o troco veio com notas falsas. Em Buenos Aires, assim como todo lugar do mundo, tem gente querendo passar a perna em você, e por mais esperto que você seja, quando se está de férias é fácil fácil cair em golpes, e aí tá lá você pagando 30% a mais no jantar do que ele realmente valia.

Tenha pesos com você!

4. Troque dinheiro lá. E no câmbio blue.

Você que sempre viaja com tudo certinho, trocando dinheiro no câmbio oficial, levando toda a moeda local já comprada daqui: Parabéns, tá fazendo tudo certo! Mas em Buenos Aires a lógica é outra.

Existem dois tipos de câmbio na Argentina: o oficial e o blue. No oficial de hoje, por exemplo, 1 real vale 2,48 pesos e 1 dólar vale 9,45 pesos. Já no blue: o real dá 4,27 pesos e o dólar, 14,90. Você pode consultar o valor do câmbio blue no site: http://www.dolarblue.net/

Desde que a circulação de dólares foi restringida no país, iniciou-se uma verdadeira corrida pelas notas do Obama. As pessoas fazem quase qualquer coisa pelo dólar.

Mas tome cuidado onde irá trocar. É muito comum pegar notas falsas ao trocar dinheiro com os arbolitos, que ficam nas ruas (principalmente na Calle Florida) oferecendo câmbio mais baixo.
Nas casas de câmbio oficiais, tipo a do aeroporto, o valor praticado será o oficial. Mas tem alguns lugares onde você pode fazer o câmbio blue sem problemas. Eu tive a recomendação de trocar com o Mario, na Galeria Porteña, e achei ótimo. Não tive problemas com as notas e tive uma taxa muito boa para a época que fui (quem quiser o contato dele, deixa um pedido nos comentários aqui que eu mando).

Em julho, quando eu fui, valia mais a pena trocar dólares do que reais, mas o dólar ainda não tinha alcançado os patamares astronômicos de hoje. Então faça as contas e veja qual a melhor opção para você.
Uma dica que vale ouro na hora de trocar dinheiro por lá é que as notas grandes valem mais do que a pequenas. Então separe as notas de 50 e 100 dólares e as de 100 reais, que a cotação costuma ser melhor.

5. Buenos Aires não é uma cidade perigosa.

Buenos Aires dicas

Ande tranquilo pelas ruas de Buenos Aires

Antes de ir viajar, pesquisei muito sobre a violência e os perigos para o viajante e a quantidade de relatos que achei de pessoas que foram furtadas, assaltadas ou enganadas foi grande.
Mesmo assim, não achei a cidade perigosa. Achei-a na verdade, bem mais segura que as grandes capitais brasileiras e certamente mais segura que SP (é óbvio que Buenos Aires não é Tóquio, onde você pode andar igual um abestalhado que não te acontece nada, tem que tomar um pouco de cuidado).

Certos cuidados devem ser tomados como em qualquer outra viagem shit happens all the time (e lembre-se que você está na América do Sul), como não sair contando dinheiro na rua, tomar cuidado com as câmeras grandes e celulares e evitar bairros perigosos, como La Boca. Mas fora isso, dá para andar tranquilo por lá, chegar tarde no hotel de transporte público e aproveitar a sua viagem sem maiores preocupações.

+ Descubra quais são os pontos turísticos que vale a pena conhecer em Buenos Aires + 

6. Você não vai comprar um monte.

Buenos Aires pontos turísticos

Vinhos: o que ainda vale a pena comprar em Buenos Aires


Buenos Aires pode ter sido uma cidade boa para compras um dia. Um dia. Mas hoje não é mais.

Além de achar a variedade de produtos pequena (tanto de roupas, cosméticos, comida, tudo), não achei o preço convidativo. Tanto que não trouxe quase nada de lá. Só alfajores (que não são baratos, mas mesmo assim, tem alguns que você só encontra lá) e vinhos, que é o único item que ainda vale a pena.

A Argentina é uma excelente produtora de vinhos e apesar de os vinhos de lá serem facilmente encontrados por aqui, lá dá pra achar algumas pérolas que não vem para o Brasil. E mesmo os que chegam aqui, lá costumam ter um preço melhor.

A minha dica é que você pesquise antes os preços de alguns vinhos que gosta aqui no Brasil e depois veja quanto sai lá. Se estiver mais barato, é só encher a mala.

Eu comprei os meus vinhos no Tonel Privado, que tem unidades por toda a cidade.

7. Os portenhos não são como as pessoas dizem.

Buenos Aires bus

Esse tiozinho, por exemplo, era super simpático


Tem certos povos que vivem da sua fama. Portenhos e franceses, por exemplo, são muito odiados no mundo e famosos pela antipatia e arrogância.

Mas não é bem assim.

Gente tosca tem em todo lugar do mundo. Aqui no meu prédio mesmo tem um monte. Mas o que vivi em Buenos Aires foi um pouco diferente do que esperava viver. A minha experiência com as pessoas de lá foi, em geral, muito boa. Portenhos sendo simpáticos, tentando falar português, educados, agradando o turista.

O perigo é sempre generalizar. E pra você que adora encher a boca pra rotular um povo, dizendo que francês é fedido, portenho é chato, português é burro ou que brasileiro é malandro, assiste esse vídeo e reveja seus preconceitos: https://www.youtube.com/watch?v=D9Ihs241zeg

8. Pegue transporte público.

Você anda de transporte público aqui? Então vai tirar de letra. Não anda? Então é uma excelente forma de economizar dinheiro e de aprender a andar.

Buenos Aires tem metrô e ônibus fáceis de andar. Basta você comprar um Subte (o bilhete único de lá), colocar no Google o seu destino de chegada e de partida e correr para pegar o ônibus.

Eu recomendo muito que você ande de transporte público em Buenos Aires por vários motivos: você vai economizar muito, pois vai pagar baratinho por um trajeto que te custaria bem mais (e aí pode gastar em outras coisas, tipo vinho); não fica na neura se o taxista tá te enganando, fazendo um caminho mais longo; e é bem fácil e o transporte funciona. O ônibus é tipo o daqui, cheio, demora, mas vai pra todo canto. Metrô… bem, metrô ajuda em qualquer lugar do mundo.

Outra coisa que funciona bem em Buenos Aires também é gastar a sola do sapato. Um trajeto curto, de uns 2 km, pra quê pegar táxi? Vai andando e ainda descobre uma lojinha bonita, um café bacana. As cidades sempre reservam surpresas pra quem anda a pé.

E pra que ficar gastando os tubos em táxis quando o dinheiro pode ser melhor gasto?

9. Faça reserva nos restaurantes. Ou chegue cedo.

Buenos Aires compras

Chegamos cedo no restaurante e comemos sozinhos


Os portenhos comem tarde. No jantar, os restaurantes costumam começar a encher lá pelas 21h, 22h. Então se você está pensando em ir comer mais ou menos neste horário, ligue e faça reserva, porque é bem comum ter fila de espera. E quando a gente tá viajando não tem tempo suficiente pra ficar parado em uma fila, não é mesmo?

Agora, se você quiser fugir das filas e não estiver a fim de fazer reserva, chegue cedo. Descubra o horário de abertura do restaurante e esteja lá perto da hora. Você vai comer sozinho, porque para os portenhos, 19h ainda não é hora de jantar!

10. Peça o Tax Free no aeroporto.

A restituição de impostos para compras de estrangeiros na Argentina funciona e é super fácil de fazer. Ela é válida apenas para produtos fabricados na Argentina, e tem um valor mínimo, que não é muito alto.
Para quem está comprando vinhos, é sempre uma boa.

É facinho de fazer: basta você pedir na loja que efetuou as compras o formulário para a restituição. Preencha corretamente e deixe uma via na loja e a outra guarde com você.
Na hora de ir embora, procure o balcão do Tax Free no aeroporto. Lá, eles vão conferir as informações e você poderá escolher se receberá o reembolso diretamente na fatura do cartão de crédito ou em dinheiro. Eu preferi fazer no cartão, porque se for em dinheiro, eles pagam em pesos, e aí não tenho o que fazer com a moeda de lá.
No mês seguinte, o reembolso caiu certinho no meu cartão… Vale a pena!

E aí, curtiram as dicas? Ajudou você a planejar sua próxima viagem? Se tem mais dicas que quer compartilhar, deixe aqui nos comentários, vou adorar saber a sua experiência em Buenos Aires.

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10 Dicas para um Bom Mochilão

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Essa música faz parte do filme Livre, que eu fortemente recomendo que você assista antes da sua jornada. Principalmente se for sozinha.

Mochilar pelo mundo está entre os planos da maioria das pessoas que gostam de viajar.
Se você nunca fez um mochilão, certamente tem vontade e planos de fazer um. E eu digo: faça. E se você já fez, deve lembrar com muita saudade desta viagem e já deve estar pensando na próxima possibilidade.

Um mochilão normalmente é uma viagem com menos conforto do que o habitual, mais esforço físico, mas que traz um baita de um conhecimento sobre você mesmo e tendo a crer que pessoas que fazem esse tipo de viagem estão mais abertas (pelo menos naquele momento) para verem o mundo e elas mesmas do jeito que realmente são, sem o grande peso do “ter” (que grande ironia!). Porque tirando a marca do sapato, da mochila e o celular que a pessoa tem, todo mundo que mochila é meio igual e está na mesma situação. E com certeza está na mesma vibe.

Eu fiz dois mochilões na vida: um de 15 dias pela França e um de 30 dias pela Europa, ambos em 2009, com o meu então namorado (que hoje é meu marido) e foram as melhores viagens da minha vida. A grana era curta, o conhecimento de mundo era pequeno, mas a vontade de ver as coisas com os meus próprios olhos e descobrir a vida era imensa. Minha mochila está guardada para a próxima experiência (que deve ser quando eu tiver filhos e eles forem adolescentes), mas juro que eu penso em refazer essa viagem todos os anos.

+ Vai viajar para vários lugares? Então veja como planejar essa viagem multi destinos + 

É óbvio que apesar do meu mochilão ter sido um sucesso e não ter acontecido nada grave, cometi muitos erros, mas também aprendi bastante coisa bacana. E hoje quero compartilhar algumas dicas do que acho essencial quando se faz uma viagem como essa. Sei que algumas dicas parecem banais (do tipo: alimente-se bem e carregue pouco peso), mas a maioria das pessoas usa isso só na teoria e parece esquecer de tudo quando é a hora de pegar a estrada.
Não se esqueça dessas dicas. Você com certeza se lembrará de mim quando estiver no meio de um perrengue evitável.

(Essas dicas são pra quem fará um mochilão urbano. Para trilhas ou montanhas, as dicas são bem mais específicas e talvez essas não se apliquem…)

1. Leve pouca roupa (e pouca coisa).

mochilão europa

Em condições normais, a gente não sairia com essa roupa na rua, mas para um mochilão, a gente tava lindo!


No meu mochilão, carreguei uma mochila de 16kg e o Thiago, uma de 20kg. TODOS OS DIAS. Nas costas. No primeiro dia, tá tudo certo, você tá animadão e nem sente o peso do cansaço. Lá pelo décimo dia ou quando o hotel que você reservou pra dormir fica longe pra burro ou quando dá alguma coisa errado, você vai querer tacar a sua mochila longe. Mas não dá, né? Toda a sua vida naquele momento está lá. E não, não vai ter ninguém pra carregar pra você.

Um mochilão é o tipo de viagem que tem uma vibe diferente de quando você vai pra NYC pra conhecer os melhores restaurantes e baladas (e tem que estar na estica por isso). Na primeira semana, você vai perceber que tudo bem se a roupa que você está usando não combinar. Tudo bem que a mesma calça já cruzou 3 países sem ser lavada. Tudo bem que você não usa maquiagem há vários dias. A palavra chave é conforto e praticidade. Quando você olhar as fotos deste tempo e estiver parecendo o demo, garanto que nem vai se importar, porque a saudade será grande e você saberá que combinação fashion nenhuma vale a sua dor nas costas no final do dia.

Eu cruzei a Europa no outono e felizmente, ainda fazia calor. Levei um legging, uma calça jeans, umas três camisetas, uma blusa de frio, algumas calcinhas, um chinelo e um sapato para andar o dia inteiro. E só. E deu certo. Lavei roupa em lavanderia pública, lavei roupa em banheira de hotel, usei roupa suja, joguei roupa fora no último dia de viagem… Mas usei cada peça de roupa que tinha na mala, sem carregar nenhum peso à toa.

Quando estiver fazendo sua mochila, depois de separar todas as peças de roupas e itens da viagem, tire algumas coisas, sem dó. E antes de sair pelo mundo, levante a sua mochila várias vezes, em períodos diferentes do dia. De nada adianta você levantar a sua mochila depois de uma bela noite de sono, quando você está descansadão, que ela vai parecer uma pena.
Tente levantar depois daquele dia terrível no trabalho, depois de virar a noite fazendo algo importante ou quando chegar em casa moído da academia. Pois é assim que você vai se sentir.

Lembre-se que além do peso que você está levando inicialmente, irá encontrar coisas legais pelo caminho que vai querer comprar. E mesmo que seja um ímã, já é um peso extra nas suas costas.

+ Quer mochilar em Londres? Veja dicas aqui + 

2. Invista em uma boa mochila e um bom calçado.

mochilão pela europa

20 kg nas costas todos os dias não é brinquedo não!

Sabe aquela história que o barato sai caro?
Se você não tiver muito dinheiro para gastar e tiver que escolher no que vai investir, escolha esses dois itens.

A escolha da mochila é um assunto muito pessoal. Eleja uma que se acomode bem no seu corpo, por isso teste várias. Coloque nas costas, ande pela loja, tome bastante tempo nisso. Pense também nos compartimentos e no tamanho dela. Você não precisa de uma mochila gigantesca se só vai viajar dez dias. Mas também de nada adianta levar uma mochila pequena se você vai ficar na estrada 45 dias. A pior coisa que tem em um mochilão é ter que ficar carregando volume extra, fora da mochila. Tente concentrar tudo dentro dela, senão a chance de você perder, ser roubado ou ficar com o peso desbalanceado no corpo, é grande.

Eu e o Thiago compramos as nossas na Decathlon aqui no Brasil mesmo e escolhemos modelos diferentes. Não eram caríssimas, porém eram muito resistentes e mesmo depois de 30 dias de viagem, elas ainda estão inteirinhas. Um item que é muito importante no mochilão é a capa de chuva para a mochila. Algumas já vem com isso embutido e é um recurso extremamente útil se você não quiser molhar tudo o que tem dentro em caso de temporal.

O sapato que você usará é outro item igualmente pessoal. Tem gente que prefere tênis e tem quem prefira aquelas botas de trilha. Seja qual for, o importante é que o calçado tenha um bom amortecimento, seja extremamente confortável e fique bem ajustado no pé. Você provavelmente vai andar muito, em terrenos nem sempre planos e acredite, o sapato será o seu segundo melhor amigo, depois da mochila.
E não se esqueça: aquela história de não usar sapato novo, dar uma amaciada antes, é real. Mesmo o melhor sapato do mundo pode destruir o seu pé no primeiro dia de uso.

3. Tenha boas noites de sono.

mochilão trips

Durma bem, mesmo que seja no trem


Se você estiver viajando sozinho, os hostels provavelmente serão a melhor opção, pelo preço e por poder conhecer gente nova e não se sentir tão sozinho no percurso. Mas se você estiver viajando em casal ou em uma turma, cogite a possibilidade de se hospedar em hotéis simples. Muitas vezes, vale mais a pena financeiramente e o ganho de conforto (uma cama de verdade e um banheiro só pra você) fará toda a diferença.

Seja qual for a sua escolha, não caia em roubadas como dormir no aeroporto, na balada, no trem ou mesmo na rua para economizar dinheiro. Uma noite mal dormida significa que no dia seguinte você estará quebrado e não terá toda a disposição necessária para enfrentar mais um dia de viagem. E acredite, um mochilão é igual a ter disposição, saúde e pique. E perder um dia de mochilão é triste, triste…

Faça com que o seu sono seja prioridade na viagem!

+ Seu destino de mochila é o Japão? Então veja o que NÃO se deve fazer por lá + 

4. Coma bem!

mochilão brasil

Trate bem a sua lombriga!


Esse é outro item que as pessoas adoram ignorar.
Comer bem não significa comer no melhor restaurante da cidade e gastar os tubos, mas considere que a caminhada de um mochilão é um exercício físico e por isso se você se empanzinar de gordura, açúcar e ficar com a barriga pesada, nem conseguirá andar direito e ainda correrá o risco de precisar ir ao banheiro urgentemente, o que nem sempre é um assunto fácil de se resolver em um mochilão.
Por outro lado, ficar sem comer também não é uma opção. Você pode nem perceber, mas poderá ficar fraco e desatento, ter uma queda de pressão e faltar energia justamente para aquela última ladeira antes de chegar ao hotel.

Um mochilão não é lugar para fazer dieta, tampouco exageros. Conheça o seu corpo e organismo e alimente-se com consciência. Mas faça todas as refeições e nunca, NUNCA, fique sem comer!

5. Leve snacks e muita água com você.

mochilão américa do sul

Thiago não tinha snacks na mochila, teve que atacar a pobre árvore!


Complementando o #4, muitas vezes você não achará nada aberto quando a fome apertar, por isso, provisione. Sempre tenha snacks com você, especialmente aqueles que fornecem energia rápida e as calorias necessárias e também que não estragam dentro da mochila.
Pode ser uns biscoitinhos, um pão, alguma carne seca (lembro que o melhor snack da nossa viagem foram uns pedaços grossos de presunto cru que compramos em Barcelona: proteína e gordura para dar energia e ainda era delicioso). Algo que te sacie e alimente entre as refeições ou nas horas de desespero.

Mais importante ainda do que ter snacks, é ter água, muita água. Manter-se hidratado é um dos pontos mais importantes para que a sua viagem seja um sucesso. Carregue uma boa quantidade de água com você e reponha antes de acabar (na hora da sede, você vai pagar mais caro pelo mesmo líquido). Dê preferência para água mesmo ou isotônicos. Refrigerantes, sucos com muito açúcar, álcool ou energéticos não vão te hidratar e nem matar a sede da mesma forma e ainda podem te fazer sentir mal durante a viagem. Ah! Dependendo do lugar, não corra riscos, água engarrafada.

6. Planeje.

mochilão nordeste

Meu planejamento foi meio torto, mas pelo menos eu tinha uma pizza molhada pra comer


Sabe aquela história de “quando eu chegar lá, eu vejo?” Costuma dar certo quando você tem dinheiro, tempo, paciência para procurar e não tem o peso de uma criança de 2 anos nas costas.

Em um mochilão, quanto mais você planejar, melhor. Saiba onde vai ficar, possibilidades de lugares para comer, horário do trem, o que quer ver naquele lugar. Pesquise muito!
Se der uma folguinha, aí você pode dar uma pirada e fazer as coisas que derem na sua cabeça. Mas ter que ficar procurando hotel naquela cidade que você só tem dois dias não é a melhor forma de gastar seu tempo, não é mesmo?

E quando eu digo planejar, significa antes da viagem e durante também. Lembro que quando estava em Biarritz, tínhamos que pegar o primeiro trem para o próximo destino, e ele saía super cedo, tipo seis da manhã. Logo, não ia ter nada aberto e no trem também não teria onde comprar o que comer no café da manhã e até chegar na outra cidade já seria a hora do almoço e eu estaria esfomeada. Sabendo disso, na noite anterior compramos uma pizza para comer no trem, de café da manhã. Isso é planejamento!

(Ok, mas o que não é planejamento é não ter capa de chuva para a mochila e a pizza chegar ensopada no trem depois de enfrentarmos um dilúvio para chegar na estação. Mas isso é assunto para outro post.)

+ Mochilar pela América do Sul também pode ser uma boa. Coloque Montevidéu no seu roteiro + 

7. Tenha mapas e informações offline.

mochilão ci

Um bom mapa de papel nunca sai de moda


Celulares dão pau. Tablets quebram. Laptops são roubados. E aí você que deixou todas as informações úteis dentro dos devices e confiou na tecnologia? Se lascou!

Quando eu mochilei, em 2009, as coisas não eram tão avançadas como hoje. Viajamos só com um celular (que nem internet tinha) para emergências, uma câmera boa e um laptop pesadíssimo (era o que tínhamos na época). Mas nada de mapas online, real time pra família, nada disso. Foi na raça mesmo.

Não acho que você deva descartar a tecnologia, ela ajuda e muito durante uma viagem como essas. Mas tenha backups que não precisem de energia ou internet para funcionar.

Bons mapas de papel resolvem a vida sempre. Tem apps que permitem que você baixe previamente o mapa da cidade e utilize-o offline, o que é ótimo quando o wifi não funciona e você não quer vender a casa para pagar os dados no exterior, cadernos com o endereço do hotel, telefones de emergência e informações úteis ainda não saíram de circulação gente, podem usar.

E ainda tem aqueles lugares que você não quer correr o risco de tirar o seu iPhone 6 e ser roubado. Quem vai querer roubar seu caderno com propaganda na capa? É gente, a Europa, por exemplo, obviamente é mais segura que o Brasil, mas trombadinha tem em todo o lugar… e s**t always happen!

8. Carregue itens de emergência.

mochilão argentina

Um chapéu para proteger os olhos da claridade pode ser considerado um item de emergência?


Remédios para dor de cabeça, dor de garganta, cólica, resfriados, dor de barriga. Absorventes. Camisinhas. Itens de primeiros socorros como band aid, esparadrapo. Lanterna. Capa de chuva. caneta. Prendedor de cabelo. Protetor solar. Papel higiênico.
Onde eles estão quando você precisa? Em todos os lugares, menos com você!

Tem algumas coisas que são básicas e que você tem que levar. Todo mundo acha que nada vai acontecer com você, que a sua saúde é de ferro e que não vai ter nenhum perrengue durante a viagem. Doce ilusão!

Vai por mim, pense bem em tudo o que pode acontecer de emergência e leve qualquer coisa que possa te ajudar nessas situações. Nada como ter uma diarréia e não ter com o que limpar a bunda, néam?

9. Não dê uma de Superman (ou se Mulher Maravilha). Não caia em roubadas evitáveis.

mochilão leste europeu

Em outras palavras, não dê uma de esperto!


Ok, em roubadas todo mundo já caiu ou invariavelmente, irá cair durante um mochilão. Mas tem aquelas que se você pensar um pouquinho antes de fazer, já sabe que a probabilidade de dar ruim é grande.

Por mais que você seja aventureiro e espírito livre, tem certas coisas que simplesmente não rolam (na maioria das vezes). Do tipo pedir carona para desconhecidos. Ok, você pode conhecer alguém super legal e fazer um amigo (ou até arrumar um date), mas já pensou em quanta gente ruim existe por aí?
Ou andar por lugares realmente perigosos sozinhos. Pra que ir em uma favela do Rio sozinho? Só pra disparar o coração? Pula de páraquedas que é melhor.
Ou pular de pára quedas com a empresa mais barata da cidade, que não tem tantos equipamentos de segurança assim, mas estava bem baratinho…
Ou tomar o drink que o cara mais bonito da balada te ofereceu, direto do copo dele.
Ou infringir alguma lei local “só daquela vez” e achar que não vai ser pego.
Ou não colocar dinheiro e documentos no cofre do hotel. Afinal em hotel bom não acontece nada.

Eu sei, tem coisa que parece tão básica e primária, mas que um monte de gente adora esquecer quando está de férias.

Além dessas coisas, quando digo para não dar uma de Superman, quero dizer também que você deve conhecer e respeitar os seus limites. Mesmo se você for atleta, seu corpo cansa e precisa de repouso. Mesmo com a grana curta, não dá para economizar em tudo e não aproveitar nada.
Então, aquele dia que você sente que as suas costas vão travar, pegue mais leve na quantidade de horas que carrega a mochila, tome um relaxante muscular, durma um pouquinho mais.

Você é humano e não uma máquina de conhecer países.

10. E por último, não tenha tanta pressa. Tire tempo para aproveitar.

Mochilão pela Ásia

Relax!


Uma viagem, seja de qual tipo for, é medida pelo número de vezes que você teve prazer, que aproveitou, que se sentiu feliz e não pelo número de carimbos no passaporte.
E muita gente, quando faz um mochilão, quer ver a maior quantidade de lugares no menor tempo possível. Tipo uma maratona. Besteira!
Faça seu planejamento de forma que seu tempo não seja desperdiçado, mas também tire tempo para conhecer pessoas, apaixonar-se por lugares, apreciar uma paisagem, descansar, olhar as coisas de um jeito que você não olharia na correria do dia-a-dia e tornar aqueles momentos inesquecíveis.

Enfim, como toda viagem, um mochilão é um tempo que você tem para aproveitar lugares, pessoas e a si mesmo. Curta!

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Os 5 Burgers Preferidos do Daniel, do Monday Night Burgers | Collab Magali

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Primeiramente gostaria de agradecer a Milena Duarte pelo convite e pela oportunidade de escrever aqui no Magali, esse blog tão bem cuidado e caprichado que eu venho acompanhando desde que tive o prazer de conhecer a criadora pessoalmente.

Confesso que a tarefa que me foi dada não é das mais simples nem das mais fáceis, afinal, pra um burger lover como eu, falar dos 5 melhores burgers que já comi na vida é como um pai de 3 filhos apontar qual deles ele ama mais. MAS, estamos aí pros desafios e vamos nessa.

Pra você que tá aí pensando “quem é esse infeliz e porque a opinião dele me interessaria?”, eu te respondo: eu sou o Daniel Pires, criador do projeto Monday Night Burgers, que acontece toda segunda em algum lugar da cidade de São Paulo e não faço a menor ideia do porquê minha opinião seria relevante pra você mas, quem sabe, você também já comeu em um ou mais desses 5 lugares e passe a se interessar pelo que tenho pra falar.

Sendo um amante do hambúrguer e levando em conta que resolvi largar tudo pra viver disso nesses últimos 19 meses, resolvi fazer algumas viagens pra fazer “pesquisa de mercado”, ou seja, almoçar e jantar hambúrguer durante toda a minha estadia nas cidades em questão. Sem muitas delongas, vamos pra lista dos melhores burgers da vida do Daniel:

5 – Classic Cheeseburger do Jack’s Burger, em Chicago.
Jacks Burger

4335 W Madison Ave, Chicago, IL 60624
b/t Kildare Ave & Kostner Ave
West Garfield Park

É tão junk que nem site tem, então segue o Yelp dos caras: http://www.yelp.com/biz/jacks-burgers-chicago?ytprail=1

Morei em Chicago entre 2000 e 2001 e foi lá que passei a ter contato com os hambúrgueres genuinamente americanos, desses que a gente não entende o porquê de nenhum outro lugar do mundo conseguir reproduzir o mesmo sabor. Você pode comer 300 hambúrgueres diferentes dentro dos Estados Unidos mas todos têm aquele “quê” yankee que é amor a cada mordida. Os caras têm milhões de defeitos. Burger definitivamente não é um deles, e o classic cheeseburger do Jack’s Burger entrega exatamente o que promete: burger duplo de dois discos finos, american cheese, cebola roxa crua, alface, tomate e picles de pepino no pão comum de hambúrguer. Simples e perfeito. Desses que toda volta de balada pede. O lugar é minúsculo, muito simples, e você come no balcão ou em pé mesmo. Vá com fome e peça a double fries. Depois me liga pra me falar o que achou.

4 – Louis, do St Louis, em São Paulo.
St Louis São Paulo

Rua Batataes, 242, no Jardins, esquina com a Joaquim Eugênio de Lima

http://stlouisburger.com.br/

Pois é. Levei 7 anos para encontrar em SP um burger que me levasse de volta pra terra do Tio Sam numa mordida, e o Louis, o carro chefe da hamburgueria comandada pelo Luis Cintra, o cara que começou essa burgermania por aqui faz exatamente isso. Faz tempo que não volto lá e já me falaram que eles têm sido um pouco irregulares, mas que quando acertam não tem pra ninguém. Nas vezes que fui, acertaram em cheio. O ambiente é todo pensado como um burger joint norte-americano, com um salão pequeno, boas cervejas e essa jóia que é o Louis e seu pickles de jalapeño. Vá sem medo.

3 – Fat Cat, do Bill’s Bar and Burger em NY
Fat Cat - Bills Bar and Beer

22 Ninth Avenue (at West 13th Street) no Meatpacking District
New York, NY 10014

http://www.billsbarandburger.com/

Esse foi um achado. Estávamos passeando pela High Line, em NY e, ao final dela, já no Meatpacking District, nos deparemos com essa micro hamburgueria e, né, porque não?

Só la dentro que descobrimos que um dos burgers do cardápio havia sido eleito um dos melhores do país pela CNN naquele ano (2013). O burger é o Fat Cat, um burger duplo, também com dois discos finos de no máximo 50 gramas cada, com american cheese, alface, pickles de pepino, tomate e cebola caramelizada no english muffin. Você imagina um hambúrguer enorme e.. Nope. Não é grande e até rola uma certa decepção quando a garçonete coloca ele na mesa. E aí você morde… E, galera, sério, só indo pra saber. Quando forem pra NY, não deixem de visitar os caras. Quando fomos, pedimos legumes fritos ao invés de batatas, mas já nos falaram que a batata deles é fenomenal. Vá e coma de tudo pra não se arrepender.

+ Conheça outros lugares para comer em Nova York + 

2 – Bistro Burger do The Corner Bistro, também em NY
Bistro Burger - Corner Bistro

331 W 4th St, New York, NY 10014
at the corner of Jane and West 4TH

http://cornerbistrony.com

Pô, só hambúrguer americano? Não adianta gente, os caras dominam a arte e é lá que estão a maioria dos melhores burgers que já comi. E esse não é diferente.

Nessa viagem pra NY, fiquei 7 dias na cidade e comi 12 burgers, alguns por indicação de amigos e outros na força e na vontade de caçar lugares desconhecidos. O Corner Bistro foi indicação de um brother que hoje eu sei que me ama. Escolhi o Bistro Burger, o carro chefe da casa (fica aqui uma dica dentro da dica: se não conhece o lugar, vá sempre no carro chefe. Se esse for ruim, você já sabe o que esperar do resto), e só pelo cheiro já deu pra sacar que esse seria diferente dos outros 9 que comi antes. Dessa vez, o burger era alto (a maioria dos burger joints americanos faz burgers mais baixos do que o que temos aqui com a nossa mania de achar que burger bom tem que ser alto e mal passado. Burger bom tem que ser bom e ponto, independente da altura, da cor e do tamanho) e foi o primeiro lugar que me perguntaram o ponto da carne. Escolhi o ponto da casa e fui feliz, muito feliz, devorando aquela delícia com sabor de abraço apertado. Burger de 220 gramas, alface, cebola crua, american cheese, tomate, pickles de pepino (os melhores que já comi na vida) e crispy bacon pra comer de joelhos. Pra beber, uma pint de Guinness. It doesn’t get much better than that. Vá, vá de novo e vá outra vez. O lugar é minúsculo e eles recomendam fazer reserva pra garantir. Vá, vá, vá e vá.

+ Motivos pelos quais você deveria ir para os EUA + 

1 – American Cheeseburger do Monday Night Burgers, de SP :)
American Cheeseburger - Monday Night Burger

Pra saber o endereço da vez, tem que acompanhar a fanpage:

www.facebook.com/mondaynightburgers

Instagram: @mondaynightburgers

“Ah, esse cara ta de brincadeira com a gente colocando o dele como o melhor!” Gente, se eu não achar o meu hambúrguer o melhor do mundo, quem vai? O Monday nasceu de uma brincadeira dentro do meu apartamento e hoje invade lugares como o House of Food, a Red Bull Station, o We Hostel, o Namoa Hostel e até apartamentos em Londres, toda segunda, com uma receita diferente, onde o principal da noite é o encontro da galera, é promover a interação entre as pessoas, criar conexões e fazer novos amigos. Nas receitas, buscamos a forma genuína de se fazer o american burger e, depois de mais de 100 tipos diferentes de burger, fizemos nosso American Cheeseburger, com 2 discos de 75 gramas, american cheddar cheese, cebola roxa picada, pickles de pepino, tomate, alface e nosso molho especial MNB no pão de brioche. Precisa de mais? Quando tiverem a chance, venham provar. Quem não gostar, não paga :)

Ta aí gente. A lista é essa, não necessariamente nessa ordem. Burger bom é o que você escolhe.

E lembrem-se: venham conhecer o Monday. It’s not about the burger, fellas.

+ Veja a opinião da Magali sobre o Monday Night Burgers + 

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Por que o Institut Paul Bocuse é “A” Escola de Cozinha Fora do Brasil

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Os reality shows, programas de culinária, blogs e canais do YouTube de comida tem ajudado a tornar a Gastronomia um tema ainda mais da moda do que já é.

Eu me lembro que quando estava na faculdade de Gastronomia, em 2007 (quando só existiam dois cursos superiores disponíveis em SP), já se discutia onde iriam enfiar todos os formados daquela faculdade e se o mercado teria capacidade de receber todos aqueles profissionais.

Se a preocupação já era realidade em 2007, há oito anos, você pode imaginar que ela tenha crescido exponencialmente ao passar dos anos, com o aumento absurdo do número de faculdades que oferecem o curso. Mas não é bem assim, pois a realidade dos formandos e do mercado foi outra.

Ficou claro, com o passar dos anos, que a maioria dos formados em Gastronomia não tem intenção de levar a cozinha como profissão, ou que vão tentar algum tempo e depois mudar de rumo. O mercado é difícil, paga mal e demora a dar resultados. E aí rola aquela seleção natural, assim como em todas as outras áreas.
Mas pra gente que pensa em seguir a profissão e que entende a Gastronomia como um mercado sério, sempre existiu um outro caminho (assim como em todas as profissões), que é especializar-se fora do país.
Neste caminho, existem várias possibilidades: estágios em restaurantes renomados, uma segunda faculdade, cursos de especialização ou mesmo alguns livres, de extensão de carreira.

Eu, em 2009, escolhi fazer um de especialização, em cozinha francesa, lá no Institut Paul Bocuse, em Lyon, e vou contar pra vocês porque a escola oferece um dos melhores cursos pra quem quer levar a cozinha a sério.
Não, eu não continuei cozinhando profissionalmente, mas essa foi uma decisão que tomei super consciente e no fundo, já sabia, antes de ir para a França, que o que ia aprender lá me ajudaria em outras áreas da Gastronomia e não só no fogão.

São dez motivos pelos quais você deveria considerar o Institut Paul Bocuse como a sua primeira opção de escola de cozinha fora do Brasil.

1. Paul Bocuse é o único chef do mundo com 3 estrelas Michelin há 50 anos

paul boches lyon

Apesar de bem idoso, Bocuse continua na ativa. Esta foto é da minha formatura, em 2009, em que ele esteve presente.

E só por este motivo, você já deveria considerar a escola do chef. Concordando ou não com os critérios do Michelin ou com a lista em si, é inegável que um chef que mantém o mesmo padrão há 50 anos entende do negócio.
Além de saber cozinhar, Bocuse sabe administrar e manter uma regularidade, coisa tão difícil de encontrar nos restaurantes hoje em dia.
Se você conseguir aprender um pouquinho do que faz este homem manter a lenda, já valerá o tempo que você passará na França.

2. O Institut fica em Lyon, berço gastronômico da França

lyon frança

Lyon


Pra falar a verdade, não fica bem em Lyon. O Institut fica em uma simpática micro cidade chamada Écully, a 20 minutos de ônibus de Lyon.
E estar em Lyon é muito enriquecedor para a sua cultura gastronômica. A cidade tem uma importância vital para a gastronomia francesa e abriga o maior número de restaurantes da França. Lá, você poderá conhecer os típicos bouchons e provar a comida camponesa francesa. Ótimo para entender as raízes da gastronomia francesa.

Além de toda a parte cultural gastronômica, Lyon também é uma das cidades mais bonitas da França, perfeita para o turismo. Você pode desbravá-la nos finais de semana.

+ Veja o que fazer em Lyon, uma das cidades mais legais da França +

3. Os professores e chefs do Institut são do mercado e tem vasta experiência.

thomas lemaire institut paul bocuse

Chef Thomas Lemaire, um dos chefs do Institut e dono de uma rede de restaurantes na França


Só recentemente, depois de velha, que eu fui entender a diferença que faz ter professores que conhecem e tem práticas de mercado e que não são somente teóricos. Na cozinha, isso é super importante.
Lá no Institut, grande parte dos chefs e dos professores que dão aulas, tem vasta experiência no mercado, tendo trabalhado (ou ainda trabalhando) em grandes restaurantes. Isso faz muita diferença, pois além de ensinarem técnicas, os alunos aprendem a ter ritmo de trabalho de cozinha e também alguns macetes que só descobre-se no dia-a-dia de um restaurante.

Além do trabalho em restaurantes, muitos gerem o próprio negócio, tem vivência internacional ou tem experiência em grandes concursos, como Bocuse d’Or ou MOF. Isso traz uma bagagem ao aluno que não tem preço.

4. Você vai aprender a cozinha clássica francesa.

foie gras

Foie Gras, um dos ingredientes clássicos da cozinha francesa


Ok, pode ser que você não queira cozinhar comida francesa clássica quando tiver o seu restaurante, não tem problema. Mas você precisa saber a base, as técnicas. E sabe de onde surgiu quase tudo o que vemos na cozinha hoje em dia? Na França!
Veja todos os grandes chefs famosos hoje. Mesmo fazendo menus contemporâneos, com técnicas modernas e preparos pouco usuais, eles dominam a cozinha clássica e muitos deles aprenderam a base na França.

Sim, eles são mestres em técnicas e vão te fazer repetir essas técnicas até você também ficar mestre nelas.

Quando você dominar a base, está livre para pirar nas suas próprias criações.

Outra coisa que é bacana dizer, é que lá você vai descobrir o que é comida francesa de verdade. Sabe aquela ideia que a gente tem que francês não come quase nada e que quando você vai em um restaurante francês o prato é tão pequeno que você sai com fome? Balela…
Ok, pode até ser reflexo da Nouvelle Cuisine, mas o francês de verdade gosta de substância. Magret de pato com purê, sopa de cebola, Saucissons, creme, manteiga… nada disso é regulado!

+ Onde comer em Lyon? +

5. O ensino tem um equilíbrio entre teoria e prática.

institut paul boches

Nós na aula de Enologia


Engana-se quem pensa que uma vez lá, você vai ficar 100% do tempo na cozinha, cozinhando.
Sim, você vai cozinhar bastante, mas também vai aprender os nomes dos cortes de boi em francês, saber um pouco mais da história da França e o porquê da gastronomia ser tão importante para o povo, vai aprender o nome dos utensílios, dos ingredientes, tudo.

Além do equilíbrio teoria e prática, os cursos oferecidos chez Bocuse são muito mais completos do que o simples ato de cozinhar.
Você vai ter aulas de Enologia, vai ter que ficar uns dias no Economat, para aprender a receber e pedir produtos, além de organizar o estoque, vai aprender técnicas de salão, para conhecer o outro lado e saber como servir seus clientes, vai ter que decorar o nome de uma boa parte dos queijos franceses… No final, você vai ver que cozinhar é a parte mais fácil!

Ah! E vai ter que limpar a cozinha, sim senhor. Sem essa moleza de algumas faculdades de Gastronomia daqui que tem uma pessoa contratada para limpar a cozinha no final. (Esse absurdo é novidade pra mim e descobri há alguns dias, na minha época, os alunos que faxinavam a cozinha no final, como é feito nos restaurantes).

6. Você trabalhará alguns dias em um restaurante de verdade.

saisons

Eu e minha colega americana na praça de carnes do Saisons


Dentro do próprio instituto, há o Restaurante Saisons, um restaurante de verdade, aberto ao público, que é comandado por um chef que já foi MOF e por alguns alunos mais experientes.
O Saisons é simplesmente demais. É um restaurante de comida excelente, serviço impecável e ambiente refinado, a preços convidativos (menus completos variam entre 32 e 54 euros).
E ele é um restaurante escola, ou seja, são os alunos do Institut que trabalham lá, sob o comando de um chef experiente. Dependendo do curso que você fizer, você vai trabalhar lá duas semanas ou mais. No curso que eu fiz, de quatro meses, passei uma semana trabalhando na cozinha, na praça de carnes; e uma semana no salão, servindo diretamente os clientes.

É muito legal para entender um pouco a dinâmica de um bom restaurante francês e para pegar ritmo de trabalho. Sabe aquela história de treino é treino e jogo é jogo? Aqui é jogo! E de final de campeonato!

7. Você conhecerá a comida do Monsieur Bocuse.

L'Auberge du Pont des Collonges

Visitando o L’Auberge du Pont des Collonges


Comer no L’Auberge du Pont des Collonges, o restaurante estrelado do Paul Bocuse, é caríssimo, mas como você já estará por lá, eu recomendo que você separe um dinheiro para a experiência (eu não consegui ir, infelizmente).
Mas mesmo que você não tenha dinheiro disponível pra isso, na própria escola, você conhecerá os pratos icônicos dele, como a Sopa VGE, Loup en Croute, Rouget Barbe en ecaille de Pomme de Terre e Saumon a l’oseille.

Outra possibilidade de conhecer a cozinha de Bocuse, é indo às suas brasseries em Lyon. Elas mostram um lado mais moderno e simples do chef, mas mesmo assim, oferecem excelente experiência.

8. Você cozinhará para os outros alunos da escola.

instituto paul bocuse

Thiago preparando o almoço dos colegas no F&B


Cozinhar é servir. O serviço é um dos principais pontos da cozinha e que muita gente não entende, e nem nunca vai entender. Pra quem acha que cozinha é glamour, é fama, é holofote, nada disso. A verdadeira cozinha tem a ver com SERVIR.

E essa é uma das coisas mais legais que eles ensinam no Institut. Uma das formas de mostrar isso é através do F&B, o restaurante em que todos os alunos almoçam, todos os dias de semana.

Imagine mais de 100 alunos, vindos do mundo inteiro, com fome, na hora do almoço, chegando na mesma hora para comer.
Agora imagine o outro lado, de quem está cozinhando, recebendo essa multidão faminta de uma vez só, com uma opinião super crítica sobre a comida?

E se eu te disser que o F&B não tem funcionários? Quem cozinha ali são os próprios alunos, responsáveis por alimentar bem e rápido os colegas, oferecendo entrada e prato principal.
E nem pense que pode servir qualquer coisa. Os alunos que estão cozinhando são avaliados com notas, como em qualquer disciplina no curso e os alunos que estão comendo (que já passaram ou ainda passarão por lá) não pegam leve e são muito sinceros na hora de elogiar ou detonar uma refeição.

E como eu comia bem no F&B…

9. Os franceses te ensinarão disciplina.

institut paul bocuse lyon

Todo mundo na estica no primeiro dia de aula!


Para os franceses, a cozinha é um ofício sério e honrado e não algo que a pessoa se torna quando não teve oportunidades na vida. E eles não toleram ninguém que não pense como eles.

No Institut, você vai aprender a respeitar horários: não pode chegar atrasado na aula e muito menos faltar. Como a maioria dos alunos mora na residência estudantil que fica a poucos metros da escola, é comum o chef mandar outro aluno ou ele mesmo ir tirar o atrasado da cama.
Você também aprenderá a cuidar da sua aparência: barba não pode na cozinha; roupa amassada volta; cabelo solto, nem pensar. E violar essas regras faz você perder nota. E nota lá é algo tão sério, que você batalha tanto pra tirar uma nota média, que cada pontinho conta.

Desrespeitar um colega, fazer as coisas de qualquer jeito, não chamar o chef de chef, ou enrolar na hora de limpar a cozinha também não rola. Eles são implacáveis.

Parece que este tipo de coisa é bobagem, ainda mais para nós, brasileiros, que costumamos ser tão flexíveis. Mas isso faz uma baita diferença na vida. Aprender a respeitar regras quando há uma razão de ser para elas existirem, respeitar o tempo do outro, cuidar da sua aparência profissionalmente são lições que aprendi lá e levo pra vida, muito além da cozinha.

+ Veja o que fazer em Paris sem ir à falência + 

10. E a melhor parte, você fará amigos do mundo todo que levará para a vida.

institut paul bocuse ecully

Uma parte dos melhores amigos da vida, que conheci em Lyon


Apesar da cozinha ser um ramo extremamente competitivo, no Institut eles fazem os cursos e as atividades de forma a promover a convivência e a cooperação entre as pessoas.
As aulas são divididas em grupos, e na sua maioria, eles tentam colocar alunos de diferentes países no mesmo grupo.

A maioria dos alunos de lá mora em uma residência estudantil ali perto, em que há áreas coletivas como uma cozinha, um quintal, uma área para esportes, lavanderia e até mesmo uma balada, o famoso Alcatraz.
Ou seja, um bando de jovens de todos os lugares do mundo, uma sexta à noite, depois de uma semana exaustiva de trabalho e estudo, querem o quê? Tomar uma cerveja com alguém bacana. E lá, é só sair do quarto pra encontrar um brasileiro ensinando samba, um chinês cozinhando, finlandeses enchendo a cara, latinos assistindo futebol, gregos conversando, japoneses dando risada… enfim, o ambiente perfeito para fazer amigos.

No meu grupo, tinham estudantes do Brasil, Colômbia, Chile, México, Peru, Estados Unidos, Japão, Singapura, Grécia, Finlândia e Taiwan, mas na residência tinha gente do Chipre, da China, Israel, Venezuela… de todos os cantos do mundo.

Lá, eu fiz alguns dos melhores amigos da minha vida e tenho contato com eles até hoje. Já visitei a casa dos amigos peruanos, japoneses, americanos e chilenos; e já encontrei pelo mundo o grego, os mexicanos e os de Singapura.
Um dos japoneses foi até meu padrinho de casamento.
Recentemente, fizemos um encontro somente com os alunos brasileiros de todos os anos e pude conhecer um monte de gente bacana, aqui pertinho de casa.

Fazer amigos é uma das melhores coisas do mundo, não é mesmo? E isso eu garanto que você terá no Paul Bocuse, além da experiência e conhecimento, é claro….

Quem tiver interesse em estudar no Bocuse, é só deixar um comentário aqui embaixo que eu mando o contato da responsável pela escola.

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7 Pontos Turísticos de Tóquio Para Incluir no seu Roteiro

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Já faz sete meses que eu voltei do Japão e o país continua a aparecer nos meus sonhos, seja acordada ou dormindo. Mesmo não tendo intenção ou vontade nenhuma de morar lá, o Japão é um dos países mais interessantes para o turista. Ainda que exista a dificuldade da língua e a barreira da comunicação, não ter que se preocupar com segurança, truques pega turista e gente mal intencionada traz uma facilidade para o viajante que nunca tinha visto antes nos mais de 20 países que já visitei. Por mais que você se sinta seguro nos Estados Unidos, na Europa ou mesmo em alguns países da América do Sul, a coisa lá é bem diferente. É o outro lado do mundo, literalmente!

+ Saiba quais são as 11 coisas que você NÃO deve fazer no Japão +

Mas apesar da minha viagem ter sido maravilhosa e rendido muito assunto para o canal do Youtube (passa lá para assistir os 15 episódios da websérie Welcome to Japan), percebi que tinha pouca coisa sobre o país aqui no blog. E como sei que tem gente que gosta de assistir vídeo, mas tem gente que prefere ler, resolvi fazer alguns posts sobre o Japão aqui (mesmo que tenha conteúdo parecido lá no Youtube).

+ Quer saber mais sobre o Japão? Passa lá no meu canal do Youtube + 

Se você está programando a sua viagem para a Terra do Sol Nascente, fique de olho, porque eu vou colocar várias nudes dicas sobre o país.

Hoje, para você começar o seu roteiro ou já ir sonhando com o Japão, vou falar sobre sete pontos turísticos de Tóquio que você não pode deixar de conhecer. Sim, eu sei que a cidade tem outros pontos turísticos tão incríveis quanto. Mas essa é a minha escolha e se você está lendo é porque quer saber a minha opinião, não é mesmo?

+ Vai para o Japão? Você tem que fazer as coisas desta lista! + 

1. Skytree

skytree tokyo

A vista do alto do Skytree


O primeiro ponto turístico que eu indico em Tóquio é o Skytree. E se possível, visite o Skytree logo que chegar na cidade, no primeiro dia.
É que do alto dos 634 metros da torre dá para você ver a cidade inteira (e até o Monte Fuji, se o dia estiver aberto) e ter um panorama geral do que é Tóquio. Você consegue se localizar e já ver de cima onde ficam as atrações que quer visitar em seguida.

O Skytree, que tem apenas três anos de funcionamento, é a torre mais alta do Japão e a mais alta do mundo. O passeio já começa nos arredores do Skytree, que tem diversas lojinhas e restaurantes. Uma vez lá dentro, não ignore o elevador, que além de projetar imagens muito bonitas (quando eu fui eram de Sakura, pois era época de cerejeira), sobe super rápido, cerca de 350 metros em 50 segundos.

Eu subi no Skytree de dia, e achei lindo, mas já vi fotos de quem foi à noite e a vista da cidade toda iluminada também é de tirar o fôlego!

Lá em cima, além de você poder passar bastante tempo vendo Tóquio 360°, tem também um restaurante (não comi, mas soube que apesar de um pouco caro, tem uma comida muito boa) que fica em uma posição privilegiada da torre; e uma parte pequena com piso de vidro que dá pra ver boa parte da estrutura do Skytree. As crianças também vão curtir o passeio, pois lá em cima sempre tem uns mascotes fofíssimos do Skytree tirando fotos com os pequenos.

Caso você tenha medo de altura ou de desastres naturais, fique tranquilo. O Skytree é um dos lugares mais seguros para se estar em caso de terremotos. Ele foi construído com um sistema super moderno de amortecimento que protege a torre. Mas acho que mesmo assim, em caso de terremotos graves chegando em Tóquio, a atração (assim como todas as outras) deve fechar.

Mas prepare-se: o Skytree é a atração turística mais visitada de Tóquio, tanto por japoneses como por estrangeiros. Por isso, costuma estar sempre lotado.
Tente comprar os ingressos antecipadamente, pela Internet, para evitar pegar umas filas gigantescas.

2. Asakusa

kaminari mon

Kaminarimon


Um lugar que você também tem que incluir no seu roteiro é a região de Asakusa. Lá é onde fica o templo Senso-ji, um dos templos mais famosos de Tóquio.
Você já deve ter visto muitas fotos do Kaminarimon, um portal de entrada para o templo, que tem uma lanterna enorme na frente, onde os turistas se acotovelam para tirar fotos.
O Kaminarimon é grandioso e além de tirar fotos, você poderá ver de perto como são feitas as estruturas japonesas e também apreciar as quatro grande estátuas do portal. As estátuas representam deuses da cultura japonesa.

Uma vez que você passar o portal, vai ver uma grande muvuca que te lembrará a 25 de março, só que com a organização japonesa. É o Asakusa Nakamise, um grande shopping a céu aberto, com lojinhas de souvenirs e de comidinhas típicas. Dá pra provar diversos tipos de biscoitinhos, sorvetes e chás diferentes. Lá, apesar de bem turístico, é um bom lugar para você comprar lembrancinhas para trazer para o Brasil. Tem de tudo: ímãs de geladeira, hashis, quimonos, camisetas, tudo o que uma boa área de compras para turistas tem. Tem coisa de todo tipo: barata e cara, boa e ruim, basta saber procurar. Eu comprei umas coisinhas bem legais e com preço bom por lá.

asakusa nakamise shopping street

Asakusa Nakamise: para comprar tranqueiras

Quando você conseguir vencer a multidão e também a sua vontade incansável de comprar, chegará à parte mais legal do passeio: o Templo Senso-ji. Ele é grandioso e se for o primeiro templo que visitar na sua vida, você ficará extasiado com o tamanho e a beleza.
No caminho até o templo, você pode experienciar algumas crenças budistas, como ficar perto de uma tina de incensos para atrair inteligência, jogar moedinhas para pedir sorte e tirar a sorte com uns palitinhos. Neste último, eu não tive muita sorte e peguei um papelzinho que dizia que a minha vida seria horrorosa, que meu casamento ia acabar, que eu teria problemas de saúde, relacionamento, dinheiro, carreira, enfim, que minha vida seria miserável. Mas não surte: aí é só amarrar o papelzinho bem forte, que o azar não sairá de lá. #oremos

sensoji buddhist temple

A minha má sorte bem amarrada no Senso-ji

Dá para entrar no Senso-ji também e visitar parte dele. Você ficará maravilhado como ele é bonito e diferente do que estamos acostumados a ver por aí.

senso ji temple

O templo Senso-ji

Se você der sorte, também vai conseguir ver gueixas e maikôs (aprendizes de gueixas) por lá, pois Asakusa é uma região bem tradicional de treinamento delas. Mas fique de olho para tentar encontrar uma verdadeira, pois você verá várias “imitações”.
(Mas fique tranquilos, além de ver a diferença nas roupas, cabelo e maquiagem, a principal diferença pra mim entre uma gueixa verdadeira e uma “montada” é a delicadeza dos gestos e movimentos e postura, Se você tiver um olhar apurado, conseguirá perceber!)

+ 16 coisas para comprar no Japão +

3. Shibuya

shibuya

Shibuya é a cara de Tóquio

Quando você pensa no Japão, tenho certeza que além da comida, uma das primeiras imagens que vem na sua cabeça é o cruzamento em X que passam zilhões de pessoas todos os dias.

(Aliás, um adendo: vocês viram que tem esse cruzamento agora na Liberdade? Claro que em menor escala, mas achei interessante colocar um desses em um lugar que ainda é lembrado como um reduto japonês… Dá até pra matar um pouquinho da saudade de Tóquio, sqn)

Pois este cruzamento fica em Shibuya, uma área muito moderna e jovem de Tóquio. Pode parecer besteira, mas é muito legal atravessar esse cruzamento. Com o mar de gente que é, você imagina que vai dar alguma coisa errado, que as pessoas vão te atropelar ou que vai ter algum engraçadinho que vai atravessar fora da faixa. Mas não. Todo mundo espera tranquilamente o farol abrir para começar a travessia. E olha que é gente, hein??
É um dos pontos mais icônicos de Tóquio, daqueles que você pensa quando vê: “Agora sim, eu tô em Tóquio!”.

Mas tem outra coisa bem famosa lá em Shibuya que as pessoas adoram visitar: a estátua do Hachiko, aquele cachorrinho do filme “Sempre ao Seu Lado”, com o Richard Gere.
Se você não assistiu ao filme, assista antes de ir para o Japão (com um lencinho do lado, óbvio). O filme conta a história de um cão que era tão fiel ao seu dono, que o esperava voltar do trabalho todos os dias na estação de Shibuya. Mesmo quando o dono morreu, e nunca voltou do trabalho, reza a lenda que o Hachiko continuou indo todos os dias até Shibuya para esperar o dono. Fofo, né?
A estátua é meio pequena, mas já que você vai estar em Shibuya, não custa nada passar lá para ver o cachorrinho.

hachiko statue

Olha o Hachiko aí!

Shibuya é o lugar para ver japoneses estilosos e entender um pouco mais da cultura jovem japonesa!

4. Tsukiji

tsukiji fish market

Variedade de peixes e frutos do mar no Tsukiji

Um dos lugares que mais gostei de conhecer em Tóquio e que todo amante de cozinha e de comida japonesa deve ir é no Tsukiji, o famoso mercado de peixes da cidade.

Você tem duas opções: pode ir no famoso leilão de atuns, que acontecem no amanhecer ou ir visitar o mercado no horário normal de funcionamento.
Se você quiser ver o leilão de peixes, prepare-se para chegar ao Tsukiji por volta das 2h da manhã e passar a noite no frio, ao relento. São pouquíssimas pessoas que entram para o leilão, que começa por volta das 6h e se você quiser garantir sua vaga, tem que encarar a fila mesmo.
Apesar de ser uma experiência interessante, eu preferi a segunda opção, já que não iria interagir com nada e nem ninguém, não ia entender o que estava sendo falado e só poderia olhar os peixes sendo negociados, meio de longe. Tirando que ainda perderia meio dia de viagem, pois precisaria tirar uma soneca depois.

Ou seja, se você não é um aficionado por atuns, é meio que um mico tour.

Mas visitar o Tsukiji no horário normal vale a pena sim. Você vai ver diversas espécies de peixes e frutos do mar que nunca viu na vida, e provavelmente os mais frescos que já viu na vida.
Além disso, ao redor do Tsukiji tem várias barraquinhas que vendem produtos diversos relacionados à cozinha e até uma loja de facas, a Masamoto, que é famosíssima e que faz umas facas incríveis.

Também recomendo que você coma o que estiver sendo vendido nas barraquinhas de comida e que fique para almoçar em uma das tradicionais casas de sushi que tem no Tsukiji. Tem as mais famosas e as mais caras, mas é quase certo que em qualquer uma que você entrar, irá comer muito bem. 1000 vezes melhor do que todos os sushis que você já comeu por aqui, somados.

Mas fique de olho porque muitos turistas são tão sem noção às vezes, indo para o Tsukiji com malas grandes, carrinhos de bebê, fazendo bagunça, tirando fotos inadequadas, que o mercado já chegou a ser fechado para visitação. É importante lembrar que todo mundo que está ali, está trabalhando, então tente ser o mais discreto possível.
Por isso, dê uma olhadinha antes de ir se é possível visitar o Tsukiji. Mas torça para que dê, pois o mercado é realmente ótimo!

+ Conheça o Ten Sushi, restaurante simples que tem um excelente sushi em SP +

5. Odaiba

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O Gundam de Odaiba – Thiago para escala

Os outros seis pontos turísticos deste post são bem conhecidos do turista e figuram em quase todos os guias. Mas Odaiba não é um lugar super frequentado por viajantes, mas mesmo assim, vale a pena conhecer.

Odaiba é uma ilha artificial criada nos anos 90 e por ser tão recente, toda a modernidade japonesa está lá. É uma região que atrai muitos jovens, pelos diversos shoppings que abriga, mas principalmente por ser a casa do Gundam de 18 metros de altura, que é um robô gigante de um famoso animê japonês que existe há mais de 30 anos. O povo pira nesse Gundam.
Pra quem viaja com crianças, é muito legal, pois elas ficam maravilhadas com o tamanho dele e adoram passar por baixo das pernas do Gundam. Se tem até adulto que acha legal, imagina as crianças.

Mas se Gundam não faz o seu tipo, não tem problema. Odaiba também é uma região muito bonita para se visitar na primavera, por causa dos sakuras e tulipas plantados por lá.

Mas se flores também não te agradam, tem um shopping grandão lá, o Diver City, com lojas internacionais e japonesas para passear e com uma praça de alimentação ótima. Dá pra agradar toda a família.

6. Ginza

ginza tokyo

Uma das ruas laterais de Ginza


Você sabia que o Japão é um dos principais mercados para as marcas de Luxo? Os japoneses em geral adoram roupas e acessórios de grifes.
E se você quer comprar umas coisinhas por lá também, ver as tendências e os últimos lançamentos da moda ou só passear nas ruas e ver as vitrines lindas das marcas de Luxo, tem que ir até Ginza.
O passeio vale a pena mesmo que você não vá comprar nada, mas nas ruas laterais, que cortam as principais, dá para achar umas lojas bacanas de comida para comprar produtos típicos japoneses e até achar aquele presente especial que você precisa trazer para alguém no Brasil.

+ Aprenda a fazer karê, um prato típico japonês + 

7. Akihabara

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Outdoors de Akihabara

O último lugar deste post é Akihabara, região que ficou famosa pelos eletrônicos de preços baixos nos anos 90 e pelos outdoors em todos os cantos. Você vai ficar tonto com tanta coisa pra olhar.
Akihabara é a nossa Santa Efigênia organizada e com produtos originais. Dá pra achar tudo o que é eletrônico lá, desde o novo iPhone até câmeras de segurança.
E também tem lojinhas de todos os tipos, as pequenininhas e escondidas e as grandes de rede.

Mesmo com o dólar alto, vale a pena dar uma olhada no preço das coisas em Akihabara, principalmente câmeras, pois além do preço, eles também têm uma variedade maior de modelos que nem chegam no Brasil e muita coisa tem isenção de impostos para turistas. Só não vá muito animado para comprar Go Pro por lá. Os japoneses praticamente desconhecem a câmera e é muito difícil encontrá-la nas lojas.

Pra quem curte animês e mangás, Akihabara também é o bairro. Lá, tem tudo o que é colecionável dos seus personagens preferidos.
Eu não entendo nada sobre o assunto, mas o meu marido pirou!

+ Saiba como é viajar com a companhia japonesa All Nippon Airways + 

E aí, gostou das dicas de Tóquio? Já dá para ir montando o roteiro da sua próxima viagem ao Japão.
Tem alguma dica a mais? Deixa aqui nos comentários!

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4 Dicas Para Melhorar as Suas Fotos de Comida | Collab Magali #2

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Hoje quem invade o Magali é a Cris Maccarone, publicitária e confeiteira que manda muito bem na hora de produzir e tirar fotos de comida. Ela também é a dona do blog Degustando Hitchcock, que você precisa conhecer. Vai lá!

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Se você ama cozinhar, comer e fotografar como eu, ou, se você não gosta taaaaaanto de ir para o fogão mas, ainda assim, adora comer e fotografar para postar nas mídias sociais, hoje eu vou dar algumas dicas básicas para que suas fotos fiquem ainda melhores e façam todos babar, literalmente.

A ideia não é te transformar em um fotógrafo profissional, até porque eu também não sou, mas fui diretora de arte em agências de propaganda antes de me dedicar ao mundo das delícias culinárias. Vamos lá:

1. Enquadramento

Você não precisa, necessariamente, colocar o objeto a ser fotografado no centro da foto, ele pode estar ligeiramente deslocado para o um lado ou para o outro. Aliás, pode até ter um corte e mostrar somente uma parte do prato. Esse tipo de recurso faz com que a foto tenha um certo movimento, fazendo com que quem a vê, faça um caminho com os olhos até chegar à parte mais importante da foto.

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Lembre-se, o prato é o mais importante, mas preste atenção no que está em volta. Cuidado para não enquadrar algo que não tem nada a ver com a produção. Se a foto está linda, mas só depois você viu que aparece algo em quadro que não deveria estar lá, corte!
como enquadrar suas fotos
Ah! E muita atenção no foco. Se a foto saiu fora de foto, descarte-a! É melhor refazer. Se não for possível, não poste nada. Lembre-se que a foto tem que despertar nos outros vontade de comer.

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2. Produção

Se você está em um restaurante, muitas vezes, a produção já estará pronta. Mas, se você irá fotografar em casa, será necessária alguma produçãozinha, mesmo que pequena. Primeiro pense em que fundo o prato estará. Ele precisará dar destaque ao prato. Depois, pense nos complementos. Você poderá deixar a comida ainda mais apetitosa colocando talheres, guardanapos, alguns ingredientes que foram utilizados na preparação. Se a comida for monocromática, por exemplo, este é um recurso ótimo para dar cor na foto.
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3. Cores

Falando em cores, a coisa mais importante para uma foto de comida é que a comida fotografada tenha sua cor real. Cuidado com fotos em que as cores ficaram desbotadas, meio acinzentadas… dá uma tristeza… Não esqueça, comida é alegria!

Uma forma de valorizar uma cor é colocar próximo uma outra cor que intensifique a primeira. Por exemplo, se a preparação é vermelha você pode colocar algo verde para reforçar o vermelho. Mas se você acha que não pode colocar nada verde no prato pois não foi utilizado na preparação ou não combina em sabor e tal, coloque fora. Pode ser um guardanapo, uma toalha, um ingrediente ou qualquer outra coisa que funcione na composição da foto, acentuando a cor do que se deseja destacar!
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4. Luz

Para conseguirmos um resultado interessante de cor, precisamos ter luz. Ok, agora começou a complicar, né? Mas isso se você estiver pensando naqueles estúdios cheios de equipamentos, refletores e tal. Para fotos amadoras, um bom recurso é a luz natural, aquela que vem da janela. Rendem as melhores fotos. As lâmpadas que temos em casa podem alterar a cor do ingrediente e deixar sombras muito marcadas e feias.

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Vamos a luz natural: primeiro que esse recurso restringe nosso horário de trabalho, mas é só se organizar para aproveitá-lo no melhor momento. E qual é o melhor momento? Você vai precisar testar em que horário a luz incide mais bonita no objeto a ser fotografado. Outra coisa, também, é testar a posição dessa fonte de luz. As vezes o ideal é ir testando vários pontos da casa, ir andando, de cômodo em cômodo, com o prato na mão, para ver onde é o melhor lugar, onde a luz não dá nenhuma sombra, ou onde ela produz uma sombra interessante, que pode funcionar como um elemento a mais na composição.
fotos com luz bonita

Se a foto ficou boa mas poderia ficar ainda melhor, você pode  utilizar alguns recursos técnicos de tratamento de imagem.
Os filtros, que se tem à disposição fácil, fácil nos smartphones, nem sempre são recomendados. As vezes deixam a comida com cara de artificial.

Se for usar algum recurso de tratamento de imagem, você pode conseguir um “up” na sua foto corrigindo apenas o brilho, o contraste e, se necessário, um pouquinho da saturação.

fotos de comida para o Facebook

Olha a diferença de luz nessas duas fotos

fotos de comida para as redes sociais

Então, vamos fotografar? Agora é comida, luz, câmera e o som. Mas esse último, sou eu que mando:

Todas as fotos deste post são de Cris Maccarone, para o blog Degustando Hitchcock.

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